Seguidores

17 de agosto de 2010

O novo Pinóquio paulistano

Não seria possível imaginar a maior cidade da América Latina sem recursos orçamentários para poder resolver seus inúmeros problemas. Na verdade os recursos existem, porém ou não são aplicados dentro do ano fiscal ou são desviados para atender outras demandas.

No primeiro caso temos o exemplo ocorrido com as verbas para “Combate às Enchentes” que estavam nos cofres paulistanos enquanto a cidade assistia ao desespero de moradores com seus pertences sob a água fétida de córregos e rios que transbordaram nas chuvas de verão.

O dinheiro não foi utilizado, as obras não foram realizadas, mas o prefeito exibia orgulhoso propaganda da Fórmula Indy em SP e outras coisas menos prioritárias para a sociedade paulistana.

A pior das facetas de uma gestão pública é possuir verbas arrecadadas com impostos e não utilizá-las de forma correta para melhorias na própria cidade. Recentemente foi descoberto que a Prefeitura retirou R$ 15 milhões destinados para a construção de três hospitais e repassou a verba para o gasto com “Consultorias”.

A administração da prefeitura paulistana não conseguiu explicar à imprensa quais seriam as finalidade destas tais consultorias. Mas é comum nos órgãos públicos, autarquias e fundações o uso deste subterfúgio quando se quer não fazer algo ou quando se quer desviar recursos.

Pode não ser o caso da prefeitura paulistana, entretanto Kassab deveria vi a público e detalhar quais são estas consultorias tão importantes e por que elas sobrepujaram a construção de três hospitais públicos em SP.

Na Lei de Diretrizes Orçamentárias do município paulistano a prefeitura prevê a entrega dos hospitais em 2011, sendo assim, ao retirar a verba Kassab está mentindo para a população paulistana. E se continuar mentindo desta forma em breve estará com o nariz maior do que o do personagem Pinóquio. Ou na melhor das hipóteses estará idêntico ao de outro prefeito mentiroso que agora se vê em apuros com a Lei da Ficha Limpa.

O orçamento de uma cidade faz parte de um processo de planejamento e não deveria ser alterado com facilidade, principalmente para uso em consultorias caras e de finalidade geralmente duvidosas. O que torna o orçamento do município uma peça de ficção, um amontoado de números sem respaldo técnico e financeiro.

O pior nesta estória é que não existe nenhuma punição ao Alcaide por alterar a peça orçamentária, exceto pelo eleitor nas próximas eleições, motivo pelo qual os prefeitos se sentem protegidos e fazem o que bem entendem. Prometendo, mentindo, alterando e depois segundo me frente sem problemas sua vidinha de homem público.

Nenhum comentário: