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1 de dezembro de 2012

Felipão faz gol contra logo na apresentação

A irracionalidade de uma coisa
não é argumento contra a sua existência,
mas sim uma condição para ela.
Nietzche

A CBF é uma entidade privada, goza de imunidade quase que total, compra, vende, fecha contratos milionários, troca de técnicos e paga verdadeiras fortunas aos seus membros. Pouco ou nada faz pelo futebol brasileiro, onde os seus clubes, afiliados das suas federações estaduais morrem à mingua e não recebem nada para manter vivo o futebol chamado de Penta Campeão do mundo.

Claro que, os cinco títulos foram alcançados (1958, 62, 70, 94 e 2002) dentro de campo, por jogadores em sua maioria oriundos do interior do mesmo país onde os clubes morrem de fome, enquanto a CBF milionária brinca de torrar dinheiro.

Na sua mais recente loucura a CBF mandou embora o técnico Mano Menezes e sua comissão técnica. O que poderia ser uma troca normal da administração em virtude ou não da campanha e dos indíces de aproveitamento do técnico na verdade é uma sórdida mudança política para beneficiar aliados numa futura eleição da CBF em 2014.

Isto posto, assume o Senhor Luiz Felipe Scolari ao lado do Senhor Carlos Alberto Parreira, técnico e coordenador da Seleção Brasileira de José Maria Marin (Ladrão de Medalhas e ex-político da extinta e deplorável Arena na ditadura).

Estes dois homens e mais a nova comissão técnica que será formada vão receber dos cofres da CBF algo muito acima de R$ 1.5 mi mensalmente para trabalharem alguns dias por semana até que as competições cheguem (Copa das Confederações e Copa do Mundo). Até lá irão viajar muito e rever muitos países continentes afora da América do Sul.

Mesmo assim, Luiz Felipe em sua apresentação ao ser indagado sob a pressão que alguns jogadores poderiam sentir ao terem de jogar uma Copa do Mundo em seu país, ele responde o seguinte: “Se não quiserem pressão vão trabalhar no Banco do Brasil, ficar sentado num escritório sem fazer nada”.

Para mim a frase foi ofensiva a uma categoria inteira e não me cabe julgar se eles trabalham mais ou menos do que os demais sofridos bancários neste país. Porém pergunto:

Por que Felipão não teve coragem suficiente para dizer que quem não sente pressão são os senadores que recebem 14º e 15º salários além de fortuna mensal para trabalharem de terça-feira à quinta-feira apenas? Com sessenta dias de férias por ano.

Por que não teve coragem de dizer a verdade, como por exemplo, quem não quer pressão que seja dirigente de Federação ou da própria CBF, viajando pelo mundo e comendo de graça à custa de recursos que não são deles ou de suas empresas?

Ao invés disso o ultrapassado treinador que levou o Palmeiras de volta à segunda divisão em 2012, preferiu ser grosseiro, achando graça como todos os jornalistas presentes na coletiva ao espinafrar bancários, que pagam imposto de renda, que se sujeitam a horário rígido e que ainda por cima conquistaram benefícios ao longo de anos de muita luta sindical.

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