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27 de setembro de 2013

Estradas - Incompetência e omissão do Governo Federal de Sarney à Temer!

Coincidências são as fontes de algumas
de nossas maiores irracionalidades.
Um cientista cognitivo do MIT

Estimativas apontam que no Brasil circulam em estradas estaduais e rodovias federais aproximadamente 18 milhões de veículos, sendo que deste total 60% utilizam para o transporte de cargas, ficando o retante divididos entre automóveis e ônibus de passageiros.

Segundo o DNIT (Departamento Nacional de Infra Estrutura de Transportes), ligado ao Ministério dos Transportes o país possui cerca de 1,7 milhões de quilômetros de estradas, porém, somente 13% são pavimentadas, equivalente a 221.000 quilômetros.

Considerando esse número, 57.211 quilômetros são de estradas federais; 94.753 de estaduais; e 20.914 de municipais. A maioria das estradas pavimentadas possui mais de dez anos sem reformas.

Em diferentes regiões do Brasil, as condições de conservação, pavimentação e sinalização das rodovias é irregular ou deficiente. Alguns trechos apresentaram melhoras, referente a 5,5 mil quilômetros privatizados.

Entre os anos 2011 e 2012, o Ministério dos Transportes e o DNIT estiveram sob o alvo de suspeitas de corrupção, gerando demissões e deixando os nossos motoristas e pedestres utilizando estradas em péssimas condições.

As más condições de nossas rodovias compromete a expansão econômica do Brasil, tornando mais caro e mais inseguro o transporte de mercadorias para o consumo interno e externo, diminuindo a capacidade concorrencial do Brasil e a qualidade de seus serviços logísticos. A safra agrícola sofre em demasia com a perda de grãos, demora na chegada aos portos e acidentes.

O setor privado indica que, além da ausência de pavimentação, a falta de manutenção tem sido outro preocupante problema. Segundo estudos do instituto Ilos, seriam necessário 64,7 bilhões de reais para projetos de recuperação e de 747 bilhões para a pavimentação de estradas já existentes.

Na história do Brasil, a primeira estrada foi pavimentada em 1950, a Rodovia Presidente Dutra. Em outros países, a pavimentação foi iniciada ainda no século XIX. As principais reclamações dos motoristas são os buracos (que prejudicam pneus e peças dos veículos), ausência ou falha nas sinalizações, ausência de fiscalização, segurança e orientação.

Dentro do governo federal, o Ministério dos Transportes se justifica pelos crescentes investimentos realizados no sistema rodoviário, as verbas têm aumentado anualmente. Em 2010, o governo investiu R$ 11 bilhões no setor. Até junho de 2012, foram aplicados R$ 4,4 bilhões, e a previsão é que mais R$ 13 bilhões sejam gastos.

Mas na verdade a burocracia aliada à incompetência estatal federal e estadual consome bilhões por quilômetros sem contar a corrupção nas licitações quando estas vencem a barreira da inércia governamental. Muitas vezes o dinheiro aplicado se perde em serviços não realizados por empreiteiras piores que os contratantes. A fiscalização do governo simplesmente inexiste.

Não há seriedade, nem visão, muito menos preocupação para com a safra agrícola, transporte de passageiros e demais tipos de cargas que se mantém graças à cobrança de fretes milionários.

Nem Sarney, nem Fernando Collor, nem FHC, Lula, nem Dilma e muito menos Temer conseguiram investir na recuperação, duplicação e manutenção do nosso sistema rodoviário. Leilões não conseguem chegar a bom termo, licitações são canceladas antes de chegar ao final do processo.

Somados temos mais de 35 anos perdidos que poderiam ter transformados o Brasil num gigante da logística. Unindo nossa gente, facilitando o desenvolvimento de polos regionais, aumentando receitas dos produtores agrícolas, contribuindo para o desperdício de tempo e recursos privados e públicos. Mas ao contrário, temos uma situação caótica, por conta destes governantes medíocres, incompetentes e venais.


