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7 de novembro de 2008

Uma empresa modelo da privatização

O processo de privatização defendido e desencadeado com muito afinco no governo FHC e prontamente seguido pelo seu partido no Estado de SP, o mesmo não ocorrendo na maioria dos demais Estados brasileiros, diga-se de passagem, proporcionou o começo de uma nova era para os brasileiros, a “Era da enganação”.
Na telefonia móvel tivemos o surgimento de milhões de aparelhos celulares, mil vantagens aparentes e centenas de obrigações a custo altíssimo para os consumidores. Nada pode, cliente paga e fala quando puder. Taxas e atendimento via computador para todos. O serviço pré-pago cheio de vícios e pegadinhas infames, bloqueios e enfim, um serviço pós-venda da pior qualidade.
Na telefonia fixa, a situação é ainda pior, principalmente para os paulistas, que ficaram ligados a uma das piores empresas do setor telefônico do mundo. Campeã absoluta de reclamações no Procon e dos muitos sites especializados em reclamações de consumidores.
O pior serviço de atendimento ao consumidor disparado e com os preços abusivos aliados a obscena taxa de assinatura que permaneceu como brinde para os empresários que compraram as nossas empresas de telefonia.
Outro dia, fui vitima dessa empresa, na verdade um dos muitos agregados dos bandidos que habitam as cadeias da nossa região, comprou um telefone pré-pago na Telefônica, usando meu nome e CPF. Não precisou de mais nada, conseguiu com a maior facilidade entrar no sistema e habilitou um aparelho para provavelmente aplicar golpes de falsos seqüestros, etc.
Eu recebi em meu endereço a carta da Telefônica relatando o fato e me cumprimentando por ter adquirido uma nova linha, liguei para me informar e pedir o cancelamento da fraude. Qual não é a minha surpresa, precisei de uma hora, falei com sete energúmenos mal treinados, totalmente despreparados e com uma arrogância que beira o cinismo. Um desses funcionários teve a petulância de me dizer que para cancelar a fraude eu teria de recolher aos cofres da empresa uma taxa de R$ 120,00 (cento e vinte reais).
Ao final de uma hora de conversas ásperas e da minha ameaça de levar a público e aos órgãos de defesa do consumidor a minha versão sobre os fatos, eles cederam as evidências e me forneceram um protocolo de cancelamento.
Vejam bem e percebam que a diferença entre o marginal que aplicou o golpe e a postura da empresa se confunde e se separam por uma linha tênue. É caso de polícia, mas a polícia está em greve, por que os privatizadores tucanos gostam de empresas estrangeiras, pedágios e enxugamento do Estado, mas odeiam policiais, professores e demais funcionários públicos.

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