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31 de agosto de 2011

Faxina deve ser feito primeiro na Câmara

A noite de 30 de agosto de 2011 ficará marcada para o todo sempre pela noite da vergonha na Câmara Federal do Brasil. Depois de um longo processo o conselho de ética da casa pediu a cassação da Deputada do PMN-DF Jaqueline Roriz, pedido rejeitado nesta triste noite pelo placar de 265 contrários – 20 Abstenções – 166 Votos favoráveis.

Para quem não acompanhou o processo, a deputada foi pega no flagrante em 2006 por uma câmera escondida ao receber dinheiro (R$ 50 mil) de propinas denominado à época de “Mensalão do DEM” nos escândalos que culminaram com a derrocada do então governador José Roberto Arruda. O link do caso publicado na mídia explica em detalhes:

http://noticias.uol.com.br/ultnot/multi/?hashId=promotoria-investiga-flagrante-de-pagamento-de-propina-no-df-040299376ED4B96327&mediaId=9675773

O caso foi então levado à comissão de ética e se arrastou até que ontem seus 286 colegas no plenário acharam que ela não podia ser casada por que à época não era deputada federal.

A tese arguida pelo seu defensor em plenário sensibilizou os 166 deputados covardes e mais 20 vacilões que se abstiveram de votar a deixar livre a pobre moça. Ou seja, pode cometer crimes, pode barbarizar, roubar e matar, desde que na ocasião não seja deputada.

Na prática estes canalhas culpam o povo que a elegeu e não a deputada ladra e corrupta que pegou o dinheiro conforme todo Brasil pode ver e rever dezenas de vezes. O eleitor do DF seria então o verdadeiro culpado por ela ser deputada.

Depois de conseguirem anular a “Lei da Ficha Limpa” para o atual mandato, quando a empurraram de barriga tanto quanto puderam, depois de dar inúmeros exemplos de safadeza e falta de decoro parlamentar, nossos deputados agora foram defensores de uma corrupta.

A tal faxina que tanto foi pedida a Dilma após ela demitir alguns ministros e outros poucos corruptos do DNIT deveria ser realizada em 2014 quando das eleições para Deputados Federais e Senadores. Aliás, a faxina precisa ser feita já em 2012 nas eleições para Prefeitos e Vereadores.

O tempo já passou, é para ontem a necessidade de uma resposta dos eleitores contra os políticos corruptos e as pessoas com a ficha suja, sejam deputados ou pré-candidatos. Chega de vacilos, chega de acreditar em quem não tem palavra nem moral para nos representar.

O povo precisa mostrar sua indignação agora entupindo o Congresso Nacional de manifestações contrárias ao ato abominável de ontem à noite, além de exigir a relação dos canalhas que votaram a favor da corrupta e dos que se abstiveram covardemente de votar.

Basta de Corrupção! Basta de Safadezas! Basta de eleitores passivos cujos votos são inconsequentes e prejudiciais ao próprio povo. Basta de tanta imoralidade e apego a atalhos por vielas construídas pelos próprios políticos safados que legislam em causa própria há séculos.

26 de agosto de 2011

Resort para tiranos estrangeiros

O Brasil não é exemplo de Nação com justiça rígida e dura para com criminosos de quaisquer espécies. São tantos exemplos que semanalmente temos um motivo para desacreditar em nosso sistema judiciário. Esta semana o banqueiro Salvatore Cacciola saiu da prisão depois de três anos em regime fechado, após ser condenado por dar um golpe de bilhões no governo.

No ano passado acolhemos com as bênçãos do STF o terrorista assassino Cesare Battisti, italiano foragido de seu país e condenado por matar cinco pessoas. Aqui está livre, com todos os direitos e regalias de qualquer cidadão.

E a nossa justiça não faz distinção entre ricos ou pobres, ela é péssima de A a Z, permite que criminosos estupradores, sequestradores e assassinos confessos fiquem em liberdade para responder seus crimes, concede indulto, regressões de penas, visitas íntimas, enfim, trata-os como se trabalhadores honestos fossem.

