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28 de novembro de 2014

Tratamento especial!

É a ambição de possuir,
mais do que qualquer outra coisa,
que impede os homens de viverem
de uma maneira livre e nobre.
Bertrand Russell

O Brasil possuí uma legislação rígida com relação as declarações de acerto anual do Imposto de Renda, bem como em relação as cobranças judiciais por conta de contração e não pagamento de empréstimos bancários, principalmente aqueles conseguidos em programas especiais do governo.
Claro que, isso tudo acima, vale para os cidadãos comuns do Brasil, aqueles que são trabalhadores, empresários honestos, investidores decentes. Existe uma parcela razoável para o qual estas leis e procedimentos rigorosos nem sempre os atingem com a mesma fleuma, força e contundência.
São os que detém poder, as vezes por dinheiro, noutras por possuírem um enorme “Q.I” (Quem Indicou) ou pela perigosa e incestuosa proximidade de tais elementos com o poder estabelecido no país.
Nesta turminha faz parte o ator e “produtor fake” Guilherme Fontes que no distante ano de 1996 (18 anos atrás) captou um generoso empréstimo de R$ 14,2 milhões aproveitando-se da brecha oferecida pela Lei de Incentivo à Cultura e da Lei do Audiovisual, (uma daquelas vantagens que o cidadão comum jamais tem acesso, mas que os próximos ao poder possuem), para produzir o filme de longa metragem “Chatô – O rei do Brasil”.
Acontece que até o presente ano da graça de 2014 o filme não foi produzido e entregue às salas de cinema do país. Todos sabemos que 18 anos é tempo suficiente para qualquer país de terceiro mundo produzir centenas de filmes. Mas Chatô não ficou pronto jamais nesse período.
O dinheiro contraído gerou uma dívida enorme, como não foi pago (devolvido) aos cofres do erário, virou um processo que hoje está na casa de R$ 66 milhões já inclusos os juros e atualização monetária, além de R$ 2,5 milhões de multa.
O ator ainda tenta reverter o processo no TCU – Tribunal de Contas da União usando aqueles intermináveis recursos que só os mais próximos da corte possuem. Porém, o órgão agindo corretamente, negou mais uma vez ao produtor fake essa possibilidade.
O artista da Rede Globo nega mau uso do erário e diz que: “Dorme com a sua consciência tranquila porque nunca desviou um real do projeto”. Diz ainda que as duas condenações a que foi submetido são piadas e afirmou que o “Brasil é fake”.
Se fosse um cidadão comum, um comerciante, empresário, aposentado já teria sido preso e perdido todos os seus bens, incluindo de seus herdeiros diretos. Quem já teve problemas com o fisco ou conhece alguém que á teve sabe bem ao que me refiro.
Estranho no caso, é o tempo pelo qual se arrasta o processo contra o ator global. Se captou o recurso vultoso e não aplicou na finalidade precípua tem de devolver, caso se negue, deveria ter tido confiscados seus bens pessoais para cobrir parte ou a totalidade do prejuízo causado aos recursos que são do povo brasileiro.
Nosso sistema judiciário precisa identificar quais são os seus problemas, entraves e investir em celeridade, informatização completa de seus bancos de dados, colocar tecnologia de ponta em seus tribunais e cartórios criminais e demais áreas onde milhões de processos tramitam para que o país não tenha a pior ou uma das mais lentas e piores justiças do mundo.

22 de novembro de 2014

As mãos sujas!


