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23 de setembro de 2010

A corrupção no Brasil não tem limites

Ela pode ser escancarada, pode ser escamoteada, disfarçada, entretanto nunca deixa de estar ao lado do poder no Brasil. Sejam eles Executivo, Judiciário ou Legislativo. O Brasil perde por ano bilhões com o “Custo Corrupção”, dinheiro jamais recuperado tendo em vista que a Justiça não move montanhas para tentar recuperar verbas desviadas em fraudes, licitações, etc.

Antigamente ouvíamos quando crianças algo sobre um tal de dez por cento (10%), que significava que a liberação de uma obra, documento ou quaisquer coisas dentro da burocracia nacional tinha este custo quase que pré-fixado. Pois hoje no nosso país esse custo inflacionou e não tem limites, não há percentual que consiga amainar a fome de poder e dinheiro dos corruptos e corruptores.

Após o fim do período em que o Brasil viveu sob uma ditadura militar, começou a ficar clara esta situação para os brasileiros, os escândalos começaram a se multiplicar a partir de 1985 quando da posse de José Sarney. Não à toa, recentemente a imprensa desvendou que o homem que já foi presidente da república havia conseguido fazer misérias com seus cargos de poder.

Nomeou amigos para cargos chaves, nomeou parentes e construiu uma rede que lhe permitiu ganhar muito dinheiro apenas e tão somente usando o sobrenome de sua família e a proximidade com o poder desde o término de seu mandato como Presidente.

Em seguida tivemos um presidente jovem, moderninho, coqueluche da elite nacional e da grande mídia. Não precisou de muito tempo, em menos de dois anos caiu em virtude de golpes que na atualidade seriam considerados infantis diante da roubalheira perpetuada a partir de Brasília.

Depois de um breve período com Itamar Franco, um dos poucos que conseguiu sair de cabeça erguida tivemos nos últimos dezesseis anos uma enxurrada de denúncias concretas de todos os tipos de atos de corrupção. A capital federal se tornou sede mundial do nepotismo, do desvio de verbas, das indicações de pessoas a cargos sem concurso público, das sombras nebulosas que se espalharam feito uma explosão atômica devastando e alastrando corrupção por todos os demais Estados da Federação.

Não tem um canto do país virgem, imune a algum golpe, desvio, ato ilícito, seja ele em órgãos públicos ou na rede privada onde alguns empresários descobriram como lucrar acima do imaginável. Empreiteiras ganham obras e licitações, pagam por fora, abastecem um mercado ilícito que continua sempre promissor.

Algumas ações da Polícia Federal costumam dar certo, nem sempre, mas alguns bandidos do colarinho branco e raros corruptores chegam à prisão. Em seguida entram em ação a segunda indústria mais lucrativa do Brasil, a dos Habeas Corpus Corporation. No dia seguinte ou no máximo em poucos dias lá estão os criminosos de volta ao seio da sociedade.

Nem sempre conseguem voltar a ocupar cargos de confiança, mas conseguem liberdade para abrir novos negócios e o principal – não devolvem nenhum centavo ao país. Perdem apenas um pouco nos gastos com seus brilhantes advogados, sem os quais não estariam livres.

Os episódios do chamado Mensalão, que existem em todos os cantos do país somados aos casos de intermediação de negócios escusos com o aval de pessoas e órgãos públicos ganharam uma dimensão astronômica. A oposição ao atual governo agora faz denúncias assim como fez o PT durante muitos anos. Mas não explicam por que onde são governo nos Estados a situação se repete com a mesma voracidade. Vide MS!

Em resumo são todos farinha do mesmo saco protegidos por leis que são escritas pelo Poder Executivo e Legislativo sem que a sociedade possa interferir diretamente. Leis que deveriam ser escritas por juristas em muitos casos são feitas pelos piores criminosos que uma sociedade por admitir.

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