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12 de setembro de 2011

Agenda oculta em Bauru

Durante as discussões pela preservação do Cerrado de Bauru contra a especulação imobiliária e a transformação de área de preservação em distritos industriais em Bauru algumas coisas foram discutidas e muitas omitidas.

Por baixo do cerrado existe o aquífero guarani, existe vida dentro do cerrado, existe uma vegetação que nos protege e precisa ser defendida e mantida a qualquer custo. Fora do cerrado existem muitas mentiras, gente mudando de opinião e uma agenda oculta sob a palavra dos envolvidos.

O prefeito que foi líder ambientalista antes de se tornar vereador e mandatário da cidade, hora defende timidamente o cerrado, ora muda de opinião. Não sabe se aquela área deve virar um parque ecológico ou se transformar em lucro para gananciosos.

Os vereadores estão perdidos, alguns nem sabem o que é cerrado, outros sabem apenas o que é lucro. Mas eles precisam ficar atentos, a sociedade pode fazer em 2012 o mesmo que querem fazer com o cerrado em 2011. Ou seja, ceifar a todos, não reeleger nenhum político que não ponha a cara para bater em defesa da sociedade e do meio ambiente.

A ausência de inteligência e de planejamento na cidade quase sempre leva os políticos a fazerem bobagens que afetam a sociedade e o meio ambiente. Se pensassem, se planejassem, se discutissem planos e projetos à exaustão com os organismos vivos da cidade nada disso aconteceria.

Mas a arrogância que caracteriza nossos governantes impede que haja qualquer contato com a vida fora dos gabinetes desta gente. Do prefeito que anda pela cidade dia e noite, mas não ouve quem deveria, aos secretários que se acham “Deuses” passando por alguns vereadores o poder público ignora ideias que venham estejam além de seus muros.

Nas conversas que ouvi nos corredores da Câmara na semana que passou, fica claro que na questão do Cerrado bauruense existe muito mais do que se fala na imprensa, por baixo dos panos e nas agendas ocultas dos envolvidos estão muitas verdades e muitos interesses que iriam arrepiar o eleitor da cidade.

Ninguém está pensando em progresso, nem na cidade, o pensamento está longe e alhures do desenvolvimento da nossa cidade sem limites, mas sim dentro de limites muito pequenos.

Discutir saúde pública ninguém quer, não interessa a eles. Exigir melhorias na segurança pública que tanto afeta o cidadão ninguém ousa. Pedir verbas para melhoria na educação e no transporte é lenda. Agora derrubar o pobre e agonizante cerrado em troca de cifrões é tudo que eles querem.

De positivo neste atoleiro de mentiras e afirmações subliminares desencontradas fica a presença na discussão de jovens inteligentes e dispostos a fazer acontecer. Pessoal da AGR – Acorda Bauru – SOS Cerrado e Batra Jovem trazem esperança de que as discussões sejam feitas à luz do dia e não nas trevas dos gabinetes públicos sob a égide de agendas ocultas.

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