Fontes:

24 de setembro de 2013

Um prefeito brasileiro na ONU!

A vaidade é o caminho mais curto para
o paraíso da satisfação, porém ela é,
ao mesmo tempo, o solo onde a
burrice melhor se desenvolve.
Augusto Cury

Fico curioso e ao mesmo tempo apreensivo para saber e entender o porquê das viagens de autoridades brasileiras a ONU – Organização das Nações Unidas. No último mês de setembro o prefeito da cidade de Bauru esteve naquele órgão para participar de um evento. A escolha talvez seja porque ele é vice-presidente da associação de prefeitos do país, não por ter realizado em seis anos de gestão algo significativo para ser levado a ONU.

O prefeito representou todos os prefeitos do país na assembleia do Global Compact Leaders Summit 2013 – Arquitetos de um mundo melhor. Por que não levar arquitetos renomados, engajados para discutir assuntos relacionados à sustentabilidade? Prefeitos? Sim, concordo, no resto do mundo eles são importantes, deve ser por isso, talvez, mas no Brasil, apenas representam alto custo e retorno quase zero.

Fico pensando sobre as experiências que nosso prefeito levou ao encontro de governantes de outros países. Penso muito e não encontro nenhuma que me possa encher de orgulho caso ele tenha explanado a plateia presente.

Ao contrário sei o que ele vai omitir dos presentes. Como por exemplo:

1. Viaduto inacabado com custo progressivo;
2. Mais de seis mil casos de Dengue;
3. Leishmaniose;
4. Obras paradas para construção da Estação de Tratamento de Esgoto, mesmo com recursos disponíveis;
5. Transporte público caro e ineficiente;
6. Saúde pública que já matou cerca de seiscentas pessoas em cinco anos;
7. Descumprimento de promessas de campanhas como por exemplo à construção de uma ou mais pistas de skate para jovens da cidade;
8. Reforma de avenidas de grande fluxo de trânsito como Rodrigues Alves por exemplo;
9. Definição de um Plano de criação de alternativas viárias para atender o forte crescimento da expansão imobiliária;
10. Ausência de Planejamento para atender o crescimento urbano, como, por exemplo, a questão da destinação do lixo orgânico e reciclável.

São apenas dez questões para não alongar demais, pois os prefeitos brasileiros e o bauruense não fogem à regra, centralizam poder, dividem cargos e comissões com pessoas de partidos e não tecnicamente qualificadas como deveria ser em qualquer gestão pública. 

Que prefeito brasileiro poderia falar sobre os seguintes temas sem receio de estar mentindo: a) Mobilidade Urbana? b) Licitações de grandes obras realizadas sem resquício algum de improbidade ou quaisquer suspeitas em seu processo? c) Saúde e Educação de Qualidade? d) Planejamento Viário? e) Saneamento Básico e Tratamento de água e esgoto? f) Gestão moderna, transparente e eficaz?

Eles não pensam a cidade, não discutem com a sociedade aquilo que tanto interessa a elas como a criação de novos empreendimentos imobiliários, plano diretor, projetos de novas obras e enfim o planejamento do que é essencial ao cidadão. Sendo assim, a viagem a ONU será com certeza a passeio, nada mais.

Exceto se nosso prefeito tiver humildade para aprender com experiências bem sucedidas de outros prefeitos ao redor do mundo, onde a honestidade e o trabalho pelo bem comum são regras e não exceção como no Brasil.

Comunicação - Das conversas às Redes Sociais!

Mais do que máquinas precisamos de humanidade. 
Mais do que inteligência precisamos de afeição e doçura.
Sem essas virtudes a vida será de violência e tudo estará perdido.
Charles Chaplin


O primeiro serviço organizado de difusão de documentos escritos que se tem notícia remonta há 2400 anos antes de Cristo, tendo surgido no Antigo Egito, quando os faraós usavam mensageiros para a difusão de decretos em todo o território do Estado.


