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6 de junho de 2008

Suiça - Um país sem o jeitinho brasileiro

Saiu na imprensa uma notícia que pode deixar bem claro o tamanho do abismo que separa a justiça de um país de primeiro mundo com a nossa justiça tupiniquim, recheada de benefícios para impostores, reduções de penas, subterfúgios indecente para minorar a condição de criminosos do chamado colarinho branco.
A notícia envolve um cidadão por demais conhecido da política brasileira, o senhor Maluf, ex-prefeito de São Paulo, ex-governador biônico de São Paulo, ex-quase tudo, menos ex-suspeito de desviar milhões de dólares dos cofres públicos para paraísos fiscais europeus.
Aqui o manganão está solto e ainda por cima foi eleito para mais um mandato como parlamentar na Câmara Federal em Brasília até o ano de 2010. Mesmo com tantas evidências e um processo facilitado pela ajuda do Ministério Público Suíço com documentos comprobatórios da existência de contas em nome de Paulo Maluf e seus familiares em solo suíço e paraísos fiscais nosso judiciário não conseguiu levar a cabo a condenação do político.
Na Suíça o senhor Maluf foi condenado a pagar multas pesadíssimas somente pelo fato de ter tentando obstruir o envio de documentos à justiça brasileira. Aqui ao contrário, o homem está solto e goza de imunidade parlamentar absoluta.
No Brasil a justiça tem facilidade para julgar e condenar os pobres e desamparados. Já os ricos, políticos, empresários e os magnatas da alta sociedade não precisam se preocupar com isso sabendo que não serão molestados a qualquer tempo.
Cotidianamente assistimos nossos compatriotas imitarem tudo quanto é coisa feita nos países do exterior, entretanto raramente percebemos essa vocação para copiar aqui as boas coisas implantadas nos países mais desenvolvidos que o nosso.
Por que não temos uma justiça que funcione como a suíça? Por que não temos presídios funcionando com o rigor dos americanos? Por que não temos um sistema educacional feito o que existe na Inglaterra? Por que não temos parlamentarismo como na Europa ao invés desse presidencialismo disfarçado de ditadura onde os ricos estão cada vez mais ricos e imunes às leis e os pobres cada vez mais miseráveis e sem chances de justiça e igualdade social?
A inexistência da disseminação de uma política de investimentos maciços em educação de qualidade evita que o povo possa a médio prazo ter acesso à informação, cultura e faça desse conhecimento uma arma contra os nossos políticos inescrupulosos. Enquanto isso não existir teremos que aturar vereadores, deputados, senadores e um executivo de quinta categoria

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