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20 de fevereiro de 2010

Ano de eleição

Esse começo de ano já deu a mostra de como será chato aturar o período pré-eleitoral no Brasil. Estamos em fevereiro, antes do carnaval e já ouvimos mais bobagens que cobrador de ônibus. Comparações estapafúrdias sendo feitas diariamente entre o hoje e o ontem, ninguém projeta o amanhã.
É um festival de “ex” para tudo lado, na televisão, nas rádios, nas revistas, nos jornais e na Internet. Ex-presidente, ex-vice-presidente, ex-corrupto, ex-financiador de campanha, enfim, todos ressurgem mirando uma boquinha na futura composição do novo governo que recomeçará a ferrar o povo em 2011.
O desespero é tão grande para assumir aquilo que no momento eles dizem ser inviável que fica difícil acreditar que o seja mesmo. O governador candidato se encontra com cantoras pop star e promete investir naquilo que ele mesmo não acredita, tanto que cortou as verbas orçamentárias em 50%.
O presidente leva sua candidata à tira colo por onde quer que ele vá e olhe que ele viaja e muito. Nem sua esposa agüenta mais essa estória. Mas tudo pelo poder, tudo pelo social, tudo pelo povo...Me engana que eu gosto.
Em Brasília o governador e alguns dos seus comparsas foram presos antes do carnaval e se tudo correr bem não vão sair da cadeia a tempo de ver a folia do bloco do povo pagador de impostos nas ruas e avenidas desse país. Porém, nada garante que lá ficaram por muito tempo, já sabemos como funcionam nossos tribunais. Um habeas corpus sempre aparece na cara do gol e retira das grades os nossos colarinhos peçonhentos branco. Oh! Charles de Gaulle, que boca hein?
Os militantes do partido que está no poder criticam seus opositores por eles fazerem tudo aquilo que eles mesmos fizeram oito anos atrás quando eram oposição. Em contrapartida a oposição desdiz o que disse, desfaz o que fez e mente descaradamente confiando que o povo não tenha mesmo memória...Pior que não tem mesmo.
Isso sem contar aqueles candidatos eternos cujas musiquinhas de campanha são as mesmas de dezesseis anos atrás, jingles medonhos que anunciam o apocalipse e nos dão um frio mortal na espinha. A interrupção da programação normal da TV deveria ser feita através de uma voz com os seguintes dizeres:
_ Iremos interromper nossa programação normal e sem graça para que você possa ir ao banheiro ou desligar sua televisão por dez minutos, se Deus quiser e se nosso estomago agüentar voltaremos em dez minutos. Por precaução tire as crianças da sala e tome um antiácido.
Não existem propostas, não existem programas de governo, mas sim um amontoado de intenções e mentiras que compõe o caderno de campanha dessa gentalha que circula em nosso país impunemente e cada vez mais rico e esnobe.
Depois da Copa do Mundo eles entram em campo e nós perdemos o sossego completamente. Haja DVD...Haja assunto na sala...Haja passeios e visitas as sogras. Tudo menos o programa eleitoral obrigatório da mentira nacional.

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