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31 de outubro de 2014

Itália e Brasil chafurdando na 3ª camada do volume morto!

O erro acontece de vários modos, enquanto
ser correto é possível apenas de um modo. 


Em 2009 o então ministro da Justiça Sr. Tarso Genro concede a pedido do presidente da república Luis Inácio Lula da Silva o status de refugiado político ao assassino italiano Cesare Battisti, preso no Rio de Janeiro em março de 2007. Condenado na Itália em 1993 à prisão perpétua por quatro homicídios praticados entre 1978 e 1979 contra um guarda carcerário, um agente de polícia, um militante neofacista e um joalheiro em Milão.
O governo italiano e a justiça daquele país ficaram inconformados, reagiram diplomaticamente, entraram com recurso, porém o STF negou provimento ao pedido italiano. Por 5x4 o STF manteve no país mais um assassino, este internacional.
Alguns anos depois vem o troco italiano contra a diplomacia e a justiça brasileira. A justiça italiana acaba de decidir que o fugitivo Henrique Pizzolato, condenado no Brasil pelo mesmo STF por envolvimento no mensalão não seria extraditado ao nosso país como nossa justiça gostaria.
Tanto a justiça brasileira quanto a italiana erraram, seus governantes idem nesses dois processos que mancham a diplomacia, a justiça e a conduta de dois governantes. O Brasil ficou com um assassino perigoso em nossas ruas e perdeu um criminoso do colarinho branco.
Ambos deveriam estar cumprindo suas penas respectivamente em celas de seus países de origem sem a interferência de seus presidentes, diplomacia ou sistemas judiciários.
Mas os dois países resolveram se igualar e voltaram aos tempos da idade média. Deixando no ar que o Brasil poderá ser paraíso de criminosos estrangeiros de alta periculosidade e ver seus bandidos do colarinho branco saírem impunemente pelas nossas fronteiras em direção ao dito primeiro mundo.
Lamentável ainda que, o Ministro do STF Marco Aurélio Mello afirme que Pizzolato exerceu um “direito” de não se submeter “as condições animalescas” das penitenciárias do Brasil. Se as condições são essas porque não melhorá-las? Porque os demais presos condenados no país podem cumprir pena nesses lugares animalescos e o Dr. Henrique Pizzolato não pode? Porque a diferença de entendimento e julgamento?
Fica no ar a dúvida se o governo brasileiro queria mesmo a extradição do mensaleiro ou se apenas fez um pedido protocolar sem a ênfase e o devido esforço que a extradição do meliante requereria.
O Brasil errou feio com Lula, a Itália deu troco e se rebaixou ainda mais na sua recente decisão. Fica no ar a imagem de que os dois países e seus respectivos governantes e representantes dos judiciários chafurdaram na lama podre da terceira camada do volume morto da dignidade e do bom senso.  

Engenhão consumindo mais dinheiro público!

“Só o erro é que precisa apoio do governo.
A verdade, essa fica de pé por si própria”.
Thomas Jefferson

O Estádio João Havelange no Rio de Janeiro foi construído para abrigar os jogos Pan Americanos RJ/2007 e teve o custo final divulgado pelo Comitê dos Jogos Pan Americanos na casa de R$ 380 milhões aproximadamente. Sua inauguração ocorreu em 2007. Ele vinha sendo utilizado até 26 de março de 2013 pelo Botafogo. Desde então está interditado por conta de problemas estruturais na sua cobertura.
Mais de um ano depois e o estádio ainda não teve seus problemas resolvidos pela prefeitura do Rio de Janeiro. Chama a atenção o fato de que o Estádio foi relativamente pouco utilizado e mesmo assim apresenta problemas estruturais de grande monta, visto que, após mais de um ano não foram solucionados.
Agora que estamos no final de 2014, há menos de dois anos da Olimpíada RJ/2016, a Riourbe – Empresa Municipal de Urbanização da cidade do Rio de Janeiro vem à público lançar o edital para reformas do Engenhão para adaptação aos jogos olímpicos ao custo previsto em R$ 52,3 (Cinquenta e dois milhões e trezentos mil reais).
Imaginando que a reforma não ultrapasse o valor do edital, teremos ao final da reforma o Estádio remodelado por um custo de R$ 432,3 (Quatrocentos e trinta e dois milhões e trezentos mil reais). Sem contar que quando da construção do estádio os membros do COI, do governo estadual e da Prefeitura já anteviam a candidatura da cidade para sediar uma Olímpiada, logo, deveriam ter construído o estádio apto a receber um evento olímpico.
O mesmo fato aconteceu com praticamente todas as caríssimas instalações erguidas com dinheiro público para os Jogos Pan Americanos RJ/2007. Agora, nove anos depois o legado é a destruição do que foi feito, substituindo por novas e mais caras obras que novamente serão pagas pelo povo.
As obras do novo Velódromo se juntam ao “novo” Engenhão num processo sem fim de gastos do erário acompanhadas sempre de muitas mentiras e ilações falsas de governantes e de membros organizadores de ambos os jogos.
A cidade do Rio de Janeiro assim como o Estado fluminense tem uma carência gigante de atendimento médico de qualidade, de bons hospitais, de escolas de qualidade e de tantas obras de infraestrutura como por exemplo a região de Duque de Caxias onde os moradores enfrentam há décadas a falta de água potável e de saneamento básico. Sem contar a falta total de segurança nas ruas que é por demais conhecida de todos.
Claro que, isso infelizmente não é exclusividade do Rio de Janeiro, afinal de contas, a maior parte das cidades brasileiras é carente nas mesmas coisas citadas acima, entretanto, essas cidades não estão tendo gastos obscenos com a reforma de estádios de futebol e ginásios esportivos para modalidades olímpicas. Recursos que se bem utilizados poderiam resolver boa parte das mazelas da cidade maravilhosa.
Estranho apenas é que antes da Copa do Mundo havia muita gente lutando nas ruas contra a realização da mesma, fato que não se vê com relação aos gastos astronômicos viabilizados para a RJ/2016...

29 de outubro de 2014

De mãos dadas com o fascismo!

Mais do que máquinas precisamos de humanidade.
Mais do que inteligência precisamos de afeição e doçura.
Sem essas virtudes a vida será de
violência e tudo estará perdido.
Charles Chaplin

Vou começar esse texto reproduzindo um dos posts mais agressivos, preconceituosos e nocivos que já li nos últimos tempos de minha curta vida. Quem lê a primeira vista poderia pensar que se trata de um texto antigo de Adolph Hitler, mas não o é, foi escrito por Regina Zouki Pimenta em sua página do Facebook após a divulgação do resultado da eleição que culminou com a eleição de Dilma Rousseff para a presidência do nosso país.
“Hoje, qualquer suposto preconceito contra cariocas, nordestinos e baianos deixou de existir, porque virou Pós Conceito! Bando de filhos da puta que destruíram nosso país e a economia por migalhas! Desejo do fundo do coração que sejam tomados pela desnutrição, que seus bebês nasçam acéfalos, que suas crianças tenham doenças que os médicos cubanos não consigam tratar, que o Ebola chegue ao Brasil pelo Nordeste e que mate a todos! Só outra arca de Noé para dar jeito!
A autora acima citada retirou sua página do ar da rede social Facebook, talvez movida pelo medo das retaliações que poderia sofrer. Difícil discorrer sobre tamanha quantidade de palavras rancorosas, inúteis e agressivas. Difícil entender um ser humano que vive num país belo, onde a natureza dos povos citados é de uma beleza ímpar, frequentada habitualmente por gente e coisas como essa tal de Regina Zouki nas férias e nos animados carnavais.
Esse ódio, essa ignorância de quem não teve pai e mãe ou ao menos um berço na tenra idade e por isso enveredou pelos caminhos da rejeição à Deus e ao amor pode ter algumas explicações.
Uma delas talvez seja o fato de que a campanha eleitoral para a escolha do novo presidente se transformou num jogo de Mortal Kombat, onde cada candidato queria matar seu concorrente, não com ideias, não com projetos, mas sim com fortes acusações, muitas vezes maldosas e desnecessárias.
O reflexo se viu nas ruas, onde militantes dos dois principais partidos políticos se agrediram como se estivessem travestidos de bandidos (torcedores) organizados de clubes de futebol. Uma baixaria aprovada pelos candidatos que em momento algum fizeram uma reflexão sobre o que acontecia nas ruas e nas redes sociais.
Confundiram ou não sabem o que são eleições livres num regime democrático. Perderam a noção de civilidade com posts racistas e preconceituosos contra quem ousasse dizer que votaria no outro candidato que não aquele que ele (a) julgassem ideais.
Quando uma pessoa roga praga aos seus irmãos, sejam eles, cariocas, mineiros, nordestinos, não importa, é hora de pararmos e começarmos tudo de novo neste país. Tudo pode ser aceitável, menos essa intolerância, esse desamor, essa ignorância estúpida e completamente sem vínculo com quaisquer resíduos de inteligência humana.
A autora dessas ignomínias proferidas na noite de domingo 26/10/14, e todos aqueles que eventualmente compactuaram com suas excrescências em forma de palavras abjetas deveriam voltar seus pensamentos e sua vida à Deus... Enquanto ainda há tempo!
Não perdemos uma eleição, quem as perde são os candidatos e seus partidos, nós brasileiros ganhamos sempre que elas acontecem, porque somos um povo livre para votar, para escolher e para rejeitar racismo, preconceitos e todo tipo de crimes contra meio ambiente, animais e seres humanos. 

