Seguidores

29 de dezembro de 2011

Todos eles tem algo em comum

“Na vida intelectual, o passado,
assim como é centro poderoso de resistência,
é débil princípio de atividade."
Angel Ganivet

Você sabe o que esta relação abaixo de pessoas do Brasil tem em comum? Veja então o nome delas e pense um pouco a respeito. Eles não estão em ordem de importância nem alfabética, ou qualquer outra ordem pré-disposta, mas sim relacionados a esmo:
Paulo Salim Maluf
José Sarney
Ricardo Teixeira
Jader Barbalho
Daniel Dantas
Marcos Valério
Mauricio Marinho
Roberto Jefferson
Paulinho da Força
Renan Calheiros
Fernando Collor de Mello
Eduardo Azeredo
Veronica Dantas
Delúbio Soares
José Genuíno
José Dirceu
João Paulo Cunha
Antônio Palocci
Angelo Andréa Matarazzo
Alfredo Nascimento
Rodrigo Silveirinha
Paulo Preto
Anderson Adauto
Sergio Pimentel
Luis Augusto Candiota
Julio César dos Santos
Mauro Gandra
Ronivon Santiago
João Maia
Luis Estevão
Ricardo Sérgio de Oliveira
José Roberto Arruda
Vladimir Antônio Rioli
Gregório Marin Preciado
Sergio Correa da Costa
Ricardo Mansur
Gustavo Franco
Waldomiro Diniz
Joaquim Roriz
Álvaro Lins
Eliana Tranchesi
Tania Bulhões
João Havelange
Salvador Cacciola
Envolvidos no Mensalão
Envolvidos com Carlinhos Cachoeira
Envolvidos no Mensalão Mineiro
Envolvidos no Cartel da Alsthon e Siemens

Todos estes nomes tem em comum o fato de que estiveram envolvidos em escândalos, crimes contra o erário, sendo suspeitos ou até em alguns casos condenados pela nossa justiça e nunca foram presos, ou nunca cumpriram a pena que deveriam segundos as leis vigentes no país.

Nem precisa dizer que os milhões de dólares envoltos nas acusações e suspeitas em que estavam envolvidos jamais foram devolvidos aos cofres públicos na sua totalidade.

São políticos, empresários, banqueiros, funcionários públicos que se aproveitaram da nossa justiça leniente que sempre permite com sua famosa indústria de Habeas Corpus e de abrandamentos e arquivamentos infinitos que todos os acusados de corrupção ativa e passiva fiquem soltos.

Políticos podem se reeleger, banqueiros recomeçarem seus negócios e empresários abrirem novas empresas fraudulentas para em todos os casos citados continuarem a dar golpes no dinheiro do povo.

25 de dezembro de 2011

Uma estória de Natal

Aquela criança sentada na soleira, tristonha e sem perspectiva alguma, era o reflexo da noite escura que dominava o horizonte naquela pobre cidade do interior do Brasil. O frio característico das noites de Natal europeu era substituído pelo clima tropical quente e abafado que sufocava a todos em suas casas.

A criança olhava para o céu escuro como se quisesse encontrar uma luminosa estrela cadente ou como querendo avistar algo além das montanhas intransponíveis que faziam a guarda oficial da sua cidade. A noite apenas estava começando, os sonhos daquela pobre criança movimentavam suas fantasias e lhe traziam à mente um tempo de felicidade e alegria que jamais haviam saído de suas melhores fantasias.

Os pais, trabalhadores humildes do campo nada podiam fazer e sequer ousavam prometer algo que sabiam ser impossível de cumprir. Nenhum tio afortunado, nenhum padrinho na cidade, nada com que pudesse sonhar naquela noite especial de Natal.

Então, por que sonhar na soleira do alpendre de madeira desgastado pela corrosão do tempo? Isso ninguém poderia responder por aquela criança. Nas ruas um tímido movimento de pessoas apressadas querendo chegar com seus pacotes pequenos, geralmente alimentos para a ceia que estava por vir. Poucas surpresas, nenhuma loucura e muito cansaço apenas naquelas pernas e braços que carregavam as últimas compras do ano.

Um misto de alivio e comiseração confundia os corações daquela gente nos minutos que antecediam o Natal. O aniversário de Jesus era o motivo da festa, o aniversariante estava ali no meio de todos e sua presença aquecia o corpo surrado daquelas pobres almas sofridas.

A criança suada, cansada e sonolenta não conseguia mais suportar o peso de seu pobre corpo mirrado, suas pálpebras pendiam para baixo de forma suave, mas constante. O sono era o alimento para seus sonhos e fantasias, acordar seria muito mais difícil do que necessariamente dormir. Ao fechar os olhos esqueceria a pobreza, as dificuldades de seus pais, os desencantos tantos desencontros que a vida já havia lhe reservado naqueles poucos anos de vida.

Ser pobre á algo com que ele e todos seus vizinhos aceitavam, resignados, entendiam, porém o que incomodava era a falta de quaisquer perspectivas para o futuro. Sonhos eram apenas e tão somente sonhos para aquele garoto mirrado da periferia daquela pequena cidade.

Mas como que por milagre um carro parou na porta de sua casa, não era ninguém conhecido, não era ninguém esperado, até por que a família não esperava por ninguém àquela hora, aliás, não tinha amizades com ninguém que tivesse um carro tão bonito como aquele parado misteriosamente a frente do seu portão.

Do carro desceram duas crianças bem vestidas com alguns pacotes nas mãos e os entregaram ao casal que os atendeu, disseram que se tratava de uma ajuda e que os brinquedos eram para o garoto que sempre estava sentado naquela porta, como se assim esperasse ganhar um presente a qualquer momento.