Os Correios tiveram sua origem no Brasil a 25 de janeiro de 1663. Em 1931 o decreto 20.859, de 26 de dezembro de 1931 funde a Diretoria Geral dos Correios com a Repartição Geral dos Telégrafos e cria o Departamento dos Correios e Telégrafos.


A ECT foi criada a 20 de março de 1969, como empresa pública vinculada ao Ministério das Comunicações mediante a transformação da Autarquia Federal que era, então, Departamento de Correios e Telégrafos (DCT).


Esta introdução procura situar no tempo e no espaço o período que vivemos nos comunicando através do contato pessoal, das boas e velhas conversas nas residências e muitas vezes nas varandas e nas calçadas, houve um tempo em que isso não representava perigo algum para o cidadão no Brasil.


Quando as pessoas estavam distantes usavam a caneta, o papel de carta ou de pão como diziam antigamente e escrevia-se tudo que vinha ao coração. Aplacava-se a saudade, falava-se de amor, contavam histórias, escreviam até receitas de bolos. Bons tempos, mas o tempo passava devagar naquela época da nossa tenra infância, assim ao menos imaginávamos inocentes.


Surgia então o telefone na vida de alguns brasileiros, poucos, é verdade, raros os vizinhos que o possuíam, mesmo assim, ainda mais raros eram os interlocutores, foi um processo lento e custoso até chegarmos ao estágio em que a maior parte possuía uma linha e um aparelho em suas casas.


Com certeza muitas pessoas passaram por este período sem ter possuído uma linha telefônica em casa, porém não será de estranhar que tenham hoje em dia dois aparelhos celulares a disposição. Coisas da modernidade, coisas do Brasil enfim, gigante eternamente adormecido, que raramente se impõe com a grandeza que dele se espera.


Aos poucos as cartas, cartões postais, cartões de Natal foram sendo deixados de lado, poucos usavam este meio para se comunicar. O telefone também foi deixando de ser o grande elo entre pessoas, famílias e começou a era da informática.


Primeiro de forma tímida e com alcance limitado devido ao preço e ao efeito do desconhecimento, inclusive de seu alcance futuro. Mas a revolução foi rápida nas vidas das pessoas, grande porte, mainframe, microcomputador, PC, e surge então a internet.


Com ela a possibilidade de substituir paulatinamente o telefone, enterrando momentaneamente o uso dos correios. Com a internet, surgem os e-mails, forma rápida e certeira de comunicação no Sec. XX e XXI. Quando pensávamos que aquilo seria duradouro, chegam às redes sociais, uma avalanche de informações e com o tempo os e-mail começam a ficar escondidos e raros.


Hoje percebo que muitos já começam a enjoar da utilização do Twitter, sendo que, muitos nem o utilizaram em tempo algum, preferindo o Facebook, Instagram ou ainda o Foursquare. Como será em 2020? 2030? Que novos meios serão inventados? Ou será que a sociedade moderna voltará a usar os meios antigos? Será que teremos mais avanços e menos pessoalidade e contatos?
Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger e Gestor Público.

14 de setembro de 2013

Por que o carro elétrico está sem energia?

“Há duas coisas infinitas:
o Universo e a tolice dos homens.”
Albert Einstein


Desde o começo do século XX assistimos a evolução contínua da indústria automobilística em todo mundo. As indústrias de ponta se concentram no EUA, Europa e Ásia e destes locais surgem às novidades tecnológicas que encantam boa parte dos compradores espalhados pelo planeta.

No decorrer de minha vida, passei por duas ou três crises mundiais do petróleo. Barris alcançando preços exorbitantes, guerras pelo liquido precioso e cartéis desafiando o mundo industrializado.

Também vi alguns países como o Brasil e os EUA usarem o etanol e o metanol como combustíveis para parte de suas frotas veiculares. O Brasil utiliza o etanol em grande escala como combustível principal e também adicionado na proporção e 25% na composição da gasolina.