25 de outubro de 2014

25 anos depois um novo embate divide o país!

Quando as bandeiras dos partidos substituem 
os valores de nossa consciência, 
a vida e a inteligência naufragam. 
Rute de Aquino

          Em 1989, há 25 anos atrás o Brasil voltava a respirar democracia com a primeira eleição livre para presidente da república, depois de uma ditadura militar que havia cerceado o direito universal do voto do eleitor brasileiro por vinte e quatro anos (1964-1988). O país estava exultante com a oportunidade de poder eleger seu presidente nas urnas, de forma livre, democrática e com opções variadas de candidatos concorrendo por várias siglas. 
            Eram exatamente 22 candidatos no primeiro turno da eleição presidencial. Eram os seguintes os postulantes ao cargo: Affonso Camargo – PTB, Afif Domingos – PL, Aureliano Chaves – PFL, Leonel Brizola – PDT, Celso Brant – PMN, Fernando Collor de Mello – PRN, Correa – PMB, Enéas – Prona, Eudes Mattar – PLP, Gabeira – PV, Livia Maria – PN, Lula – PT, Maluf – PDS, Manoel Horta – PDC do B, Mário Covas – PSDB, Marronzinho – PSP, P.G. – PP, Pedreira – PPB, Roberto Freire – PCB, Ronaldo Caiado – PSD, Ulysses Guimarães – PMDB e Zamir – PCN.

Como podemos perceber alguns candidatos já morreram, alguns partidos não existem mais, outros mudaram de nome e alguns candidatos e partidos estão na vida política até os dias atuais. Infelizmente nunca mais tivemos uma eleição com tantas opções de candidatos e partidos concorrendo no país para o cargo de presidente da república. Os partidos preferem fazer coligações sem ideologia e sem pudor para depois conquistarem cargos e poder.
Naquela ocasião, o segundo turno da eleição teve Fernando Collor de Mello – PRN contra Luis Inácio Lula da Silva – PT. O antagonismo e a diferença ideológica eram enormes, assim como o apoio que o primeiro recebeu da mídia, dos mercados econômicos e especulativos, da imprensa internacional e das elites englobando a classe média brasileira.
Collor conquistou uma fama mentirosa de ser caçador de marajás, numa alusão a sua gestão como governador de Alagoas, quando empreendeu estrategicamente um combate a alguns funcionários públicos que recebiam salários altos e desproporcionais. Com vistas a angariar apoios na campanha presidencial que estava por vir, a imprensa o tornou conhecido nacionalmente como "Caçador de Marajás". Orientado por profissionais de marketing, anunciou com estardalhaço a cobrança de 140 milhões de dólares dos usineiros do estado para com o Banco do Estado de Alagoas, havendo diversas repercussões positivas na imprensa. 
Entre uma disputa e outra teve o mandato ameaçado por uma tentativa de intervenção federal no Estado (fruto da recusa em pagar os altos salários aos "marajás" após a vitória destes em julgamento do STF). Também teve um pedido de impeachment devido ao programa de enxugamento da máquina administrativa alagoana, feito à base de demissões de funcionários públicos e extinção de cargos, órgãos e empresas públicas.
Era impossível encontrar alguém que não declarasse o voto em favor de Collor, não por antipatia a Lula nem muito menos ao PT, um partido recém criado à época e que tinha apoio dos trabalhadores, intelectuais de esquerda, parte da burguesia e da juventude. Enquanto Collor era endeusado pela mídia, em particular pela Rede Globo, Lula era crucificado de todas as formas possíveis. 
Collor venceu e no dia de sua posse implantou o Plano Collor que rende processos até hoje, não resolveu o problema da inflação, não deu certo e trouxe enormes dissabores a todos que nele votaram. Até a sagrada poupança foi golpeada em sua credibilidade e muito anos foram necessários para recuperar a sua imagem de investimento sólido e seguro.
Hoje em dia nas redes sociais, nas ruas, no seio da classe média e das elites dominantes ouvimos o nome de Aécio Neves como solução para tirar o PT do governo. Ninguém lembra do governo FHC e da compra de votos para aprovação da emenda da reeleição e das privatizações mal sucedidas e muito mal explicadas até hoje.
O ódio ao PT contaminou de tal forma uma parcela da sociedade que programas assistenciais criados pelo PSDB, são exorcizados por que o PT os ampliou para uma parcela maior das classes C, D e E. 
Ninguém se pergunta como foram os oito anos de governo de Aécio em MG? Que obras fez? O que priorizou em seu mandato? Nada importa exceto tirar Dilma do poder. Inclusive utilizando de mentiras, baixarias como distribuição de e-mails e WhatsApp contendo falsas informações e tolices de toda ordem contra o PT e contra Dilma. Falsos apoios de artistas sem o seu consentimento.
Depois de seis meses da posse de Collor não se encontrava um único eleitor que assumisse seu voto no manganão que acabou sendo tirado do poder através de um impeachment orquestrado pelos mesmos que hoje estão ao lado de Aécio Neves. Claro que, Aécio não é Collor, o PSDB não é o fraco partido de aluguel PRN, já extinto, muitas são as diferenças entre as duas épocas. Hoje o PT é uma enorme vidraça exposta a todo tipo de pedradas, principalmente em relação à corrupção que nunca combateu.
O futuro das eleições vai dizer se o vencedor em 2014 terá alguma relação com o pleito de 1989 ou se foram apenas ilações de um eleitor cansado de ser enganado e de ver o povo brasileiro cometer erros por falta de análises mais consistentes e inteligentes na hora de suas escolhas.

