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18 de julho de 2009

Viagem (in) tranquila

O artigo não trata de uma viagem de passeio onde tudo ocorreu na maior tranqüilidade, mas sim de uma viagem por uma estrada federal e outras duas estaduais sem que nenhum integrante da PRF – Polícia Rodoviária Federal fosse avistado ao longo de quase dois mil quilômetros ida e volta entre São Paulo e Ouro Branco nas Minas Gerais.
Devo ressaltar que tive a felicidade de pagar um preço justo (R$ 1,10) em cada pedágio que meu automóvel passou, diferente das estradas paulistas, coincidentemente governadas pelo mesmo partido de - PSDB, onde o valor dos pedágios é um roubo à mão desarmada. Aqui na Rodovia Castelo Branco em uma única praça de pedágio você gasta o equivalente a viagem de 700 km de SP à BH.
Mas voltando ao percurso, avistei policiais rodoviários dentro das cabines de seus postos e nada mais, nenhuma viatura fora do seu posto, exceto uma que estava acompanhando um comboio cujo caminhão transportava carga com excesso lateral.
Como podemos ter tranqüilidade numa estrada sem fiscalização, sem a presença da sua autoridade maior? Onde estão os policiais rodoviários federais? Qual é o seu contingente para cada estrada federal brasileira? Quantos foram contrastados nos últimos dezesseis anos, quando tivemos dois péssimos exemplos de administração pública? Qual o salário pago a um policial rodoviário? Com certeza bem menos do que se despende para pagar um mordomo da família Sarney, é claro.
Os profissionais não têm culpa são comandados, recebem ordens e as cumprem com certeza alguém no comando da equipe que atua na Rodovia Fernão Dias sabe os motivos e as razões para essa situação estar acontecendo.
Nas estradas MG 383 e 040, sob a responsabilidade do governo mineiro a mesma situação aconteceu durante três horas nenhuma viatura, nenhum comando, nada, absolutamente nenhuma fiscalização para averiguar documentações, possíveis motoristas alcoolizados, carros roubados ou em situações irregulares trafegando nas estradas mais violentas do país. As estatísticas não mentem, a cada feriado prolongado mais mortes acontecem e na hora de utilizarmos as estradas verificamos que elas estão abandonadas por quem deveria estar cuidando delas.
Ou seja, neste sentido percebo que tanto nas rodovias federais como nas estaduais, ao menos em SP e MG, contratar, remunerar a altura e treinar policiais rodoviários não é o mais importante para os dois governadores atuais.
A relação dos tucanos com o funcionalismo público é no mínimo estranha, eles precisam dos quadros públicos, dependem deles, mas os tratam como se fossem bandidos. Remuneram mal, corrigem seus vencimentos sempre abaixo da inflação, não contratam novos empregados para os postos que deveriam ter maior contingente e quando o fazem geralmente não são para as áreas da educação, saúde, fiscalização e policiamento.
Em 2010, em SP teremos a possibilidade da manutenção dos tucanos no poder, concomitante com sua presença no comando da republica também, ou seja, mais quatro ou oito anos perdidos, tais quais foram os anos FHC e estão sendo os anos Lula.

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