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24 de outubro de 2008

Visibilidade dos esportes de base e o monopólio das transmissões esportivas

Assistir a uma partida de futebol na TV está ficando cada dia mais chato, o politicamente correto está abatendo o futebol aos poucos, nada pode ou é aceitável aos olhos dos comentaristas, narradores e outros donos da verdade no mundo da televisão.
Um esbarrão, um toque no corpo e pronto, esquecem que o jogo é de contato físico e dá-lhe falação e ilações absurdas que beiram a idiotice. Se querem se preocupar com coisas sérias deveriam então pensar em algumas coisas que creio, sejam muito mais importantes para o público.
Começo pela excessiva carga de transmissões e programas exclusivos sobre futebol, adoro futebol, mas ninguém destina tempo ao basquete, atletismo, natação e tantos outros esportes, exceto em tempos de Pan ou Olimpíadas. É uma vergonha, a Rede Globo, inclusive chega ao cúmulo de ter um programa na sua grade esportiva chamado “Globo Esporte”, muitas vezes seus editores esquecem esse mero detalhe e não tecem uma linha sequer sobre o mundo dos esportes.
Esse fato ocorre também na mídia escrita, páginas e mais páginas são dedicadas ao futebol no Brasil e no mundo, campeonatos de países que não temo a mínima relação são destaque, agora, por exemplo, estão em moda os resultados e comentários sobre o Uzbequistão, só por que o Zico treina um time onde joga o Rivaldo.
É um exagero descabido, deviam estar incentivando a discussão sobre a criação de centros de excelência para o esporte amador, divulgando resultados de competições de Tae Ken Dôo, Judô, Canoagem, Natação, etc. Isso só ocorre aos domingos quando algum esporte é colocado na grade dominical para preencher a lacuna no Esporte Espetacular, que a rigor, mostra mais esportes chamados radicais (Talvez por serem radicalmente perigosos e desnecessários) do que os esporte de base.
As transmissões de jogos da Seleção de Futebol desde a chegada ao mundo de Galvão Bueno se tornaram quase que um símbolo da pátria. É um ufanismo sem igual, uma onda verde amarela que não cola em ninguém. É insuportável ver essa seleção de novos ricos semi alfabetizados sem amor ao esporte, sem amor ao que fazem e sem amor ao público entrarem em campo.
Uma seleção sem técnico de verdade, comandada pelo dono da CBF, Ricardo Teixeira e com convocações estapafúrdias de jogadores que não serviriam sequer para jogar no time da Islândia.
Mas na hora dos jogos, dá-lhe patriotada e um monte de patacoadas proferidas pelo Profeta da Nação, o homem mais brasileiro de tantos quantos possam haver, Galvão o Rei do ufanismo. Um homem que não tem coragem de dirigir uma única crítica ao sistema, ao continuísmo descarado de Ricardo Teixeira a frente dos destinos (R$) do nosso futebol. Não é a toa que as audiência tem caído vertiginosamente, ao contrário das Olimpíadas quando a diversidade de esportes e de emissoras/profissionais faziam com que o público tivesse oportunidade de realmente assistir boas transmissões de esporte

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