Admitia um parlamentar do Partido Democrata-Cristão da Itália, envolvido na célebre Operação Mãos Limpas: “Os partidos são máquinas de caça-níqueis”. A frase será certamente muito apreciada por todos aqueles que enxergam nos políticos em geral outros tantos ladrões. Nem por isso vale em todas as circunstâncias, embora em parte não destoasse quando foi pronunciada e tampouco destoe no Brasil de hoje.
Pretende-se semelhança entre a nossa Operação Lava Jato e a Operação Mãos Limpas dos começos dos anos 90. Ambas visam devassar e condenar esquemas corruptos, mas há mais diferenças do que parecenças. Aquelas, de saída. Tanto a Mãos Limpas quanto a Lava Jato resultam de uma investigação inicial a respeito de fato e personagens de porte miúdo. Tampas pequenas para panelões ferventes.
As duas operações apresentam os rostos de figuras centrais, o PM Antônio Di Pietro e o juiz Sérgio Moro. Na Itália, o grande inquisidor Di Pietro foi logo secundado por um pool de juízes e a operação levou à cadeia mais de mil cidadãos, atingidos ao cabo por condenações inflexíveis e amiúde longas. Políticos e empresários. Alguns destes mataram-se antes de ser presos. O político que dominara por dez anos, o líder socialista e primeiro-ministro Bettino Craxi, condenado a oito anos de cárcere, fugiu para a Tunísia, a salvo da extradição.
A comparação entre o PT e o PCI exibe outra diferença. Ao contrário daquele, a se revelar igual a todos os demais partidos brasileiros, não houve condições de provar que políticos comunistas de qualquer escalão tivessem embolsado um único, escasso tostão, conquanto não fossem isentados de meticulosas investigações.
O desfecho da Mãos Limpas foi a implosão da Primeira República, nascida no imediato pós-Guerra. Nem sempre este gênero de terremoto produz bons resultados, além do ataque à corrupção, eficaz de saída. No vazio de poder que se seguiu, ao vir à luz a Segunda República, instalou-se um predador clownesco chamado Silvio Berlusconi, enquanto o PCI mudava de nome, chamuscava a sua identidade e se perdia em disputas internas.
Eis aí uma lição que seria oportuno aproveitar: a antipolítica sempre desagua em desastre. Em nome da negação da política, tida como origem de todos os males e de todas as mazelas, as ideologias chamadas a nutrir o debate responsável são abandonadas em proveito do desarme da consciência. Ou, por outra, da promoção da ignorância, do preconceito, do equívoco. No Brasil, um pensamento antipolítico leva ao fortalecimento da casa-grande e incentiva a mídia nativa no seu esforço de despolitização de quantos a lêem ou ouvem.
Aonde nos conduz a Operação Lava Jato não é fácil prever. Creio que o juiz Moro queira apenas e tão somente fazer justiça e creio que esta venha a ser aplicada com todo o rigor. Tenho outra certeza: este processo vai confirmar o pecado capital da política à brasileira, cometido desde sempre. Gostaria, portanto, que outros fatos a enodoar o passado da política brasileira viessem à tona, inclusive os ocorridos em tempos recentes, antes da primeira vitória de Lula.
Pois então, em um arroubo de pacata ilusão, proponho: chamemos o tão falante Fernando Henrique Cardoso, erguido no alto de livros que ninguém leu, para que explique como se deu a privatização das Comunicações, a maior bandalheira da história do Brasil. Ou de como foi feliz na compra de votos para conseguir a sua reeleição. Ou de que maneira foram enterrados os casos Sivam e Pasta Rosa. Nesta terra pretensamente abençoada por Deus, uma multidão implora pelo definitivo triunfo da moral, com M grande, e não se incomoda com quem inaugurou a transgressão. A maioria, por viver no limbo, alguns por hipocrisia.
Se a Operação Lava Jato cumprisse o cauteloso vaticínio da presidenta Dilma, ao imaginá-la capaz de provocar uma mudança positiva nos hábitos políticos do País (e eu gostaria se também fossem comportamentais para a sociedade em peso), que bem venha. Até para impedir, daqui para a frente, que somente pobres e petistas sigam para a cadeia.

por Mino Carta — publicado 21/11/2014 05:57

18 de novembro de 2014

Empresa e seu Fundo de Pensão entregam tudo!