24 de outubro de 2014

O dono do STJD está irregular no poder!

Quase todos os homens são capazes de
suportar adversidades, mas se quiser pôr à 
prova o caráter de um homem, dê-lhe poder. 
Abraham Lincoln

O nosso futebol carece de profissionalismo, investimento nas bases dos atletas em sua formação de novos jogadores, mas principalmente de pessoas honestas, dirigentes que recebam para trabalhar nos clubes e federações, podendo ser demitidos caso não atinjam seus objetivos.
Porém, nem nos clubes, nem nas federações ou na CBF temos algo parecido. E o pior, aqueles que deveriam zelar pelo desporto, pela justiça, pela ética e o cumprimento das regras não são confiáveis e abusam de práticas nefastas como o nepotismo e a tirania. São verdadeiros déspotas que tomam o poder e dele fazem sua vida, sem se importar com os objetivos inerentes do cargo que assumiu.
O Procurador-geral do STJD, Paulo Schmitt é o símbolo da falta de critério e dos desmandos do órgão no futebol brasileiro – que vem prejudicando times e afastando torcedores. Porém, o mesmo “defensor da justiça estaria irregular no cargo que ocupa. A denúncia é do portal UOL, que apurou que o mandato de Schmitt fere o Código Brasileiro de Justiça Desportiva. Definido em 2009, o código é específico sobre o mandato dos procuradores: tem duração máxima de 2 anos e só dá direito a uma recondução.
Nesta data, o procurador já tinha três anos de cargo – mas foi eleito em 2010 e reeleito em 2012, somando 9 anos – violando o próprio código que Paulo Schmitt deveria proteger. A Lei Pelé também discorre sobre o tema – e em ambos os casos a presença do procurador no STJD é ilegal. Para se manter no cargo, Schmitt tenta se eximir da lei, dizendo que a mesma vale somente para auditores, e procurando a brecha pela data da mudança; segundo ele, o tempo anterior a 2009 está fora da conta.
Além do problema com o tempo de mandato, o site também apurou que o cargo não foi criado por uma lei – apenas por uma resolução, o que é falha grave e invalida a existência da posição. E nesse caso, a situação é ainda mais séria – a irregularidade do cargo de um Procurador-Geral do STJD anularia as penas aplicadas pela Justiça desportiva.
Apesar disso, nada é páreo para a cara de pau de Paulo Schmitt que afirma que não há lei que impeça um novo mandato no STJD – nas palavras do próprio, ele pode “ficar mais dois anos, e depois desses dois anos tenho que me submeter à lista tríplice da CBF novamente. Não há problema.
Alguém sabe quem são e quanto ganham os auditores dos tribunais do STJD? Alguém sabe quais são as suas relações com os clubes e as federações? Quais os benefícios para quem ocupa o cargo de auditor do tribunal desportivo? Qual a estrutura do STJD?
São perguntas que as autoridades deste país deveriam estar respondendo a nossa sofrida sociedade. Não à toa temos presidentes de federações e confederações há mais tempo no poder do que Fidel Castro ficou em Cuba.