Nesses anos sempre vi de vez em quando notícias que logo desapareceram do ar como fumaça – Carro movido á água na França ou Carro elétrico testado na Europa. Mas assim como surgiam estas noticias sumiam das revistas, jornais ou até da internet.

Todos já sentiram os efeitos nocivos da poluição com a contaminação do ar que respiramos no planeta. Em especial nos grandes centros urbanos, onde o efeito é mais intenso e perigoso. Cidade do México, Santiago do Chile, São Paulo, Tóquio, Pequim, possuem sistemas de alerta emitidos quando o nível de poluição sobe acima do nivel normal.

Para resolver esta situação, que ameaça tornar-se uma calamidade mundial, já existiu uma solução... Em 1996, os primeiros carros elétricos de produção em série, os EV1 (Electric Vehicle 1), foram fabricados nos EUA pela General Motors, e circularam pelas ruas da Califórnia.

Eram carros rápidos: iam de 0 a 100 km/h, em menos de 9 segundos! E muito silenciosos. Não produziam nenhum tipo de poluição (nem sequer tinham escapamento). Eram facilmente recarregáveis com energia elétrica na garagem de casa.

Dez anos mais tarde estes carros do futuro desapareceram. Como isso foi possível?

è Em primeiro lugar, esses carros não podiam ser comprados, somente alugados.
è Os contratos de aluguel não foram, pura e simplesmente, renovados.
è A General Motors recuperou todos os EV1, apesar da oposição de seus usuários. A General Motors recuperou todos os EV1, e logo foram... DESTRUÍDOS…

Em 1997, a montadora japonesa Nissan apresentou seu modelo elétrico Hypermini no salão de Tóquio. A prefeitura da cidade de Pasadena (Califórnia) EUA) adaptou este carro como veículo profissional para seus empregados. Eram muito apreciados por sua facilidade de manobra e estacionamento como também pela eficiência para mover-se dentro da cidade.

Em agosto de 2006, expirou o contrato de aluguel dos carros entre a Prefeitura de Pasadena e a Nissan. O município tentou comprar os carros, porém a Nissan se negou. A Nissan recuperou todos os carros para então DESTRUÍ-LOS!

Em 2003, a Toyota decidiu interromper a produção do RAV4-EV. (EV=Veículo Elétrico). Este 4x4 elétrico, um produto de alto refinamento tecnológico, era muito apreciado por seus usuários desde 1997. O custo da carga era de $0.09 por quilowatt/hora, quer dizer, a carga completa do veículo custava $2.70. Em 2005, os contratos de aluguel dos veículos expiraram. A Toyota, imediatamente, apressou-se em recuperar todos estes automóveis a fim de... DESTRUÍ-LOS!

Porém, então, alguns cidadãos americanos começaram a organizar-se. A associação “Don’t Crush” foi criada para tentar salvar os RAV4 EV. Esta associação exerceu pressão sobre a Toyota durante 3 meses. Finalmente VITÓRIA! A Toyota recuou e autorizou aqueles que haviam alugado os carros, a comprá-los.

Todavia, a linha foi tirada de produção e a bateria NiMH EV-95 nunca mais voltou a ser produzida. Por quê? Em 2005 a fusão comercial Chevron-Texaco comprou as patentes da bateria por US$ 30 milhões e desmontou a fábrica. Curiosamente, enquanto os veículos elétricos são destruídos em massa, os de combustão são muito bem protegidos.

Em Junho de 2001, Jeffrey Luers de 23 anos, ativista americano pela defesa das florestas, teve uma triste experiência. Ele foi condenado a 22 anos e 8 meses de prisão por haver queimado 3 Hummer’s (carros americanos, iguais aos do exército que consomem muito combustível). Ele quis expressar, através deste gesto, a ameaça que representam estes monstros ultra contaminadores e consumidores para nosso planeta.

Os “lobbies” das grandes companhias petrolíferas não querem que os veículos elétricos sobrevivam e assim, vão fazendo guerras no Oriente Médio por causa do petróleo e matando pessoas em todo o mundo... Com a poluição dos combustíveis!