No andar de cima então as facilidades e benefícios são ainda maiores, o banqueiro golpista Salvatore Cacciola ficou em cela com TV de 42 polegadas, recebia alimentação vinda de restaurantes finos do RJ, tinha frigobar na cela e toda mordomia possível.

Nosso país é um paraíso da criminalidade, onde existem leis em excesso, mas rigor em dose mínima. Aqui as leis não são atualizadas, os crimes se sucedem e os criminosos inclusive os estrangeiros deitam e rolam sobre o povo brasileiro.

Sendo assim, o governo brasileiro poderia abrir um novo negócio que com certeza daria muito lucro e visibilidade ao país. Um resort no Maranhão para criminosos procurados pela Interpol, terroristas internacionais, ditadores que perderam seus poderes e todo tipo de asilo político que fosse pedido.

A escolha do Maranhão se deve ao “rigor” com que aquele Estado trata seus políticos e criminosos, dando exemplo para os demais parceiros da federação.

O resort só poderia se chamar REP – Resort para Exilados Políticos e afins José Sarney – O Eterno. As diárias subsidiadas pelo governo federal poderiam abrigar pessoas de toda parte do mundo, rendendo dividendos políticos e gerando empregos diretos e indiretos.

Um país que tem Sarney no poder no congresso há quase trinta anos, que deixa um cidadão suspeito enriquecer dominando a CBF por 22 anos não pode abrir mão de trazer outros pulhas, criminosos até para que possamos ter um reciclagem na nossa escória. Este upgrade é necessário.

Se estivesse funcionando Kadhaffi já poderia ter deixado a Líbia em paz há muito tempo e estaria escrevendo um livro de memórias ao lado de Sarney no Maranhão. Quantos iguais a ele ou até piores poderiam estar no REP, evitando derramamento de sangue e tanta destruição em seus países de origem.

Um país que não é sério, aonde só os aposentados e trabalhadores com registro em carteira pagam IR e a cobrança de impostos do governo é revertida para corrupção, desvios e inutilidades nada é impossível, aliás, só a honestidade e ética são impossíveis nesta terra.

20 de agosto de 2011

Queda de ministros escancara corrupção endêmica no pais

A nossa presidente já defenestrou quatro ministros em pouco tempo de sua gestão, para ser mais preciso sete meses desde sua posse em Brasília. Um ministro a cada 52 dias em média. O que não é pouco.

Mas resolve o problema ou escancara a corrupção endêmica que assola nosso país há muitos anos, décadas para ser generoso? Sem deixar de notar que as escolhas para ocupação de cargos de alto escalão continuam passando longe dos critérios técnicos.

Todo processo começa no período da formação das chapas, onde partidos pequenos se agigantam e em troca de seus apoios negociam ministérios, presidências de estatais e demais cargos do primeiro, segundo e terceiro escalão da república.

O que antes era considerado normal, na visão do mundo político, hoje se tornou uma excrescência sem limites, beirando o inaceitável. Pois no passado distante, nomes eram levados ao candidato majoritário por seus parceiros, mas eram nomes de pessoas do ramo, técnicos para ocupar os cargos em aberto.

De vinte e cinco anos para cá, os nomes escolhidos para os cargos são sempre de políticos recém-eleitos ou até de derrotados nas eleições que conseguem um prêmio de consolação. Isso gera no mínimo três problemas, corrupção, falta de capacidade técnica para exercer as funções e a substituição do parlamentar por um suplente que não foi eleito para representar o povo nas urnas.

O concurso público apesar de ter virado uma indústria alimentando órgãos, cursinhos e muitas outras entidades direta ou indiretamente, não é utilizado no alto escalão, ficando apenas para os cargos de carreira. Porém, deveria haver leis que obrigassem o postulante ao cargo ter ao menos formação escolar e experiência compatível com o mesmo. É inadmissível que um ministro da agricultura seja eletricista ou um ministro da saúde seja aeronauta e assim por diante.

