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21 de maio de 2010

Ficha limpa num sistema sujo não adianta

O belíssimo projeto enviado pela população através de várias entidades ao Congresso Nacional será aprovado com algumas pequenas inserções, acertos e concessões que irão por certo descaracterizá-lo da idéia inicial como foi brilhantemente concebido. Isso não é novidade, sozinhos eles jamais teriam capacidade, discernimento e honestidade para fazer algo em prol da ética política. Ao receberem o projeto tentam de todas as formas alterá-lo e não concebê-lo.

O projeto ficha limpa precisaria ser precedido de uma grande reforma política como jamais foi feita naquela casa do povo. Mas como consegui-la se os baluartes que detém o poder e as canetas são justamente os que não querem em hipóteses alguma mudar o que lhes é favorável sempre?

O poder no Brasil é na verdade penso, ele pende apenas para o lado de quem legisla e de quem executa as leis e decretos. Ao povo restam pequenas migalhas que sempre estão em perigo nos corredores do Congresso, seja para diminuir, eliminar ou reduzi-las.

Não é viável um país cujos deputados legislam sobre o seu próprio aumento salarial à revelia do conjunto da sociedade. Os salários devem ser fixados e ter o salário mínimo como referência e ponto final, em cascata isso atingiria os demais políticos do pais.

Um partido político não pode ficar sem lançar candidatos aos cargos majoritários, prerrogativa básica de poder, o contrário leva ao que existe hoje no país, onde os maiores partidos querem apenas se agarrar como ostras nos cascos dos navios que disputam cargos (PT e PSDB).

Coligações deveriam ser terminantemente proibidas no primeiro turno das eleições, sendo possíveis nos segundos turnos, impedindo que os partidos deixem de disputar eleições e mostrarem suas propostas, projetos e a sua cara ao eleitor.

Reeleição nunca mais, quatro anos é mais do que suficiente para fazer o que fazem nossos governantes, ou seja, nada. Isso deveria ser estendido aos cargos de Senadores, Deputados e Vereadores que não poderiam mais se reeleger livremente por décadas.

Tudo tem limite na vida do trabalhador, logo dois mandatos para senadores e três mandatos para Deputados e Vereadores estaria de bom tamanho, independente de serem consecutivos ou alternados.

O Brasil não precisa de tantos partidos como temos hoje, partidos medíocres com nomes pomposos e ações pífias. Partidos sem ideologia, sem conteúdo verdadeiro e programático que possa servir para alguma coisa na democracia, além de fazer número e ter custo elevado para a sociedade. Dois partidos de direita, dois de esquerda e dois de centro e nada mais.

Assim, com certeza conseguiríamos trazer para a vida pública e política homens e mulheres com a ficha limpa, pois com tempo pré-determinado de mandatos, com salários corrigidos pelo salário mínimo e partidos em número menor e com mais austeridade com certeza afastaria um pouco dessa escória que hoje habita o planeta demagogia.

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