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22 de agosto de 2008

Racismo, indiferença ou modismo

“A história dos grandes acontecimentos do mundo
não é mais do que a história dos seus crimes “
Voltaire

Muitos países ao redor do mundo ainda sofrem com a fome, a doença e a ascensão ao poder de tiranos absolutistas ou de grupos terroristas que se dizem revolucionários enquanto matam e inserem crianças em seu mundo de criminalidade banal.
Na África, principalmente, mas também na Ásia e até na América Central esses regimes ditatoriais se espalham com o vento e conseguem se manter graças ao desprezo vindo da ONU e dos países ricos do primeiro mundo.
Nesse sentido nos chama a atenção o enorme “desespero” dos cidadãos do mundo afora em favor da liberdade do Tibet. Sou a favor de toda e qualquer democracia que garanta a liberdade de fato e de direito aos mais variados povos do nosso mundo. Mas como explicar que alguns somente são a favor daquelas minorias que garantam holofotes gigantes ao seu redor?
A proximidade dos jogos de Pequim em mais uma edição das Olimpíadas enfureceu os militantes “Pró-Tibet”. Pena que nunca os tenha visto enfurecidos com relação à morte de milhões de africanos por fome, guerras e assassinatos cruéis sem que a mídia tenha sido mobilizada como estão fazendo em relação aos monges tibetanos.
Qual a diferença entre exigir liberdade para singelos monges tibetanos e negros da Mãe África? Qual a diferença em salvar o Tibet em relação a devolver a dignidade aos Haitianos na América Central?
Por que recebemos centenas de mensagens em nossos computadores repassadas aos milhões pelo mundo afora pedindo intervenção na poderosa China comunista sem que os mesmos signatários o façam em relação aos pobres espalhados pelo resto do mundo, terceiro mundo, diga-se de passagem?
Seria apenas um modismo passageiro e sem consistência política e ideológica ou seria o desprezo pela luta verdadeira contra os abusos que partem dos neoliberais que vendem armas e munições para abastecer os guerrilheiros e ditadores do fim do mundo? Contra Cuba, China e Rússia estão todos, mas a favor da proliferação das armas americanas, francesas e inglesas somente alguns?
Certo seria o Tibet ter a sua oportunidade de permanecer em paz e desfrutando de sua cultura milenar, sem a pressão militarista dos comunistas chineses.
Certo seria que todos pudessem também lutar e exigir o fim das tiranias praticadas por governantes travestidos de bandidos contra africanos indefesos e esfomeados.
Certo seria que houvesse pressão mundial contra a política imperialista americana, que sufoca países, rouba petróleo em nome da democracia e da paz, vende armas para ditadores aliados e ainda desrespeita tratados ambientais que poderiam equilibrar o futuro do planeta. Pratica atos que ferem os direito humanos em nome da luta contra o terrorismo que eles mesmos alimentam.

Um comentário:

Yke Leon disse...

Rafael,
em meu blog tem um selo lá pra você!

Yke Leon, do www.revolutear.blogspot.com