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28 de janeiro de 2011

Privatizamos a Vale e criamos a Não Vale

Durante as gestões do governo FHC várias empresas foram vendidas a preço de bananas, um dos maiores crimes contra o patrimônio nacional foi à venda da Empresa de Mineração Vale do Rio Doce por um preço muito aquém do seu real valor. Muito se discutiu à época, mas a carruagem seguiu e FHC continuou como um cavalo de parada militar... Cagando e andando para os reclamos da sociedade.

Hoje, oito anos depois, recebemos a notícia que o governo federal conseguiu se superar em termos de absurdos administrativos em toda sua história democrática. Criou uma empresa estatal chamada “Empresa Brasileira do Legado Esportivo Brasil 2016”. Com a finalidade de elaborar estudos técnicos sobre obras destinadas à realização da Olimpíada de 2016 no RJ.

Ela foi criada por Lula em Maio/2010 através das abjetas Medidas Provisórias, que levou o número de MP 488. A mesma caducou por não ter sido votada dentro do prazo estipulado e perdeu a eficácia em Setembro do mesmo ano. Os deputados trabalharam bem menos este ano por conta da Copa do Mundo e das eleições.

Mas nada detém nossa burocracia federal, nem o prazo, nem recurso nada detém o impulso para criar novos cargos e mamatas no governo federal. Na visão (míope) das autoridades do Ministério dos Esportes a qual a estatal está subordinada é de que a empresa continua existindo por que atos tomados na vigência da medida provisória não podem ser desfeitos (eu não disse que ninguém os detém jamais?).

Assim, o ministro dos esportes afirmou que falta apenas indicar um Presidente para a empresa. Após esta indicação a empresa começará a operar para sorte do nosso país. Afinal como poderemos viver sem a tal empresa?

Engraçado que mesmo sem a empresa estar funcionando, já existe um Conselho Administrativo que até reuniões já realizou, estranho, mas muito pertinente afinal, estes conselhos estaduais ou federais como nesta situação, remuneram muito bem seus indicados. Não tem moleza no Brasil, basta indicar e eles já saem se reunindo, só esqueceram de montar a empresa primeiro. Coisa pequena, leve e que pode ser corrigida é claro.

Falta agora fazerem um concurso para escolhermos o logo da empresa, afinal tudo que é pertinente a RJ/2016 tem de ter logo e festa. O nome corriqueiro e popular deveria ser Legadobras ou Desperdíciobras.

Nada mais do que a pura realidade, num país sem infraestrutura, sem saneamento básico, sem segurança pública e saúde o povo ter de engolir excrescências como estas criadas por políticos imbecis que não tem o que fazer exceto desperdiçar nosso dinheiro e paciência.

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