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17 de junho de 2008

Obras de arte em polvorosa

Como podemos querer exigir que nossos governantes dêem atenção à cultura se não o fazem com relação à educação, saúde e saneamento básico? Como podemos exigir que invistam uma parte dos milhões arrecadados com impostos na manutenção, ampliação e segurança dos nossos Museus, se a prioridade deles não é a arte e sim a próxima eleição?
Seria exigir demais de políticos que via de regra conseguem enxergar apenas e tão somente seus próprios interesses. Uma classe que não sabe o que é planejamento integrado, e que só fazem pelo povo coisas que os decepcionam profundamente.
Nossa classe política indiferentemente de suas origens, situação financeira ou nível educacional se igualam na mesmice e jamais conseguem nos surpreender com pelo uma gestão voltada para o bem estar do povo, para a evolução do processo educacional, para a manutenção das condições justas na economia e um respeito à cultura em todas as suas formas de manifestação.
Sabemos que o dinheiro não é tudo na vida e nem tudo nessa existência tem um preço, entretanto, o que está acontecendo em São Paulo nos últimos tempos é uma vergonha para nossa sociedade. Os roubos seguidos praticados no MASP – Museu de Arte de São Paulo e na Pinacoteca do Estado de SP deixam a mostra a nudez da consciência de um governo que não tem projetos, não tem programas, mas apenas factóides divulgados à exaustão por uma máquina azeitada de marketing político.

Que país no primeiro mundo permitirá em breve que uma exposição de um renomado artista seja realizada no Brasil, em particular em SP se inexiste segurança em nossos museus?
O pior de tudo é que quando são criticados alegam que o referidos Museus não são de sua responsabilidade e sim dos conselhos aos quais estão ligados. Mentira, pois quando uma festa ou uma grande exposição se realiza em seus espaços os governantes são os primeiros a tirarem proveito na mídia da repercussão positiva do fato.
Claro que, alguns defensores dessa política neoliberal irão dizer: _ Mas administrar museus não é prioridade do Estado. Se levarmos em consideração que já privatizaram os serviços de Energia Elétrica, Telefonia, Bancos de Fomento Agrícola, Ferrovias entre outros segmentos importantes para a soberania nacional, talvez tenham razão.

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