Porém, não existe somente a tecnologia do carro elétrico - A BMW tem um automóvel comercial à base de hidrogênio, há MAIS DE 10 ANOS! O ex-Governador da Califórnia, o famoso ator Arnold Schwarzenegger conduz um Hummer movido a hidrogênio!

No ano anterior foi apresentado ao público o Genepax, o primeiro e único carro que funciona com vapor de água. Sim, ouviu bem, este carro funciona unicamente com água! E isso não é tudo: a água que utiliza nem sequer deve ser filtrada de alguma forma e é capaz de correr uma hora a 80km/h com um litro de água.

Então… Como é possível que estes carros não estejam sendo promovidos em nível mundial? Estes autos deveriam estar substituindo os de combustão interna há muitos anos… O carro a hidrogênio tem como resíduo da combustão o vapor de água. Isto significa que é totalmente livre de contaminação! E utiliza como matéria prima para o combustível o AR , uma fonte gratuita. 
Imaginem vocês quanto valeria o barril de petróleo se ele não fosse usado para mover automóveis e caminhões? A demanda menor faria os preços baixarem muito… Vocês souberam que uma comissão do Congresso dos EUA concluiu que o preço do petróleo estaria a menos de $65 por barril (menos da metade do preço atual) se não fossem os especuladores? Entre os especuladores estão os grandes fundos de investimentos dos EUA e da Europa.

Sabem a quem não interessa que baixe o preço do petróleo? Às gigantescas corporações petrolíferas que controlam grande número de políticos dos EUA e Europa mediante o poder do dinheiro que possuem… Aos grandes capitais familiares que controlam muitas indústrias gigantescas, muitas delas dependentes do petróleo, tais como as famílias Bush – ex- presidente de EUA-, Rockefeller, Rothschild, a família real inglesa, etc. Você sabe que os bio-combustíveis ajudam a perpetuar o uso do petróleo?

Os óleos se misturam com o petróleo para “baixar o consumo do mesmo”… Porém, com isso, o petróleo continua sendo o principal provedor de combustível para os automóveis e caminhões… Inteligentes estes tipos, não é verdade?

Além disso, o uso de grãos e óleos como bio-combustível tem ocasionado a escalada de preços dos grãos básicos com impacto de nível mundial… já que os grandes capitais os compram nas bolsas de valores em “compras futuras de commodities…”

Ademais, o uso de grãos e óleos para bio-combustíveis implica em que se sigam desmatando florestas para produzir mais e mais matérias primas necessárias para se misturar ao petróleo.

4 de setembro de 2013

Cargos públicos sem passar por concurso!

O mal une os homens.
Aristóteles


Somente na Secretaria da Fazenda de São Paulo, cerca de 650 empregados que ocupam os 1.500 cargos comissionados não prestaram concurso para ingressar na carreira pública como rege a lei. O Ministério Público abriu um inquérito para apurar o caso e tomar as medidas necessárias.

Ao contrário do que dizem os nossos políticos, os cargos comissionados não estão de acordo com o art. 37 da nossa Constituição Federal e também da decisão do Supremo Tribunal Federal, que diz que só poderiam ocupar cargos comissionados as funções de Diretor, Chefe ou Assessor. As demais funções ditas técnicas precisam ser assumidas por servidores públicos concursados.

Em São Paulo nas empresas como Metrô, CPTM, Seade, Cetesb e Emplasa possuem cargos comissionados nas funções de assistentes técnicos ou administrativos contrariando a Constituição e a lei.

O Departamento de Controle e Avaliação da Secretaria da Fazenda tem aproximadamente 60% dos seus servidores em funções comissionadas de fiscalização. Sendo que o STF já considerou, por meio de uma ação direta de inconstitucionalidade, irregular a função de auditoria em governos por servidores em cargos de comissão.

