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1 de julho de 2011

A Dívida (interna) que não para de crescer

A dívida pública é tecnicamente a soma de tudo aquilo que todos os órgãos do Estado brasileiro devem, incluindo nesta soma o Governo federal, Estados, Municípios e Empresas Estatais. O conceito de dívida líquida traduz mais claramente a posição financeira do setor público.

A divisão da dívida pública mais comum é entre a dívida interna que pode ser liquidada em moeda nacional e a dívida externa que tem de ser paga em moeda estrangeira.

A dívida externa por muitos anos assombrou o país, após a implantação do Plano Real, aos poucos nossa economia se estabilizou e nossa dívida externa foi sendo administrada e paga de forma a quase deixar de existir.

A dívida interna possui três fontes:

a) O financiamento de gastos públicos em bens e serviços (despesas com educação, saúde, obras em qualquer nível de governo ou entidade pública;
b) Os gastos com os juros sobre as dívidas contraídas no período anterior;
c) E no caso do Governo Federal a política monetária e cambial.

Na mesma medida que a dívida externa foi equacionada e diminui houve no mesmo período uma evolução gigantesca dos gastos públicos e o consequente aumento da dívida interna brasileira.

Os gastos sem planejamento, o custo altíssimo da nossa moeda e dos juros exorbitantes além do total descontrole da máquina federal que gasta mais do que tem e gasta mal os recursos a disposição fazem com que a dívida interna seja nos dias atuais algo em torno de R$ 1, 74 (Um trilhão setecentos e quarenta bilhões).

A dívida que em 2002 ao final da gestão FHC era de R$ 881 bilhões mais do que dobrou no mesmo período das gestões de Lula. Podendo segundo especialistas fechar o ano de 2011 na casa de dois trilhões.

Na época da ditadura militar o país convivia com 15 ministérios (Fazenda, Civil, Saúde, Educação, Agricultura, Minas e Energia, Transportes, Planejamento, Defesa (Marinha, Exército e Aeronáutica), Comércio Exterior, Economia, Cultura, Justiça, Indústria e Comércio e Comunicações.

Pois hoje em dia o número de ministérios foi banalizado, temos atualmente mais de quarenta pastas, algumas inócuas, outras que poderiam estar anexadas as já existentes, sem contar que algumas pastas são na verdade secretarias que ganharam status de ministério.

Este inchaço é um verdadeiro poço sem fundo, que além de elevar a dívida faz com que os gastos tripliquem na esfera federal. Segundo o ex-ministro Reis Velloso, o maior problema é que “O povo é que, no fundo, paga os juros altos dos papéis públicos”.

Nas quatro últimas eleições em nenhum momento a situação ou oposição que se revezaram no poder propuseram algum projeto  sério para discutir mecanismos que venham a contribuir para a redução desta dívida trilionária do país. Ao contrário, ficaram em silencio absoluto.

O povo em geral não tem a mínima idéia do quanto paga e o quão é danoso para a sociedade brasileira viver com uma dívida sem controle, com gestões sem planejamento e cuja finalidade é torrar nosso dinheiro com uma máquina pública montada para elegê-los a cada quatro anos.

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