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13 de janeiro de 2011

Tragédias nas encostas urbanas tem pontos em comum

Todos os anos ocorrem centenas de tragédias urbanas em suas encostas e nas áreas localizadas em suas periferias com desabamentos que levam à morte centenas de pessoas em cidades e Estados diferentes, com incidência maior nos Estados de MG, SC, SP e RJ.

Este ano em especial tem chovido muito, acima da média do mês de janeiro segundo os especialistas. Com isso aumentou o número de desmoronamentos nas encostas e as mortes por enchentes nas grandes cidades.

Em todas as situações mostradas à exaustão nos noticiários da televisão, percebemos que em todas as tragédias existe um ponto em comum, aliás, dois, o sofrimento de pessoas humildes e sem lugares para onde ir e a ausência imoral do poder público.

Em todas as imagens não vemos na televisão notamos sempre a ausência das prefeituras, dos serviços sociais. Nem as tradicionais barracas de lona e os alojamentos improvisados estão sendo colocados a disposição de quem perdeu tudo com a chuvas.

O povo não tem para onde ir, não existem programas de construção de habitação popular sérios, apenas os fictícios que prometem milhões de moradias e entregam um par de centenas delas, mentindo a população em propagandas sem vergonhas. Em Bauru, por exemplo, o déficit habitacional é de mais de 30 mil moradias.

O poder público não limpa os rios, não faz o desassoreamento ou a canalização dos córregos nem educa o povo quanto à forma de evitarem o lixo e os entulhos em áreas de riscos e nos córregos e rios. No RJ a governo fanfarrão de Sergio Cabral sabia dos problemas nas encostas das serras fluminenses desde 2008, quando foi contratado um serviço para mapear a situação daquela região. Nada foi feito desde então, ao invés disso estão torrando R$ 1 milhão com reformas no Maracanã.  

Cabe ao poder público entre outras coisas educar, informar, orientar, limpar e efetuar obras cujos orçamentos estão à disposição deles, como no caso vergonhoso de SP, onde o Prefeito Kassab não usa a verba para fazer obras anti-enchentes e depois culpa São Pedro. Uma desfaçatez sem limites e muito sórdida para quem deveria estar trabalhando 24 horas por dia em prol da cidade que administra ou ao menos deveria.

Nas cidades de Mauá, Atibaia, Franco da Rocha, Petrópolis, Teresópolis e em dezenas de municípios de Minas Gerais a situação é idêntica no que tange a omissão do poder público. Não se vê a presença dos espertalhões que meses antes estavam pedindo votos para seus cupinchas.

Eles (os prefeitos e governandores) não fazem obras e nem regularização das ocupações, evitando construções irregulares em áreas de risco, nem tão pouco auxiliam as vitimas deste descaso que eles mesmos permitem. Culpar a chuva como faz Kassab é ignóbil, uma safadeza sem fim.

O PSDB está a dezesseis anos no poder em SP, como se explica não haver na cidade que é capital do Estado mais estações de tratamento de esgoto, obras de limpeza e rebaixamento da calha do Rio Tietê, bem como, canalização de córregos? Será que 16 anos é pouco?

Não é problema de verbas, pois os orçamentos contemplam a realização delas. Inclusive nas propagandas antes das eleições eles afirmavam que isso era coisa fácil de ser resolvida. Muito dinheiro já foi designado para obras que nunca foram realizadas. Estamos lidando com uma corja de mentirosos e vagabundos preguiçosos, essa é a verdade.

Em Franco da Rocha - SP 41 piscinões foram previstos e orçados, mas apenas um foi entregue, isso demonstra a falta de caráter, seriedade e honestidade dessa corja que nos governa.

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