Em seguida, chamada por seus pais, as crianças entraram naquele automóvel e foram distribuir mais felicidades e sonhos para outras famílias vizinhas. Os olhos do menino brilharam mais do que a última estrela do céu naquela noite quente. Por alguns instantes, por um momento fugaz ele percebeu que havia esperança, que havia motivos para acreditar em Deus, em Papai Noel ou simplesmente na magia do natal.

Autor: Rafael Moia Filho - Escritor, Blogger e Gestor Público

24 de dezembro de 2011

Mensagem de Boas Festas


Desejo a todos um Feliz Natal, um novo ano de 2012 com muita paz e saúde. Mas acima de tudo, desejo que nosso país seja de verdade uma Nação. Que a educação seja a prioridade, mas que o cidadão comum também faça sua parte no trânsito, na educação dos filhos, no respeito ao meio ambiente, aos idosos, as crianças e a si próprio. Não basta apenas apontar o dedo para as autoridades corruptas, temos de votar com seriedade, fazer nossa parte, independente dela ser ou não significativa no contexto geral. Cada passo dado na direção certa diminui um pouco o abismo em que vivemos como sociedade.
Tudo ao seu tempo, com o discernimento necessário sem esquecer-se do amor, do sorriso na face e dos amigos que junto com nossa família justificam nossa passagem por esta vida.
Obrigado a todos que gentilmente acessaram este blog e ajudaram a divulga-lo. Tenham todos boas festas e muita paz em suas vidas.
Rafael

21 de dezembro de 2011

Dados que não aparecem nas propagandas políticas

“Tem gente que se acha honesta
só porque não sabia nada"
Millôr

Um total de 11.425.644 de pessoas - o equivalente a 6% da população do país ou pouco mais de uma população inteira de Portugal ou mais de três vezes a do Uruguai.
Esse é o total de quem vive, atualmente, no Brasil em aglomerados subnormais, nome técnico dado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para designar locais como favelas, invasões e comunidades com, no mínimo, 51 domicílios.

Esta informação oficial desmente as propagandas oficiais do governo federal e aquelas veiculadas pelos governos estaduais que amplificam projetos habitacionais que na verdade nunca chegam sequer próximos de atender aos que realmente necessitam.

Todo esforço e gasto das propagandas de FHC à Dilma não consegue esconder as favelas ou aqueles que vivem em condições sub-humanas, sem saneamento básico, escolas, saúde pública, energia elétrica e outros itens mínimos para que possamos imaginar algo digno para um ser humano.

Basta uma simples incursão nas médias e grandes cidades para que possamos constatar a terrível realidade do Brasil fora das novelas, longe das publicidade oficial, que mente, que engana e que ilude milhões de outros brasileiros que tem o dever de votar e mudar esta situação.

E eles não podem usar desculpas de crises, afinal, diz o próprio governo que vivemos numa economia sólida e sem riscos de turbulências apesar do caos na Europa e parte do mundo. Falta na verdade saber aplicar o dinheiro corretamente, falta gastar o que se arrecada em impostos de forma honesta e com a visão para o social.

Mas acima de tudo falta vergonha na cara, para cortar na carne dos governos em todas as suas instâncias a corrupção, o desperdício e principalmente os gastos públicos para a manutenção de uma máquina obsoleta de governo, este modelo ultrapassado de gestão pública que perdura no Brasil desde a proclamação da república.

Às vezes o dinheiro até existe em algumas pastas dos governos estaduais ou federal, porém, se perde na burocracia infernal e na inexistência de orçamentos participativos, onde a sociedade determina o que precisa e onde deve ser gasto. Ao invés disso o Brasil vive de emendas corruptas afiançadas por políticos inescrupulosos que habitam nosso país.

Estamos muito longe do ideal, aliás, longe do aceitável em termos de administração pública, seriedade política e aplicação correta dos recursos oriundos dos impostos da própria sociedade.

11 de dezembro de 2011

Uma denúncia por semana

“O erro acontece de vários modos,
enquanto ser correto é possível apenas de um modo”.
Aristóteles


É impressionante a regularidade da equipe de ministros montada por Dilma, Lula e sua base aliada não conseguirem passar uma semana sem que uma nova denúncia surja no noticiário. Incrível é que a cada nova semana um novo partido da base é levado ao julgamento popular. O que nos faz deduzir que não tem virgem na zona do meretrício que é a política nacional.

Os escândalos em geral tem a mesma temática, envolvendo favorecimento, propinas, enriquecimento e sonegação fiscal. Mudam somente as moscas varejeiras, mas o conteúdo é sempre o mesmo na padaria da política nacional.

Ninguém é preso, ninguém é forçado judicialmente a devolver aos cofres públicos o que desviou ou o prejuízo que causou ao erário no período em que esteve à frente de um cargo público. Um verdadeiro paraíso da impunidade oficial. Leis apenas para o povo e em questões menores.

A receita federal fica alheia ao barulho, preocupada apenas em cobrar dos trabalhadores e daqueles cujos descontos são imensos e injustos mensalmente em suas contas ou holerites.

O MP e a Justiça estão atrelados e de certa forma presas ao Poder Executivo, sendo assim, sua atuação é muito aquém do que o cidadão honesto apreciaria num país da grandeza do nosso.

Dilma deveria se fosse corajosa, independente exigir a demissão de todo sua equipe, desde os cargos secundários até o seu ministério e lançar mão de vaidades e acordos, para enfim fazer um acordo com a pátria que a elegeu, colocando ministros de carreira e promovendo concursos públicos para cargos de confiança.

Utopia? Sim, mas um dia alguém terá de fazê-lo neste país, ou perderemos por completo toda e qualquer noção básica de cidadania e ética. Sonho? Sim, mas alguém tem de compartilhar os sonhos e anseios da população brasileira que se aproxima de 200 milhões de pessoas.