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25 de maio de 2014

A Copa das Copas?

“A ignorância é a maior
enfermidade do género humano.” 
Marco Túlio Cícero

          A presidente Dilma e todo seu staff fala aos quatro cantos que a Copa do Mundo de futebol a ser realizada no país entre 12 de junho e 13 de julho será a “Copa das Copas”. Fica a dúvida se ela efetivamente acredita nisso ou se apenas tem fé e torce muito para que seja mesmo um grande evento.
O motivo é que o governo dela e de seu antecessor do mesmo partido não fizeram nada que justificasse esse otimismo barato que ela tenta nos passar, afinal de contas estamos vendo, ouvindo e lendo tudo sobre os entornos dos estádios e sabemos de antemão que em sete anos nada do que precisaria ser feito foi finalizado.
Os doze estádios foram reformados ou construídos sempre com preços acima do mercado, ou superfaturados como queiram os analistas. Os aeroportos continuam dando aos que aqui desembarcam a imagem péssima de uma republiqueta que contrasta com o tamanho e a dimensão do nosso Brasil.
Não nos preparamos para receber turistas, ou não sabemos o que é turista. Talvez os organizadores estejam pensando que vão receber apenas torcedores de futebol nos moldes de nossos torcedores de torcidas organizadas. Ao contrário, o mundo estará com olhos atentos ao Brasil.
Seria a oportunidade de ouro para mostrar maturidade, inteligência, desenvolvimento e principalmente Educação e civilidade. Difícil acreditar que nossos taxistas à beira dos aeroportos vão deixar uma imagem que não seja a do golpe, do levar vantagem nas corridas e no taxímetro, sem falar um idioma sequer e mal saber falar a sua própria língua pátria.
Em recepções de hotéis muitas vezes não temos funcionários treinados para atender a demanda dos turistas estrangeiros. Tropeçam novamente no idioma e na importância do saber receber bem aos turistas não importa de onde tenham chegado.
Nas ruas brasileiras muita pichação, sujeira nas calçadas e sarjetas imundas, sem contar com a paisagem das favelas onde milhões são obrigados a viver por falta de projetos de habitação popular decentes.
O turista será explorado pelos nossos comerciantes oportunistas que vão querer ganhar em trinta dias o que não faturam em dois anos de portas abertas. Salvador, Rio de Janeiro e outras sedes localizadas em pontos conhecidos de turismo estrangeiro vão receber milhares de pessoas e vão fazer o que sempre fazem quando percebem o sotaque ou idioma diferente. Vão cobrar o olho da cara por seus produtos. Não pensam em cativar os turistas, mas sim roubá-los.
Dilma não anda pelas ruas há muito tempo e deve estar pensando apenas na Copa dentro dos campos de futebol, esta sim talvez seja atraente e interessante aos olhos dos apaixonados pelo futebol. Mas fora deles, sujeira, impunidade, ausência de obras importantes, falta de mobilidade urbana, habitação, saneamento básico além de Educação e Saúde.
          Assim como sua gestão não será reconhecida como o “Governo dos Governos”, esta Copa ficará marcada pela vergonha que os brasileiros de bem vão sentir em relação aos demais povos do mundo. Veja o link abaixo e perceba o que o mundo lá fora viu e os nossos governantes fecharam os olhos, pois afinal o dinheiro é nosso e não deles (Governo).

http://www.ahnegao.com.br/2014/06/jornalista-explica-para-americanos-o-que-a-fifa-esta-fazendo-com-o-brasil.html

17 de maio de 2014

Congresso Nacional também seu volume morto!

“Numa nação corrompida,
muitas são as leis que se fazem”.
Tácito
A expressão volume morto vem sendo muito utilizada em São Paulo desde que o governo estadual percebeu que nada tinha sido realizado para evitar o desabastecimento de água em parte da cidade através de seu reservatório do sistema Cantareira.

Volume morto na linguagem técnica significa a reserva técnica disponível no reservatório do Sistema Cantareira, que nesta data em que escrevo o texto está com 9,4% de sua capacidade total.

Pois o nosso Congresso Nacional formado pela Câmara dos Deputados e o Senado Federal no DF descobriu recentemente que também possuí enorme concentração de volume morto. Uma parte está nas leis, processos, projetos populares, alterações e reformas a serem feitas e que mofam no limbo do volume morto há décadas.

Outra parte do volume morto do Congresso está na camada de políticos descompromissados com os interesses da Nação, focados apenas em interesses de seus partidos, próprios e também de grupos ao quais representam naquelas casas de leis do nosso país.

Desde há muito tempo não sabemos de nada que seja significativo para o povo brasileiro e que tenha sido ao menos discutido pelos congressistas. Apatia e omissão enquanto a saúde, educação e segurança precisam de investimentos, reformas e atenção por parte de quem deveria fiscalizar o poder executivo, mas não o fazem. E não o fazem por três motivos a saber:
1. Pertencem a situação ou base governista como queiram;
2. Pertencem a inútil e omissa oposição que só pensa em voltar ao poder;
3. Por falta de competência, coragem para substituir a safadeza e vagabundagem que incorporam quando são eleitos com o voto do povo.

Esses mais de 580 políticos eleitos em 27 Estados com custo anual superior a R$ 80 bilhões fazem parte da mais cara casta de políticos inúteis do planeta. Em lugar algum do nosso mundo teremos um custo tão alto para manter quem não faz nada e apenas consome nosso tempo e recursos tão importantes. Muitas vezes com corrupção, troca de favores e cargos no poder executivo igualmente podre.

Precisamos acreditar na democracia, mas ela não se faz apenas de eleições a cada quatro anos. É preciso votar com consciência, acompanhar de perto pela imprensa, pelos sites especializados e pelas ONG’s de Transparência e Combate à Corrupção os candidatos eleitos, independentemente de você ter ou não votado neles.

Precisamos mexer com esse volume morto de deputados estaduais, federais e senadores. Eles não podem continuar livremente a nos custar o olho da cara sem nos dar nada em troca. Vamos incomodá-los, nas redes sociais, na internet, enviando mensagens, cobrando-os, enviando cartas e buscando divulgar coisas boas e ruins que eles estejam fazendo. Se a sociedade não fizer nada, o volume morto de congressistas vai continuar rindo à toa, livres de compromissos e de responsabilidades para seus representados.

10 de maio de 2014

Volume morto

“Conscientizar-se da própria ignorância
é um grande passo para aprender" 
Disraeli 

A expressão volume morto vem sendo muito utilizada em São Paulo desde que o governo estadual percebeu que nada tinha sido realizado para evitar o desabastecimento de água em parte da cidade através de seu reservatório do sistema Cantareira.

Volume morto na linguagem técnica significa a reserva técnica disponível no reservatório do Sistema Cantareira, que nesta data em que escrevo o texto está com 9,4% de sua capacidade total.

Na verdade em São Paulo, bem como, nos demais Estados e Municípios o chamado “Volume morto” pode ser definido como o governantes eleitos para administrar, planejar e executar todas as ações relativas a gestão de seus cargos à frente dos Estados ou Municípios.

E por que eles (governantes) são um volume morto? Porque nada fazem exceto administrar de forma porca e chula sem que seja feito qualquer ação de planejamento para prover a população por eles representadas de um mínimo de retorno do que se chama administração pública. 

Em São Paulo o partido que governa o Estado (PSDB) e está há 20 anos à frente dos destinos do maior e mais rico Estado da Nação nada fez neste longo período para evitar que esta calamidade do desabastecimento de água que afeta milhões de pessoas acontecesse.

A preocupação dos governantes com seus próprios interesses pessoais e partidários sempre à frente dos interesses da população são uma das causas das péssimas gestões dos nossos despreparados políticos. A outra é falta de capacidade dos indicados pelos governantes e seus partidos para gerir empresas estatais, fundações, autarquias e secretárias de governo. Neste ambiente inexiste o planejamento como ferramenta fundamental para evitar que a sociedade seja surpreendida pela escassez de energia, água, etc.

