Seguidores

8 de agosto de 2008

Dois lados de um grande projeto

“No meio de qualquer dificuldade
“encontra-se a oportunidade.” Albert Einstein.


Existem situações e opiniões sobre certos fatos que podemos aceitar duas vertentes e ambas podem estar corretas dependendo do interlocutor que as está ouvindo ou lendo. Na China existe uma fábrica de atletas olímpicos que engloba diversos esportes e basicamente levam as crianças ao treinamento constante desde os seis anos até os vinte e poucos anos. Formando medalhistas e cidadãos para o futuro.


As crianças são obrigadas a deixar suas famílias, pois ficam em tempo integral treinando, estudando e dormindo nesse centro de treinamento avançado. As visitas aos pais são realizadas aos finais de semana dependendo de uma liberação dos treinadores.

A escolha dos predestinados é feita por olheiros espalhados pela República Chinesa. Muitos são os candidatos, demonstrando à priori que aquela forma de se submeter ao treinamento em tempo integral é uma espécie de sonho de consumo da gurizada e de seus familiares.
Os resultados práticos são plenamente favoráveis ao governo chinês, pois são muitos os atletas que já conseguiram o lugar mais alto do podium em Mundiais e Olimpíadas, tendo nascido para o esporte nesse centro de treinamento chinês.

Entretanto, duas são as análises que podemos fazer sobre a aplicabilidade e a forma de fazê-lo pelo governo ditatorial da China, se quiséssemos implantar o projeto em solo tupiniquim:

A favor teríamos o fato de que poderíamos tirar das ruas e das drogas milhares de crianças e com isso incluí-las no ensino buscando sua formação educacional e ao mesmo tempo podermos formarmos alguns atletas que se juntariam aos cidadãos que sairiam dessa “fábrica” de atletas.

E contra esse método teríamos o argumento de que não devemos tirar a criança do convívio da sua família, robotizando e transformando-a num meio para se alcançar um fim esportivo. A criança é no caso da China praticamente “estatizada”, passando a ser tratada como um militar em regime de guerra.

O treinamento exaustivo, a formação escolar podem ser aplicadas sem que a criança perca por todo o sempre o convívio familiar ao final de cada dia, ficando em regime fechado apenas aqueles que fossem órfãos.

Como no Brasil nossas crianças crescem nas favelas muito longe de uma religião, distantes às vezes até da própria escola, vitimas da massificação do tráfico de drogas e da ausência constante do poder público, é normal que aceitemos o exemplo da China como correto para o Brasil, desde que, é claro, façamos as devidas adaptações ao nosso modo de vida ocidental.

Nenhum comentário: