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27 de novembro de 2011

Quantas crises econômicas serão necessárias?

“A história é uma galeria de quadros
em que há poucos originais e muitas cópias"
Tocqueville

O Brasil vem se vangloriando através de seus obtusos governantes crise após crise em países ou regiões do exterior de que nosso país está imune a estas tempestades econômicas que estão varrendo algumas economias consideradas anteriormente como sólidas e inabaláveis.

Foram três ou quatro momentos em que percebemos o medo e a angústia tomando conta de pessoas e governos enquanto nosso país implora para sediar Copa do Mundo, luta com todas as forças para ser sede de uma Olimpíada.

Enfim, qual a receita desta economia brasileira que apesar de superavitária não dispõe de recursos para eliminar desigualdades sociais seculares? Que não tem verbas para equacionar problemas na saúde pública e perfila sempre da posição 80º para baixo nos índices mundiais?

Nossa divida interna é astronômica, beira R$ 2 trilhões de reais e cresce diariamente em virtude das opções equivocadas de um governo que não abre mão de suas mordomias, viagens e contratações irregulares de pessoas e serviços ao longo do tempo.

O país desconhece uma ação que seja no sentido de diminuir gastos supérfluos que são abundantes dentro e fora do governo federal. Um governo que torra milhões com propagandas, desviam verbas que geram desperdícios brutais à economia do país.

Nenhum governante nos últimos 30 anos efetuou uma reforma administrativa que pudesse reduzir cargos de confiança, eliminar ministérios. Hoje temos quase 42 deles e alguns totalmente inócuos. Não se faz nem nunca se fez um plano para redução de gastos, não no orçamento da união depois de aprovado, mas sim na sua essência administrativa, cortando gorduras até a própria carne de um governo putrefato que já gastou demais em troca de quase nada para o povo brasileiro.

Um país subserviente a grupos e oligarquias não pode nem deveria se vangloriar de ter uma economia saudável, deveria sim, sentar no divã, fazer análise e depois recomeçar do zero. Pois com certeza após a farra da Copa em 2014 e da Olimpíada carioca em 2016 teremos muitas dores de cabeça e arrependimentos tardios em solo pátrio.

Espero que a economia do Brasil não seja o “efeito Orloff” da Grécia, nem da Itália ou qualquer outro país do mundo a partir de 2017.

22 de novembro de 2011

Precisamos privatizar os obscenos “Cargos de Confiança”

"Se quiser por à prova o caráter de um homem, dê-lhe poder."
Abraham Lincoln


Desde o fatídico governo Collor muitas empresas estatais foram privatizadas, a maioria acertadamente, outras tantas de forma equivocada, com preços de venda inferiores aos seus valores reais e com os recursos obtidos jamais aplicados no que seria a proposta inicial. Nas duas gestões FHC a privatização ocorreu com maior ênfase no país, notoriamente em SP, onde seu partido estava e continua no poder.

Com isto, milhares de cargos antes disputados pela classe política foram parar nas mãos da iniciativa privada, logo, deixaram de ser moeda de troca antes e depois das eleições.

O que fazer? Pensaram rapidamente os políticos brasileiros. Desestatizar? Não, seria muito à esquerda dos seus mais maléficos pensamentos, iria contrariar por demais suas ideologias de banheiro de rodoviária. Criar novas estatais? Não, seria um golpe muito duro e nem seus familiares iriam aprovar tal volta ao passado recente.

Então alguém lembrou que não era preciso nada disso para poder voltar a sorrir e manter seus correligionários, amigos derrotados nas eleições e os parentes próximos devidamente empregados. Mas como? Quem poderia salvar a lavoura dos corruptos? Como fazer isso sem chamar a atenção da sociedade, sem burlar as leis e as regras existentes? Como? Fácil, criando e ampliando ainda mais os chamados cargos de confiança (Assessorias, Diretorias, Chefias de Gabinetes e os indefectíveis cargos de conselheiros remunerados em grandes Estatais nas três esferas do poder público).

Então, sorrateiramente foram sendo ampliados tais cargos nos poderes legislativos, no poder executivo e no poder judiciário em menor escala. Imaginem a soma de cargos de confiança, aqueles que o político nomeia sem necessidade de concurso público, de capacidade técnica comprovada e onde os fichas sujas podem nadar de braçada, em todo território nacional.

Temos somente no Governo Federal segundo a Revista Veja 23.000 cargos. Essa quantia deve ser multiplicada por três se considerarmos os 27 Estados e cerca de 5.564 municípios. Podemos afirmar que a soma total deva chegar muito próxima a cem mil cargos.