Ou será que os pseudos especialistas da empresa paulista responsável pelo abastecimento de água para São Paulo não sabiam que a população iria crescer, que a demanda iria aumentar consideravelmente com o passar do tempo e que novas opções de abastecimento deveriam ser criadas pelo governo paulista?

A Sabesp, ao contrário, se preocupou apenas em expandir seu crescimento em direção ao interior do Estado, deixando de lado ações de planejamento que pudessem evitar a situação caótica em que a cidade se encontra neste momento. Ainda, gastou milhões com publicidade desnecessária que poderia ter sido investida em novas alternativas de captação de água potável. Culpar a natureza ou ter esperança na utilização do volume morto da Cantareira é um dos indícios da incompetência gigantesca da administração pública de São Paulo. 

O governador indeciso e sempre preocupado apenas com o poder em Brasília, que hoje está nas mãos de outro partido (Volume morto) é o maior dos responsáveis pela situação, até porque desde 1995, raramente esteve ausente do poder no Palácio dos Bandeirante, sede do governo de São Paulo.

6 de maio de 2014

A ignorância e a violência matando inocentes!

“Conscientizar-se da própria ignorância
é um grande passo para aprender"
Disraeli

Uma jovem mulher de 33 anos caminha inocentemente pelas ruas da periferia da violenta cidade do Guarujá na tarde aparentemente tranquila de mais um dia comum. De repente uma horda de justiceiros da idade média, vândalos e criminosos enrustidos ataca a jovem e a mata com pauladas numa violência infernal.

O motivo de tal estupidez humana é a suposta participação da jovem católica em atos de magia negra. Ela foi confundida por alguns dos impostores com a imagem de uma outra mulher cuja foto corre pelas páginas nem sempre inteligentes de uma rede social.

Nem a jovem morta, nem a mulher da foto cometeram o crime atribuído a elas pela horda de ignorantes que lincharam a mãe de família no Guarujá. Segundo a polícia não existia os crimes de sequestro e morte por magia negra imputados a mulher da foto na rede social, muito menos à jovem Fabiane Maria de Jesus, mãe de uma menina de um ano de vida.

Estranho que estes mesmos justiceiros com DNA de bandidos desqualificados não conseguem exercer seus direitos de cidadania junto à Prefeitura ou o Estado brasileiro, porém matam inocentes Agindo como os criminosos para quem muitas vezes dão cobertura 24 horas para roubar e matar quem bem entendem.

Como podemos acreditar numa Nação que no mesmo final de semana assiste atônita a um vaso sanitário ser arremessado do alto de um estádio de futebol matando um inocente, e uma mulher comum ser linchada por ser confundida com outra que não existe na vida real?

Nossos políticos não prestam, nossos governantes nada fazem, nossos três poderes chafurdam na lama e se negam a promover as reformas e mudanças que a Nação tanto precisa. Entretanto, quer seja pela falta de educação de qualidade ou não, nossa gente dá exemplos ao mundo da pior forma possível. Cometendo muitas vezes crimes que no chamado 1º mundo aconteciam apenas no século XII.

Como esperar que os graves problemas se resolvam apenas com eleições a cada dois anos? Como esperar que possamos avançar como sociedade se ainda temos de melhorar muito em termos de convivência humana, civilidade e cidadania.

Como imaginar que as pessoas envolvidas no crime bárbaro de linchamento no Guarujá possam ter um dia das mães normal? Ou ainda, como esperar que estes ignóbeis não matem outra pessoa nas ruas do nosso país por confundirem-na com uma imagem na rede social? Afinal de contas, ninguém foi preso, nem será julgado, condenado e preso pelo crime atroz que cometeram. Impunidade e Regresso deveriam ser a inscrição em nossa bandeira verde e amarela. Pois não temos ordem e muito menos progresso há muito tempo.