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19 de fevereiro de 2013

Fabricantes de camisas de futebol deveriam levar cartão vermelho

“Quando o dinheiro fala, a verdade cala"
Provérbio Chinês

O salário mínimo vigente no país neste momento é de R$ 615,00 (Seiscentos e quinze reais) e a maioria dos brasileiros não recebem um centavo a mais do que este valor. Sendo que boa parte dos trabalhadores do Centro-Oeste, Norte e Nordeste sequer recebem um salário mínimo.

Enquanto isso os fabricantes e comerciantes de camisas de futebol praticam um preço extorsivo, abusivo e sem sentido na comercialização dos seus produtos. A maioria das camisas de clubes chega a custar entre 27 e 34% do valor do salário mínimo.

Veja alguns preços praticados numa das maiores redes de venda de artigos de futebol do país:
Clube              Fornecedor          Preço       R$ Custo x Salário Mínimo (%)
Flamengo         Olympykus           169,00                    27,50%
Grêmio            Topper                189,00                    30,73%
Fluminense       Adidas                 199,00                    32,36%
São Paulo         Penalty                199,90                    32,50%
Corinthians       Nike                    209,90                    34,13%

Percebemos que o valor independe do fornecedor, cidade ou outro motivo, são simplesmente um acinte os preços praticados sem que nenhuma autoridade investigue o porquê de tanta ganância e disparidade entre os preços dos produtos e o seu real valor.

O futebol está elitizado, deixou de ser um esporte do povo, os ingressos nos estádios custam entre R$ 50,00 e R$ 150,00 (24% do salário mínimo) sem direito a conforto, acesso, banheiros decentes, alimentação e às vezes até água potável.

Para ver em casa os jogos somente na TV aberta, pois no Pay Per View o custo é altíssimo do pacote que inclui Estadual + Brasileirão. Poucos podem se dar ao luxo de comprarem a assinatura.

E depois os otimistas esperam que o brasileiro comum veja algum jogo da Copa do Mundo no Brasil? Como? Imagina o custo dos ingressos e a ação livre dos cambistas que elevaram ainda mais os preços dos mesmos. Restará ver pela TV aturando Galvão Bueno e seu ufanismo barato.

Além deste fator monetário, ainda tem outro problema na hora da compra de material esportivo no Brasil, ao contrário dos EUA e da Europa.

Aqui as numerações das camisas são errôneas, o tamanho “M” mais parece um “P”. O “G” quase sempre é o maior tamanho disponível, também o mais difícil de encontrar nos estoques das lojas. Acima disso, dane-se o consumidor, quem está acima do peso que mude de esporte ou não se aventure a comprar camisas de seu clube ou seleção.

Nossa indústria nunca teve preocupação com numeração, cada qual faz do seu jeito e faz mal feito em geral. Eles têm uma única preocupação e esta eles cumprem à risca – Cobrar muito caro pelo produto que é a paixão de boa parte dos brasileiros.

Depois reclamam da pirataria... Pergunte ao povão nas calçadas das grandes cidades o que eles sabem a respeito deste assunto?

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