Isso é uma obscenidade, sem contar que a maioria dos municípios esconde da sociedade quais são estes cargos e quem os ocupa. Não é a toa que quando um vereador elabora um Projeto de Ficha Limpa que inclua estes cargos, boa parte dos políticos da cidade fique de cabelo em pé.

Caso da cidade de Bauru, onde a vereadora Chiara Ranieri – DEM propôs Projeto de Lei da Ficha Limpa extensivo aos ditos cargos de confiança e está deixando muita gente preocupada. Haja sobrestamento (adiamento) de sessões e reuniões na sala do café no plenário. Seu projeto navega na Câmara desde Fevereiro/11.

A sociedade bauruense e brasileira em geral precisa acordar, precisa lutar contra esta porta aberta para a corrupção, troca de favores e falta absoluta de critérios técnicos que possibilitem o controle de quem e para que estejam sendo contratadas tantas pessoas. Privatizar é fácil, administrar com seriedade requer mesmo muita honestidade e probidade.

6 de novembro de 2011

O calvário de quem vai ver um show no Morumbi

Fui nesta sexta feira (04/11) para SP levar meu filho para ver um show da Banda americana Pearl Jam no Estádio para Shows e festas Morumbi. O show começava às 20h45min horas.

Ao chegar demos uma volta e percebemos que o CET proibiu que os motoristas estacionassem seus veículos ao redor do estádio. Placas, policiais e cavaletes amarelos impediam qualquer tentativa de estacionar no local.

Consegui então, dar a volta e parar o carro numa rua paralela ao estádio, próxima ao Hospital Albert Einstein. Antes havia verificado que os poucos estacionamento improvisados cobravam cerca de R$ 100 a R$ 150 reais para guardar nosso carro.

Ao parar na rua sossegada daquele bairro de classe alta paulistana, se aproximou um guardador de carros profissional, que me disse que o valor era de R$ 80,00. Então andei mais um pouco e avistei outra vaga permitida.

Logo chegou outro rapaz, eu então disse a ele:

_ Não vou ao show, apenas vou esperar meu filho mais velho chegar ao Estádio e entrar com meu caçula para verem o show. Em seguida vou embora e só retorno quando do término do espetáculo.

O rapaz muito educado, então me disse que cobraria apenas R$ 25,00 reais, se eu quisesse ele arrumaria uma vaga na mesma rua quando eu retornasse a noite para buscar meus filhos. Por mais uma caixinha de R$ 20,00.

Sem ter alternativa, acertei com o rapaz e fui levar meu filho para a porta do Estádio, onde meu filho mais velho nos encontraria.

Os cambistas agiam livremente apesar do contingente elevado de policiais no local. Parecia que aquela atividade de revender ingressos com 100 a 150% de ágio era legal, institucional e plenamente liberada. Estacionar não pode, não dá, mas atuar como cambista sim! Estranho!

Fui embora e retornei ao final do show, enquanto aguardava meus filhos saírem do estádio, conversei com um segurança e um guardador de carros. Estes me disseram que parte do lucro com o serviço de guarda de veículos é repassado a policiais corruptos que passam após o show e exigem sua parte dos guardadores.

Vejam que absurdo, o cidadão que sustenta a todos com impostos compra ingressos caros, não tem onde parar é acharcado por guardadores de carros, cambistas e toda espécie de figuras e ainda tem de ouvir que policiais pagos com seus impostos agem fora da lei impunemente.

Voltamos para casa sem não antes enfrentar trânsito caótico nos arredores do Morumbi. E ainda havia loucos querendo que aquele local abrigasse abertura de uma Copa do Mundo.

Detalhe: a Banda Pearl Jam fez sua parte com maestria, dando um show inesquecível para quem entrou no estádio para vê-los cantar seus hits de sucesso. Eles não tem nada a ver com policiais corruptos, preços exorbitantes sem controle e tudo mais que acontece fora dos palcos.

5 de novembro de 2011

A condenável invasão da reitoria da USP

Durante os anos difíceis da ditadura militar no Brasil por diversas vezes estudantes capitaneados pela UNE - União Nacional dos Estudantes condenaram e se revoltaram contra a invasão do campus da USP e de outras universidades no país.

O falecido coronel Erasmo Dias então Secretário da segurança pública em SP comandou invasão ao campus da PUC em SP num episódio deprimente. Talvez esteja neste aspecto um dos grandes erros da ditadura militar, que com sua truculência matou a renovação de futuras lideranças estudantis.

Hoje temos a falência da UNE que vive da esmola de verbas federais e jamais voltou a formar alguma liderança desde a década de oitenta. E nem sequer participa do debate sobre a educação e seus projetos em todo país.

