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5 de julho de 2008

O que o Bafômetro não mede?

A polemica lei que está considerando embriagados aqueles que ingerirem um copo de vinho e depois forem pegos ao volante de seus automóveis irá se juntar em breve a tantas outras leis que embora rigorosas não conseguiram o efeito que imaginavam os seus autores.
Hoje temos algumas estradas e avenidas de certas cidades que estão sitiadas com tantos radares móveis e estáticos, por outro lado faltam rodovias em condições de tráfego na maior parte do país. As multas são rígidas e equivalem a dois e até três salários mínimos vigentes, mas não evitam menores ao volante, malucos na contra-mão nas auto-estradas e caminhoneiros sedados sem dormir nas nossas estradas.
Isso em resumo fez com que a arrecadação aumentasse para os nossos governantes, mas em
nenhum momento diminuiu a violência no trânsito brasileiro e o motivo é simples. De que adianta radares, multas e bafômetros se nenhum desses instrumentos consegue parar a corrupção daqueles que teriam em tese que dar o exemplo? As leis do trânsito sempre foram severas, bastaria cumpri-las com rigor e sem o maldito jeitinho brasileiro.
Os casos de corrupção registrados no Detran do Rio Grande do Sul e a quadrilha que atuava em São Paulo, onde quatorze delegados de trânsito foram afastados por terem autorizado aproximadamente 200 mil CNH’s sem que os motoristas tivessem sequer realizado os exames, dão o tom da ópera bufa que ouvimos no Brasil. Imaginem como estão os procedimentos em alguns outros Estados da Nação?
Antes de pensar em multas, radares ultramodernos que multam o motorista até dentro de sua garagem, precisávamos inventar um sistema fotográfico que multasse os corruptos e pudéssemos expor suas fotos na multa para serem exibidos em rede nacional. Ou que as fotos aparecessem nas urnas quando da votação.
Não existe em solo brasileiro algum órgão que manipule dinheiro que não tenha sido, esteja ou vai ser alvo de desvio de verbas, adulteração ou qualquer outro ato de corrupção.
Antes de pensarmos em usar o bafômetro para ver se o motorista tomou ou não um chope ou ficar na dúvida se ele ingeriu um perigoso bombom de chocolate com Rum, eles deveriam inventar um bafômetro para auferir o teor concentrado de corrupção em nossos servidores.
Precisamos urgentemente de um “corruptômetro” para percorrermos nossas seções e órgãos públicos varrendo aqueles que estiverem com uma dose mínima de vontade de roubar, desviar ou se locupletar com dinheiro público. Por motivos óbvios a operação teria de começar em Brasília – DF.

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