Além do mais, muitos dos empregados comissionados possuem parentesco com outros servidores. Inclusive na área de Controle e Avaliação do órgão, trabalham dois casais. Numa das situações a mulher é diretora técnica e o maridão assistente dela. O nepotismo é condenado pela constituição federal e pelo STF em decisão de 2008.

Este é um dos motivos que fazem com que Prefeitos, Governadores, Presidentes de Autarquias e do Poder Legislativo tenham verdadeiro pavor em colocar em prática a Lei do Acesso à Informação N.º 12.527/11. Pois ao agir com transparência facilitará o acesso ao cidadão comum sobre os cargos comissionados de forma irregular, o nepotismo e os funcionários fantasmas.

Infelizmente se não houver pressão popular ou da assembleia legislativa de São Paulo, o que seria muito difícil, pois a maioria daquela casa é governista e não afeta a investigar o “Chefe” o inquérito aberto pelo MP será arquivado como tantos outros em São Paulo.

Talvez o governador Geraldo Alckmin desconheça o que está acontecendo na sua Secretaria da Fazenda, para resolver irá montar uma Comissão de Investigação. Se a moda pegar, teremos no governo do PSDB de SP recorde de comissões de investigações.

Queimar palha da cana de açúcar é crime!

Somente após a última árvore cortada, após o último rio ser envenenado,
o último peixe ser pescado. Somente então o homem descobrirá
que dinheiro não pode ser comido. Provérbio Indígena



Em 1998 o Estado de São Paulo já governado pelo PSDB, iniciava um debate entre o Ministério Público, o Governo Estadual, o Setor Sucroalcoleiro, o Poder Legislativo, Professores Universitários, Ambientalistas e os jornalistas sobre a necessidade da erradicação da prática agrícola de utilizar o fogo como instrumento de despalha da cana-de açúcar.

Quatro anos depois em 2002 o governo de São Paulo com apoio de sua bancada governista fez aprovar uma lei estadual criminosa que embora inconstitucional, permitia a continuidade da queima da palha de cana. O interesse dos usineiros estava flagrantemente acima dos interesses da sociedade e em particular do meio ambiente.

O Poder Judiciário paulista através de seus Desembargadores ao invés de ficar ao lado do povo, como sempre pendeu, ou melhor, vergou-se para o lado dos usineiros. Pelos dez anos seguintes o TJ-SP julgou sempre contrarias as ações civis públicas impetradas por promotores públicos no interior do Estado.


Agora em 2013, finalmente o Supremo Tribunal Federal julga ser inconstitucional a Lei que permitiu a queima da palha da cana de Açúcar no Estado de SP. O STF julgou improcedente a ação civil pública ajuizada pelo MPF de Piracicaba e determinou o cancelamento de todas as autorizações e licenças de queima controlada da palha da cana de açúcar nas plantações daquele município.

A sentença também condenou a Cetesb – Companhia de Saneamento Ambiental e o Estado de São Paulo que se abstenham de conceder novas licenças para a prática da queima sem a prévia elaboração de Estudo de Impacto Ambiental e de Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA).De acordo com ambientalistas o lançamento de partículas e gases decorrentes da queima da palha da cana alcançam quilômetros de distância, levando fuligem para as residências, ruas e lugares públicos, acarretando inúmeros efeitos negativos e nocivos à saúde da população.

Lembro-me bem que desde 1990 alguns deputados estaduais percorriam em épocas de eleições as cidades em busca de votos, conseguiam sempre o apoio dos Usineiros e empresários do setor sucroalcoleiro com extrema facilidade. Eles apareciam na mídia local sempre posando de bons moços, como homens de visão. Por trás daquela mentira estava sendo financiado para ganhar as eleições e manter leis que favoreciam os empresários daquela região.

Triste saber que o PSDB, um partido que se diz ético, ter concordado com está prática durante vinte anos em que está no poder em SP. Desde Mário Covas, passando por Alckmin e Serra, jamais lutaram para favorecer o meio ambiente e o povo nesta luta jurídica que esperamos tenha daqui pra frente outro horizonte.