22 de outubro de 2014

Violência sem fim 1 X 7 Impunidade!

“A mente de um fanático é como a pupila do olho: 
quanto mais luz incide sobre ela, mais se irá contrair." 
Oliver Wendell Holmes

Um dos grandes males que assolam o nosso país não é a corrupção como a grande maioria pensa, nem tampouco a violência ou os baixos índices de Educação, nem por fim a nossa péssima saúde pública. O nosso maior câncer social é a impunidade que interfere em tudo dentro do nosso sistema judiciário e policial.
A sensação de impunidade é o grande elixir da criminalidade desde os chamados ladrões de galinha até os grandes políticos e demais autoridades do colarinho branco. Ela é revigorante para os marginais, que percebem a fraqueza das autoridades e a inércia da justiça. Claro que o futebol como segmento vivo da nossa sociedade não poderia ficar fora dessa ignóbil situação vivida por todos dentro e fora de nossos lares.
No esporte a impunidade vence de goleada a justiça quando permite que dirigentes corruptos em clubes, associações, federações e até na CBF se locupletam livremente mesmo desviando dinheiro público que deveria ser utilizado nas entidades que representam.
A impunidade também está nas arquibancadas dos estádios de futebol, onde temos centenas de assassinos e vândalos escondidos atrás de torcidas organizadas viajando pelo país impunemente mesmo depois de cometer crimes dentro e fora do Brasil.
Se não me falha a memória no máximo duas pessoas estão presas por matar torcedores rivais no Brasil. Todo mês temos brigas violentas fora dos estádios, normalmente em emboscadas que na maioria das ocasiões levam torcedores jovens ao óbito. O que a Justiça e as autoridades do país (Presidente, Governadores, Ministros da Justiça e do Esporte, Deputados e Senadores) fizeram até hoje para acabar com essa impunidade? Nada!
Sempre que ocorrem mortes nas brigas entre torcidas rivais, os assassinos são identificados e não ficam presos. Na semana seguinte estão viajando atrás de seus clubes em busca de novas brigas e mortes.
Impunidade segundo o Dicionário Aurélio é: Do Latin: (Impunitate) – Substantivo feminino – Estado de impune. Impunidade nas ruas é definida por mim como: “Ausência de Justiça, penas brandas carregadas de benesses excessivas para criminosos em detrimento da sociedade que paga impostos, obedece às leis e não comete crimes de quaisquer naturezas”.
Nos últimos 30 anos a sociedade brasileira assiste ao aumento da violência em todos os seus segmentos. Com relação a violência das torcidas organizadas a única semelhança é justamente a impunidade e a letargia dos nossos péssimos governantes e de nossas autoridades inertes que contemplam a criminalidade como se estivessem assistindo pela televisão um jogo de futebol qualquer. Lamentável! Até quando?




18 de outubro de 2014

Ebola

Não existe possibilidade de transmissão pelo ar; 
quem esteve no mesmo espaço não corre risco.

A atual epidemia causada pelo vírus ebola é perigosa e persistente. Desde que o vírus foi descoberto, em 1976, nenhuma outra se espalhou para fora do leste ou do centro da África nem provocou tamanha mortalidade.

Esta, parece que surgiu no distrito de Guéckédou, na Guiné, no oeste africano, em dezembro de 2013, acometeu um número mais elevado de pessoas e já causou mais mortes do que a somatória de todas as anteriores.

Em abril deste ano, a diminuição do número de casos na Guiné alimentou a esperança de que a epidemia fosse desaparecer como as outras, misteriosamente como veio, mas a disseminação nas áreas fronteiriças de Serra Leoa e Libéria frustrou as previsões.

O aparecimento da doença em Lagos, na Nigéria, país que não tem fronteiras com Guiné, Serra Leoa ou Libéria, mostrou ao mundo que qualquer cidade com um aeroporto pode ser alcançada e que o potencial de disseminação é maior do que se imaginava: em Lagos vive mais gente do que nos três países citados.

A doença tem início abrupto nos três a 21 dias subsequentes ao contágio. Do nada, surgem febre acima de 38,6ºC, mal-estar, dor de cabeça, dores musculares, articulares, no tórax, na coluna lombar, congestão das conjuntivas, inflamação da garganta e manchas avermelhadas na pele.