A queda dos ministros e de diversos funcionários que foram impingidos por deputados e senadores aos cargos na troca por apoio eleitoral demonstra o quanto estamos atrasados e o quão difícil será combater a corrupção entranhada nas vísceras do governo brasileiro.

Dilma demitiu alguns funcionários e isso foi o suficiente para que o PR – Partido da República (Não a nossa obviamente) e o PMDB se alvoroçassem e levantassem as vozes contra o combate a corrupção. Não obstante eles ameaçam tirar apoio, votar contra e ficar de mal da presidente.

Tudo jogo de cena, os partidos coligados com a presidente podem falar o que quiserem, mas jamais vão largar a boquinha do poder, perderiam cargos, aliados, espaço político e o que é pior, na atual conjuntura muito dinheiro. Veja um modelo de fraude:


13 de agosto de 2011

As fragilidades do nosso sistema penitenciário

A junção das benesses exageradas do nosso sistema judiciário aliado às fragilidades do nosso sistema penitenciário, também excessivamente benevolente com os criminosos transformam nossos cárceres em playground para boa parte dos criminosos, principalmente no eixo RJ-SP.

Na prática o governo federal constrói penitenciárias num ritmo muito aquém da necessidade real do sistema, o mesmo ocorrendo nos Estados. O eixo RJ-SP abriga presos oriundos do restante do país, precisaria de um alivio com a construção de dezenas de unidades prisionais no Centro-Oeste, Norte e Nordeste.

Mas o grande problema está na fragilidade que este sistema prisional oferece aos que são julgados, condenados e cumprem pena no Brasil.

São indultos, regressões de penas e penas progressivas que transformam o tempo de um criminoso de altíssima periculosidade em coisa de cinco ou seis anos enjaulados.

É muita inocência das autoridades achar que um estuprador, um sequestrador ou assassino confesso com ficha extensa vá se recuperar justamente dentro das pocilgas chamadas de penitenciárias. Onde os presos não trabalham, não estudam e ainda recebem celulares, visitas íntimas e até comandam o tráfico à distância.

Tão fácil que no RJ ontem uma juíza foi brutalmente assassinada quando chegava a sua residência com requintes perversos de crueldade. Obviamente sua morte foi tramada dentro de um dos muitos presídios do sistema, de onde tranquilamente criminosos planejaram este ato ignóbil.

Aqui em SP no interior do Estado um fato salta aos olhos neste final de semana. Um criminoso de altíssima periculosidade depois de muito tempo foi preso. Ele comandava uma quadrilha que assaltava e aterrorizava moradores de condomínios de luxo no interior.

Foi então levado para a prisão temporária na Cadeia de Barra Bonita por 30 dias. Em seguida o sistema o transferiu para o CDP – Centro de Detenção Provisória de Bauru por questões de segurança, onde ficou pouco de tempo preso. Para completar seu périplo o sistema o enviou para Jaú.

Naquela cidade vizinha o meliante perigoso foi transferido para a uma unidade prisional de “Reinserção de detentos à sociedade” local da onde fugiu ontem as 17h00min.

Vejam as falhas e questões sem respostas inteligentes ao menos:

1. Se ele era perigoso porque foi para um lugar de Reinserção?

2. Se sequer havia sido julgado, qual o critério para então deixa-lo num local sem segurança máxima?

3. De quem partiu a ordem para tantas mudanças culminando com a definição para ficar no Centro de Reinserção de Jaú?

4. Se as autoridades do sistema penitenciário consideram este Centro de Jaú modelo, como serão os demais?

Ou o Congresso Nacional normalmente benevolente, preguiçoso e omisso altera leis e endurece junto com o Poder Judiciário a vida fácil dos criminosos ou a sociedade verá muitos casos semelhantes aos dois citados acima.