Entretanto, em SP assistimos um episódio lamentável, onde a truculência, a intransigência e a defesa de interesses mesquinhos e ignóbeis ficam acima dos interesses da maioria dos estudantes da USP.

Depois de dois assassinatos de jovens estudantes a comunidade estudantil exigiu a presença da polícia militar para auxiliar na segurança do campus da USP junto ao governo paulista. Depois de muita discussão, foi firmado um convênio entre a Administração da USP e o Governo estadual para que fossem efetuadas rondas no campus pela PM.

Tudo corria tranquilamente até que alguns alunos foram flagrados consumindo drogas dentro do campus da universidade. A PM tentou prende-los e leva-los a uma delegacia para que fossem tomadas as medidas legais.

Entretanto, os alunos infratores conseguiram se esconder dentro das salas de aula e não puderam ser presos. Começava então um episódio que se arrasta há alguns dias onde alunos que defendem a liberação da maconha e não querem a polícia no campus contra a lei.

Eles invadiram como sempre a sede da Reitoria da USP, quebrando equipamentos, sujando tudo e mostrando a nossa sociedade que é preciso haver uma reavaliação de para quem estamos pagando com nossos impostos para estudarem na melhor Universidade da América do Sul.

Que tipo de alunos a USP está formando para amanhã ingressarem no mercado de trabalho? Que tipo de cidadão tem medo da polícia e coloca a maconha à frente dos seus interesses? Quem são estes alunos? Onde estão seus pais?

Qual a razão da USP não expulsar estes meliantes que por trás do discurso surrado da liberdade de ir e vir escondem o desejo latente de impunidade para o uso e o tráfico de drogas?

Quem são os traficantes que abastecem os alunos da melhor e maior universidade do pais?

Perguntas que precisam ser respondidas pelo Reitor, o Governador, os pais dos alunos, bem como todo conjunto da sociedade brasileira. Basta de maus exemplos, chega de impunidade.

O campus de uma universidade é sagrado desde que seja utilizado para finalidades acadêmicas e em prol do saber e da sociedade, quando ao contrário é franqueado a bandidos travestidos de estudantes precisa ser revisto e limpo.

1 de novembro de 2011

Desvio de verbas é o esporte preferido de nossos políticos.

Nos últimos quatro anos a obscena soma de R$ 5 bilhões foram destinados, ou melhor, foram alocados como valores à disposição do esporte pelo Ministério dos Esportes no país. Neste período nenhuma grande obra foi realizada, nenhum centro esportivo para abrigar Judô, Ginástica Rítmica, Natação ou Atletismo. Nada.

Muitos programas como sempre com nomes pomposos dando a entender que algo está sendo feito pelo esporte olímpico e o esporte amador (base). Na realidade as crianças continuam jogando futebol de sandálias de dedo surradas na terra.

Crianças com potencial para pratica de natação, judô, atletismo, e tantos outros esportes estão nas ruas, longe das quadras e do glamour daqueles quinhentos atletas de sempre que nos representam nas competições nacionais e internacionais ano após ano.

Essa mesmice ocorre por falta de planejamento, falta de dirigentes sérios e honestos, falta de um ministério que coordenasse com absoluta inteligência e seriedade um Projeto de Reconstrução do Esporte Nacional.

Onde possa investir esta montanha de dinheiro público para o esporte amador, fiscalizando quem o recebe e como aplicam estes preciosos recursos, não deixando que ONG’s falsas administradas por parentes, assessores e outros vermes corruptos desviem recursos e a finalidade do esporte nacional para suas contas bancárias.

O esporte é condutor de politicas sociais e auxilia diretamente na educação, porém, como podemos conceber que nossas autoridades além de não pensar, não agir anda roubam este precioso recurso da sociedade.

A impunidade e a ausência de forte fiscalização por parte do governo e da própria sociedade é fator motivador de toda esta bandalheira que nos cerca por tantos anos. Não adianta termos denúncias que depois no máximo levam a demissão dos envolvidos. É preciso prisão, devolução dos valores roubados e a exclusão destas pessoas do serviço público do país.

Tem ministro demitido que após sua demissão consegue emprego justamente nas empresas que ele mesmo ajudou durante seu tempo de governo. Ou seja, o corrupto perde a boquinha no governo, mas é socorrido pelo corruptor normalmente. Isso quando não cai pra cima, ocupando cargo em outra esfera do poder.

O desempenho pífio do país no Pan Americano de Guadalajara é fruto de políticas equivocadas, de opções incorretas e da falta de planejamento do Brasil no esporte amador.

Estamos anos luz atrasados em relação a Cuba, EUA, Canadá e muitos outros países, onde os recursos públicos são tratados com a devida seriedade por pessoas honestas e preparadas para exercer função pública.