Já nos primeiros dias aparecem os sintomas gastrointestinais: náuseas, vômito, dores abdominais e diarreia. Na fase final, 50% dos doentes apresentam hemorragias. Nos casos fatais, a sintomatologia inicial é mais intensa e a morte acontece entre os dias 6 e 16, por complicações hemorrágicas, septicemia e falência de múltiplos órgãos.

Os índices de fatalidade variam de 30% a 90%, dependendo da região e dos recursos médicos. Nas pessoas que se curam, a melhora começa a ocorrer entre os dias 6 e 11. O diagnóstico é confirmado por exame de sangue realizado por duas técnicas diferentes (Elisa e PCR). Não existe vacina nem medicamentos contra o vírus. O tratamento procura corrigir a desidratação e o desequilíbrio entre os íons, manter a pressão arterial, controlar as dores e tratar as infecções bacterianas que se instalarem.

Quem teve contato deve permanecer isolado por três semanas, tempo necessário para cobrir o período de incubação. A transmissão do vírus depende exclusivamente do contato direto com as secreções do doente (sangue, saliva, fezes, sêmen, suor, secreções vaginais e lágrimas) ou com superfícies contaminadas por elas.

Como não existe possibilidade de transmissão pelo ar, quem esteve na mesma sala, no mesmo ônibus ou avião não corre risco. Lavar as mãos com água e sabão ou álcool rompe o envelope que circunda o RNA do vírus e protege contra a infecção. Desinfetar objetos e ambientes com água sanitária é medida prática, barata e eficaz.

Os reservatórios naturais do vírus são os morcegos que se alimentam de frutas, mas macacos e porcos domésticos podem servir de hospedeiros intermediários. As epidemias, no entanto, são mantidas pelo contágio inter-humano. O vírus não costuma se disseminar rapidamente para grandes massas populacionais, como às vezes sugerem as notícias veiculadas pela mídia. Em média, cada pessoa infectada dá origem de um a três casos secundários, número pequeno quando comparado aos 14 a 17 casos secundários causados pelo vírus do sarampo na mesma região do oeste africano.

O perigo com o ebola não está em sua virulência, mas na facilidade de transmissão. Uma única distração, tocar no paciente ou numa superfície manipulada por ele e levar a mão à boca, ao nariz ou aos olhos pode ter consequências devastadoras. A epidemia chegará no Brasil? Os vírus viajam no interior de corpos humanos desde os primórdios da humanidade, mas agora o fazem na velocidade dos jatos. É evidente que podem surgir casos isolados, mas uma epidemia autóctone brasileira é altamente improvável.

Margareth Chan, diretora-geral da Organização Mundial da Saúde diz: "Muitos me perguntam por que o surto da doença causada pelo ebola é tão abrangente, tão grave e difícil de conter. Essas questões podem ser respondidas com uma única palavra: pobreza. Guiné, Libéria e Serra Leoa estão entre os países mais pobres do mundo".

Artigo do Dr. Drauzio Varella - Folha de SP - Caderno Ilustrada - 18/10/14

16 de outubro de 2014

O silêncio dos culpados!

A justiça atrasada não é justiça,
senão injustiça qualificada e manifesta"
Rui Barbosa

A chegada do pedido de cassação do amigo fraterno do doleiro Alberto Youssef, também conhecido por ocupar um cargo de Deputado Federal em Brasília – André Vargas continua sendo estrategicamente protelado por seus companheiros (comparsas) na Câmara Federal desde agosto deste ano.
A Comissão de Ética daquela casa presidida pelo Deputado Ricardo Izar – PSD – SP aprovou a cassação do fanfarrão paranaense em 20 de agosto.
O pedido então deveria ter seguido ao plenário para votação e provável cassação do deputado. Porém, decorridos dois meses do envio o processo permanece guardado ou melhor parado na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara presidida pelo colega de partido Deputado Vicente Cândido da Silva – PT-SP.
Em parte sabemos que o ano de 2014 não foi muito profícuo para os trabalhos do Congresso Nacional, afinal de contas, carnaval, copa do mundo, duas férias, eleições, viagens à base eleitoral, enfim, sobrou pouquíssimo tempo para trabalhar e exercer com dignidade seus mandatos.
Outro problema é o corporativismo, no francês “esprit de corps” que poderia ser traduzido como sugeriu o brilhante jornalista Josias de Souza “Espirito de porco”. Os acordos são muitos, as agendas ocultas encobrem e dificultam as coisas sérias no parlamento nacional em todas as suas esferas, diga-se de passagem.
Assim como nas ruas das nossas grandes cidades, no Congresso Nacional também existem algumas facções, essas incrustradas dentro dos partidos defendem até a morte seus membros. Algo muito parecido com o modus operandi das máfias internacionais.
Os parlamentares situacionistas e oposicionistas nestas horas se somam, se locupletam, se ajudam e fazem com que permaneçam pairando sob suas cabeças a desconfiança generalizada da sociedade civil sobre a conduta imoral de alguns naquela casa. Caso contrário já teriam discutido e votado o pedido de cassação do amigo do doleiro.
Enquanto parcela considerável da sociedade assiste as agressões mutuas dos candidatos à presidência em segundo turno, os deputados protelam a decisão e mantém na casa o silêncio dos culpados. A falta de cobrança da sociedade sobre seus representantes assegura uma certa tranquilidade a todos, que fingem que estão trabalhando enquanto o povo honra seus compromissos e paga a conta nefasta desta imensa camarilha oficial do poder legislativo nacional.
Uma mão suja lava a outra mão ainda mais imunda, manchadas pela corrupção, pela formação de quadrilha, pela lavagem de dinheiro e envio de remessas irregulares a contas em paraísos fiscais e muito mais com certeza. Nem a delação premiada atinge quem deveria zelar pelas leis e a ordem.  

13 de outubro de 2014

13 de outubro de 1977 - A noite da redenção da Fiel Corinthiana

“Há os que lutam uma vez e são importantes.
Os que lutam muitas vezes e são fundamentais.
E há os que lutam sempre, esses são imprescindíveis”.
Brecht

Era uma noite comum como tantas outras no meio da primavera paulistana exceto pelo fato de que a maior cidade do país e da América Latina estava totalmente paralisada a frente dos milhares de televisores ligados na final do Campeonato Paulista de Futebol daquele ano.
No Estádio Cicero Pompeu de Toledo, Sport Clube Corinthians Paulista e Associação Atlética Ponte Preta decidiam numa terceira partida o título inédito para a equipe campineira e de muito valor para o Corinthians, que não o conquistava desde fevereiro/1955, data em que ergueu pela última vez uma taça do Paulistão.
         O público dos três jogos da decisão somou 290.515 torcedores majoritariamente corinthianos. Sendo que na segunda partida foi registrado o maior público de um estádio de futebol em todo o Estado. Foram ao Morumbi, 146.083 pessoas (sendo 138.032 pagantes) que assistiram o que podia ser o jogo do título do Corinthians. Esse recorde é mantido até os dias de hoje.

Naquela noite de 13 de outubro a massa alvinegra da Fiel torcida estava nervosa, apreensiva, porém confiantes de que aquela seria a noite da redenção, do fim das intermináveis brincadeiras que invadiram as décadas de sessenta e setenta contra os corinthianos.
Segundo me confidenciou “Seu” Zé Duarte técnico da Ponte Preta nove depois em Jaú, quando o encontrei numa lanchonete daquela cidade, havia um clima em São Paulo jamais visto por ele e seus comandados. O estádio tremia literalmente e seria segundo suas palavras impossível vencer o Corinthians naquela noite.
Mesmo tendo uma equipe tecnicamente superior ao alvinegro paulista, a Ponte sucumbiu à enorme força vinda das arquibancadas e numeradas do Estádio. Força que dificilmente seria vista novamente, nem mesmo na conquista da tão almejada Taça Libertadores da América em 2012.
A narração perfeita de Osmar Santos pela Rádio Globo entrou para a história como uma das mais precisas, mais emocionantes de todos os tempos. Osmar conseguiu captar com perfeição absoluta a emoção da torcida corinthiana e na hora do gol ele interagiu com o sentimento mais profundo da Nação Alvinegra do Parque São Jorge. Foi uma explosão que ecoou em todo Estado de São Paulo e em muitas cidades do Brasil onde naquela noite havia ao menos um torcedor corinthiano.
Eu me lembro de ter saído do Jabaquara e percorrido um caminho até a Avenida Paulista onde percebia a alegria incontida de milhares de torcedores alucinados. Ao chegar na Avenida Paulista fiquei completamente emocionado ao ver a presença maciça de torcedores lotando os quase três quilômetros de extensão da avenida. Não havia um espaço vazio, a avenida estava tomada por torcedores coloridos em preto e branco.
Fiquei até as cinco horas da manhã e parecia que havia uma força que me puxava e não me deixava sair daquela festa alvinegra. A ressaca foi enorme, uma ressaca de conquista e não fruto de ingestão de bebida alcóolica.
Hoje ao completar 37 anos daquela data, ainda me emociono ao ouvir a voz de Osmar Santos – O garotinho da Rádio Globo narrando aquele gol antológico de Basílio – O pé de Anjo do Timão. Depois daquele 13 de outubro de 1977 muitos títulos o Timão conquistou. Foram 24 campeonatos, sendo 12 Estaduais, 5 Nacionais, 3 Copas do Brasil, 1 Libertadores, 2 Mundiais e uma Recopa Sul-Americana.
Por incrível que possa parecer, nada se compara àquela conquista na noite distante de 13 de outubro de 1977. Parabéns torcida do Corinthians e a todos os que participaram daquela noite histórica como protagonistas da “Noite da Redenção” alvinegra.
Começando pelo presidente Vicente Mateus, homem que nunca tirou uma moeda do clube, polêmico, engraçado, porém o mais corinthiano dentre tantos. O treinador Osvaldo Brandão, disciplinador, pai, treinador e homem responsável pela conquista daquele grupo que tinha Tobias, Zé Maria, Moisés, Ademir e Vladimir, Russo, Basílio, Luciano, Vaguinho, Geraldão e Romeu. Além de Palhinha, Cláudio Mineiro e tantos outros coadjuvantes que entraram para a história do Corinthians.
Ouça a narração de Osmar Santos no momento do gol do título no link abaixo:
http://mais.uol.com.br/view/12296165



3 de outubro de 2014

A era digital e a terceira (Melhor) idade!

O nosso cérebro é o melhor brinquedo já criado:
nele se encontra todos os segredos,
inclusive o da felicidade. Charles Chaplin


O Brasil já foi um país essencialmente habitado por uma população em sua maioria composta por jovens. Mas como era de se esperar, o tempo passa e não nos permite o cálice da eterna juventude. Sendo assim, caminhamos para em breve termos uma população mais “experiente”, menos jovem ou composta em sua maioria por pessoas da chamada “Melhor Idade”.

Além do planejamento que já deveria ter sido realizado, visando dar melhores condições de saúde para essa população que com certeza utilizará com mais frequência a medicina pública, o governo brasileiro deveria também se preocupar em prover essa futura geração de mecanismos sociais, culturais e de inclusão digital.

Para que assim não haja desconforto e a maioria possa estar adaptada para usufruir das vantagens da evolução tecnológica que avança celeremente em todo planeta. Robótica, Informática e Telefonia digital, celulares cada dia mais modernos e complexos, possibilitando acessos ilimitados a um mundo novo.

Claro que as pessoas que hoje convivem com a era digital, no futuro terão envelhecido sabendo e aproveitando de todas as mudanças realizadas. Estes com certeza não vão sentir dificuldades na melhor idade. Mas vivemos no Brasil, onde uma imensa maioria vive no século passado quando pensamos em qualidade de vida, saúde, educação e até mesmo na questão do saneamento básico.

Muitos jovens e adultos não tem acesso algum a informática, tecnologia e telefonia de última geração. Estes com certeza terão no futuro imensa dificuldade para interagir com um mundo cada vez mais conectado as redes sociais, internet de última geração, incluindo o sistema de televisão por satélite que está cada vez mais integrado aos sistemas de telefonia e informática.

Não fazer nada no presente é alijar no futuro uma enorme parcela da população brasileira de viver com conforto, informação em tempo real, educação e muito mais na evolução tecnológica que avança a passos largos. Hoje percebemos que muitas pessoas na melhor idade não acessam internet, não possuem celulares, não se conectam em redes sociais, vivendo isoladas do convívio com o mundo ao seu redor.

Pesquisas online de todas as espécies são possíveis hoje em dia na internet e via telefonia celular para a marcação de consultas médicas, odontológicas, compromissos bancários, reservas de passagens aéreas e infinitas possibilidades de compras e serviços que facilitam a vida de milhões de pessoas no mundo.

É preciso muito mais do que os tímidos programas governamentais que gastam muito mais com publicidade do que efetivamente com o objetivo final que é levar a inclusão digital ao povo brasileiro de todas as idades e todos os cantos do nosso imenso país continental. 

Embora saibamos que nem a educação básica chega com qualidade como imaginar que a inclusão digital e outras preocupações do mundo moderno serão atendidas pelos futuros governos? Mas é preciso que a sociedade exija, faça valer seus direitos e possa conseguir o que efetivamente é seu direito de cidadão.