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3 de outubro de 2008

Setecentos bilhões de dólares jogados no lixo

O governo americano com a intenção de evitar um colapso em seu sistema financeiro vai injetar a módica quantia de U$ 700 bilhões. A minuta da proposta enviada ao Congresso no sábado permite que o Departamento do Tesouro compre até US$ 700 bilhões em ativos hipotecários nas mãos dos bancos. O plano da administração Bush para conter a crise é lançado enquanto as instituições financeiras enfrentam a pior turbulência dos mercados nas últimas décadas, e também põe em risco o sistema bancário internacional.
Os motivos desse colapso não me interessam francamente, aliás, pouco importa para bilhões de pessoas ao redor do mundo. A forma escolhida pelo maior país capitalista para salvar sua pele também não é problema nosso.
O que me deixa perplexo é a rapidez para resolver essa questão que envolve o mesmo George Bush que torra outros bilhões de dólares com a estúpida guerra contra o petróleo do Iraque. Se somarmos o dinheiro gasto para manter a farsa da guerra contra Sadam mais o real problema que agora atinge a economia americana teríamos a bagatela de U$ 1,400 (Um trilhão e quatrocentos bilhões de dólares).
Isso convertido para a moeda brasileira chegaria bem perto de dois trilhões, seiscentos e sessenta bilhões de reais. Dinheiro suficiente para resolver boa parte dos problemas angustiantes dos países da América do Sul.
Essa montanha de dinheiro jogada no ralo da incompetência e do lixo do sistema capitalista falido dos norte americanos poderia estar sendo empregado em pesquisas para a descoberta definitiva de doenças como o câncer, mal de Alzheimer, diabetes e tantas outras enfermidades graves que matam milhões de pessoas em todo mundo.
Esse dinheiro poderia estar sendo utilizado para salvar milhões de pessoas que ainda morrem de fome no século XXI. Seres humanos que foram explorados pelos ingleses, espanhóis, portugueses quando da colonização de seus países. Ou pelos americanos em suas costumeiras invasões como no Iraque, Vietnã, Afeganistão, etc.
Os economistas e adeptos ferrenhos do mórbido sistema capitalista não enxergam nada além de suas bolsas de valores, suas ações, seus investimentos em uma indústria bélica imoral e que está levando o mundo ao caos.
Triste perceber que os mesmos defensores da idéia de salvamento dos bancos sejam os primeiros a impedir que os americanos assinem o tratado de Kyoto. Que algo seja feito para que o efeito estufa não acabe com a camada de ozônio do planeta em que vivemos.
Salvar as aparências de seu sistema obsoleto, superado e ganancioso ao extremo é por enquanto mais importante do que olhar para o futuro que está mais próximo do que eles imaginam. Os primeiros sinais já foram dados pela natureza e são cada vez mais violentos e destruidores, não fazer nada e ficar se omitindo é muito mais tenebroso do que permitir eventualmente que bancos e banqueiros paguem por seus próprios erros.

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