Seguidores

6 de junho de 2008

O leilão nosso de cada dia

As discussões que envolvem o governo tucano em São Paulo, quanto a possível venda da instituição bancária Nossa Caixa Nosso Banco, nos trazem uma série de dúvidas quanto à forma e ao modus operandi que o governo paulista quer utilizar-se para essa venda. Nenhuma novidade até então, visto que o governo tucano vendeu tudo que podia e não utilizou um só centavo em favor da Educação, da Segurança Pública, Saúde ou Habitação Popular em 14 anos de gestão.
Vendeu a CPFL, Eletropaulo, Comgás, Parte da Cesp, Banespa, além de ter terceirizado as rodovias prontas do Estado em favor de empreiteiras que comandam o lucrativo negócio de gerenciamento de postos de pedágios. Mas apesar de ter arrecadado bilhões de reais, jamais utilizou esses recursos adicionais para quitar a imensa dívida que o Estado tucano tem com precatórios alimentícios.
Mas vamos ao imbróglio da venda da Nossa Caixa que antes de ser efetuada já causa arrepios aos cidadãos paulistas. O governo Serra ao invés de fazer um leilão para a venda como sempre foi preconizado por FHC, “O Príncipe das Privatizações” resolveu optar por uma modalidade diferente, ou seja, a venda direta ao Banco do Brasil, evitando-se assim a sadia concorrência entre Bancos nacionais e estrangeiros, o que aumentaria o valor auferido no processo.
Outra questão estranha demais nesse processo é o fato de que nas privatizações acima citadas o governo paulista do PSDB proibiu a participação de empresas estatais nacionais nos leilões, então perguntamos, por que o Banco do Brasil que é um banco federal pode comprar a Nossa Caixa e a Cemig ou Furnas não puderam participar da compra das empresas do setor elétrico paulista? Coisas que só o pessoal da alta inteligência do ninho tucano poderia responder a patuléia.
Quando convém privatiza, quando não convém terceiriza, às vezes pode ser leilão outras não pode, hoje entra estatal, mas amanhã não pode. Que regras são essas que mudam de acordo com o interesse de um grupo e não da sociedade? Por que não consultar os correntistas, os acionistas, ou até os paulistas num democrático referendo popular em outubro de 2008? Medo da reação do povo? Medo de perder mais uma eleição?
Sou contra as privatizações feitas pelos tucanos por um motivo simples, as empresas foram sempre sub-avaliadas e os recursos jamais foram usados de forma transparente e clara para a sociedade brasileira.
No entanto eu concordaria em abrir uma exceção em meu princípio desde que, o dinheiro integral auferido com a venda da Nossa Caixa Nosso Banco fosse aplicado integralmente para o pagamento exclusivo dos precatórios alimentares devidos e não pagos desde 1998 pelos tucanos.
Claro que os poucos defensores do tucanato vão correr para dizer que Banco não é negócio do Estado. Certo, mas a Educação, Saúde, Habitação, Segurança é sim uma prioridade do Estado e precisa ser administrada.
Eles na verdade querem somente ter o “ônus” de administrar a árdua cobrança de tributos. Só. Não querem construir estradas, duplicar as existentes, resolver os problemas do meio ambiente, das enchentes na capital, da despoluição dos rios, segurança pública, etc. Deixam claro que odeiam empregados, odeiam funcionários públicos e odeiam eleitores após as eleições obviamente.

Nenhum comentário: