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6 de novembro de 2014

Com quem você pensa que está falando?

“A coragem é a primeira das qualidades
humanas porque garante todas às outras”.


Correu as páginas das redes sociais e da mídia mundial o ato de coragem de uma servidora pública do RJ e a estranha decisão da justiça com relação ao processo movido contra agente por alguém que se acha Deus, ou tem certeza. Segundo a decisão do 18º JEC – Juizado Especial Criminal do RJ a agente foi condenada a pagar uma indenização de R$ 5 mil reais por suposto abuso de poder ao juiz.
Tudo começou quando a agente estava trabalhando numa blitz da Operação Lei Seca quando abordou o veículo do juiz que se negou a fazer o exame do bafômetro, estava sem a sua CNH, com seu veículo sem placas e sem a documentação do mesmo. O veículo foi guinchado ao pátio da Polícia de Trânsito.
Enquanto isso o magistrado que estava completamente errado e deveria dar o exemplo na situação, preferiu acusar a agente de “abuso de poder” e zombaria. Tudo isso porque num determinado momento ela disse ao magistrado: “O Senhor é juiz, não Deus” então não pode tudo.
Esses casos ainda ocorrem com uma certa frequência em blitz pelo país adentro, onde políticos, empresários e até membros do poder judiciário tentam a famosa “carteirada” ou ainda usam a velha frase “Você sabe com quem está falando”?
Com certeza a agente sabia com quem estava falando – Um sujeito normal, sem razão alguma, que precisa saber mais do que ninguém que não se pode dirigir após ingerir bebidas alcoólicas e sem a sua carteira nacional de habilitação e a documentação do veículo.
A única saída para o infrator de toga seria tentar pressionar e se não conseguisse êxito tentar lavar a alma ferida na própria casa (Judiciário) onde teria vantagem no jogo, visto que, aquele que fosse julgar o caso estaria de cara intimidado com uma das partes do processo.
O 18.º JEC da cidade do Rio de Janeiro perdeu uma raríssima oportunidade de colocar este cidadão infrator, arrogante e que se acha dono do poder no seu pequeno ou mesmo minúsculo lugar. Pena, pois a agente ganhou notoriedade e respeito pela sua conduta e ética, não aceitando a insubordinação e a prerrogativa do cargo para julgar o fato na hora em que executava um trabalho de suma importância nas nossas ruas repletas de bêbados infelizes que matam inocentes aos milhares anualmente.
Nas redes sociais uma corrente de brasileiros solidários arrecadou mais de R$ 12 mil reais para a servidora cumpridora dos seus deveres poder pagar à custa do processo movido pelo “Zé da Carteira”.

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