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25 de julho de 2009

Atos secretos versus impunidade escancarada

Até o momento em que escrevo essas linhas são 544 (quinhentos e quarenta e quatro) atos obscenos, digo, secretos beneficiando membros do Senado Federal nos últimos quatorze anos de Sarneylândia no Congresso Nacional. Todos sob a batuta do incomum, do homem acima de qualquer suspeita, do Imortal, do Senador e Ex-Presidente José Sarney.
Ao longo desses quatorze anos seu afiliado, homem de confiança e braço direito Agaciel Maia “O Todo Poderoso” nomeou, efetivou, contratou, deitou e rolou naquela casa, antes do povo e que agora é a casa mais suspeita de corrupção do nosso país.
Os relatórios diversos já redigidos apontam para muitas excrescências cometidas contra a constituição, contra as leis vigentes e contra a ética e o decoro parlamentar, faltam apenas demitir, exonerar e destituir verdadeiros bandidos dos cargos ocupados, coisa que até agora não aconteceu em Brasília.
Na gráfica do Senado, reduto de impunidade e gastos abusivos sem comprovações, foram contratados à revelia da própria Constituição Brasileira oitenta e dois estagiários sem concurso público, como manda a Lei. Para o povão, dá-lhe concursos com pagamento de altas taxas, índices de aprovação beirando vestibular de medicina e na maioria das vezes sem que os vencedores consigam emprego.
Já foram confirmados duzentos e dezoito nomeados por atos secretos a cargos diversos, entre os quais os famosos diretores para coisa nenhuma. Foram nomeados funcionários fantasmas para trabalhar em gabinetes igualmente fantasmas de parlamentares em carne e osso.
A sociedade assiste a tudo calada, sabendo por antecedência e experiência que na melhor das hipóteses apenas os beneficiários dos atos serão punidos, ou seja, os ex-estagiários podem ser exonerados, os nomeados podem perder suas boquinhas, mas o principal que seria a apuração dos valores envolvidos para serem devolvidos aos cofres públicos e a cassação dos senadores envolvidos me parece muito distante de vir a acontecer.
Os caras pintadas (estudantes da UNE) que fizeram passeatas pelo impeachment de Collor em 1990 sumiram, agora são pagos pela Petrobrás, são estudantes neutros e preferem não se meter com política exceto quando é para arrecadar dinheiro a fundos perdido para a entidade estudantil.
As centrais sindicais estão satisfeitas com a montanha de dinheiro que recebem do poder público e dos bolsos furados dos trabalhadores e não se manifestam para defender a moral, a ética e o povo brasileiro. O sindicalismo nacional passa por um momento de total estagnação, velhos pelegos felizes e tranqüilos no comando de um negócio altamente lucrativo.
As demais entidades representativas como a OAB – Ordem dos Advogados Brasileiros, por exemplo, assiste a tudo sem fazer maiores movimentos no sentido de usar sua força em prol da restauração da honestidade na política nacional.
Resta ao povo pensar mil vezes antes de votar nas próximas eleições, nenhum dos atuais membros do Congresso Nacional merece nosso voto, os que não fizeram compactuaram com o que foi feito, votaram e assinaram documentos, silenciaram e se omitiram durante os últimos quatorze anos no mínimo. Nulo Neles!

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