Num país de primeiro mundo e com respeito ao cidadão que recolhe pesados tributos, esta bandalheira jamais estaria acontecendo. Nenhum lugar do mundo assiste a morte de um Juiz impunemente. Vide a Itália e todas as transformações feitas por seus parlamentares no sistema após a morte de alguns magistrados.

Chega de brincar de prender e soltar criminosos perigosos que não hesitam em tirar a vida de inocentes.

4 de agosto de 2011

Apagão na memória de quem privatizou tudo em SP

Em 1995 ninguém me contou nada, eu estava no auditório da empresa em que trabalhava e assisti a uma palestra com a participação de tucanos ilustres que defendiam a privatização das empresas do setor elétrico paulista (Cesp, CPFL, Eletropaulo).

Entre os palestrantes estavam David Zilberstein, o atual presidente da CPFL Wilson Ferreira Júnior e Eduardo Bernini que foi Presidente da Eletropaulo.

Naquela ocasião David Zilberstein era Secretário de Energia e eles diziam coisas incríveis sobre o que seria o país pós- privatizações tucanas no setor elétrico. Uma das coisas mais interessantes é que o consumidor poderia escolher a empresa que lhe serviria energia elétrica.

Tudo seria modernizado, melhorado e ampliado pela inciativa privada, visto que o papel do Estado não era cuidar daquilo e sim de Educação, Saúde e Habitação por exemplo. Segundo eles ainda, o setor privado teria recursos para investir em novas tecnologias, dar manutenção ao sistema e ampliar a oferta de energia para que SP não entrasse em colapso.

Todos assistiam entusiasmados, não foram poucos que depois daquelas palestras votaram no PSDB, imaginando que eles falavam mesmo a verdade. Sonhavam por alguns instantes com um futuro maravilhoso para nosso Estado e o país.

As privatizações chegaram e eles foram vendendo as empresas uma a uma, exceto a Cesp que teve de ser cindida em cinco partes, sendo uma Distribuidora que virou Electro nas mãos de um grupo americano. A geração dividida em três partes Tietê vendida para a AES, Paranapanema vendida para a Duke Energy ambas americanas, restando apenas a Geração Paraná atual Cesp que não foi vendida.

A quinta parte foi a Cteep Transmissão Paulista que foi vendida em 2006 as vésperas das eleições para uma estatal colombiana chamada ISA. Não podíamos ter estatais, mas podíamos vender para estatais, isso só tucano entende.

A Eletropaulo também foi retalhada e vendida em postas, apenas a CPFL foi vendida inteira e para um grupo formado pelas empresas de Antônio Ermírio e do Bradesco.

Hoje decorridos dezesseis anos desta estória macabra da venda por migalhas de todo setor elétrico paulista, único Estado a se desfazer de suas empresas do setor, temos apagões acontecendo quase que diariamente em SP.

A culpa é óbvia, da falta de manutenção, investimento e seriedade das empresas que compraram as antigas estatais. Nenhuma fiação está por debaixo do solo como nos países de primeiro mundo. Não houve crescimento da oferta de energia nem no patamar de 15% exigido nos editais de venda.

As empresas têm lucros altíssimos e os enviam para o exterior para gozo de suas matrizes que estão felizes com o negócio feito com os tucanos paulistas.

Não há possibilidade alguma de um consumidor escolher a empresa que quer fornecendo energia elétrica em sua fábrica ou residência, isso é utopia, propaganda enganosa. Não há manutenção sendo realizada, motivo dos apagões constantes.

Eles agora culpam ANEEL, agência criada por eles e que jamais multou, fiscalizou ou até regulamentou o setor como deveria ter feito nestes 16 anos.

O atual secretario de energia José Aníbal e o Governador Geraldo Alckmin tiveram um tremendo apagão de suas memórias e esqueceram tudo isso acima citado.

Eles agora tem vergonha de assumir tudo que disseram e fizeram no passado recente. Espero que os eleitores e consumidores do sistema saibam dar seus votos sem serem acometidos por um apagão na hora de votar novamente em SP.