“Somos uma empresa, instituição de inteligência,

que em qualquer época com ou sem crise, 
terá lugar assegurado. Os governos passam, nós ficamos”. 
Júlio Bozano

Durante muitos anos ouvimos as pessoas dizerem sem constrangimento ou medo de errar que a Empresa dos Correios e Telégrafos era a melhor empresa estatal do país. Assim foi durante muitos anos até que começou a terceirizar em demasias seus serviços, abrindo agências que são gerenciadas por terceiros no país inteiro.
Seria impossível imaginar que a empresa, antes sólida conseguisse sobreviver a onda de corrupção que assolou o país nos últimos vinte anos em especial. Conseguir passar pela onda privacionista já foi uma vitória e tanto, porém, passar incólume a corrupção seria muito difícil.
No início do mensalão, aparecerem indícios com dirigentes envolvidos na propinolândia que se transformou no chamado Mensalão do PT e partidos aliados. Agora vem à tona em meio as denúncias da Petrobrás, uma bombástica matéria publicada pela Revista Época que demonstra que a rapaziada não perde tempo quando o assunto é desvio, roubos, falcatruas, fraudes e outras modalidades contra o erário.
Segundo a denúncia da revista, em janeiro de 2012 uma empresa de fachada chamada Latam Real Estate New Zeland foi aberta em Wellington, por coincidência instalada no mesmo prédio da Embaixada brasileira na Nova Zelândia há 12.000 mil quilômetros do Brasil.
Com menos de dois meses de sua criação a empresa abriu uma filial em São Paulo e quinze dias depois comprou um terreno de 220 mil m² em Cajamar, a 45 quilômetros de São Paulo. Em 25 de maio, ou seja, menos de seis meses de sua criação e há apenas dois meses no Brasil já vendeu o terreno para a Postalis – Fundo de Pensão dos empregados dos Correios. A transação saiu por R$ 194 milhões.
No ano de 2013 a Postalis apresentou um rombo financeiro de R$ 1 bilhão nas economias dos carteiros, resultado de investimentos furados e sob investigação em instituições financeiras que foram à lona, como os bancos BVA, Cruzeiro do Sul e Oboé. Quem decidia suas aplicações, pasmem, eram diretores indicados pelo PMDB. Sob o comando de um presidente petista desde 2012.
Voltando ao terreno, a Postalis deu uma ajuda aos Correios que precisava de um terreno em Cajamar para erguer seu novo centro de logística, mas seu caixa não comportava a aventura. Vejam que lindo e meigo é essa parte que segue agora: O então Deputado Federal João Paulo Cunha, atualmente preso na Papuda pelo escândalo do Mensalão, conversou com o presidente do Postalis e intermediou a compra. 
Também participou do negócio um famoso empresário dono de empresas de rádio e empreendimentos imobiliários. O Postalis topou comprar o imóvel e aluga-lo aos Correios durante dez anos, por R$ 210 milhões. Mas se deu mal, o local que deveria estar pronto, só deverá começar a funcionar em 2015. Até lá a Postalis não receberá um centavo dos Correios.
Não foi a primeira vez que a Postalis se aventurou em negócios imobiliários duvidosos. Em 2012 já havia comprado um terreno de 73.000 m² por R$ 123 milhões. Seria para construção do Centro de Cartas e Encomendas de Brasília, mas o mato cresce no local dois anos depois da compra.
Se uma auditoria fosse possível de ser realizada em todas as empresas estatais, fundações, autarquias e demais segmentos diretos e indiretos que recebem dinheiro público simultaneamente o resultado seria trilionário em termos de desperdícios, mau uso, desvios e corrupção. Motivo pelo qual, de vez em quando ficamos sabendo de um caso aqui outro acolá. Talvez para nos poupar de um trauma ainda maior.
Coincidentemente tanto a Petrobrás como os Correios gastaram milhões em publicidade nos últimos anos. Depois da propaganda enganosa vem a dura e cruel realidade. Que Deus tenha piedade dos empregados quando estes se aposentarem e mais precisarem dos recursos poupados como previdência privada para auxilio a miséria que receberam do INSS.

12 de novembro de 2014

Criminosos do mundo sejam bem vindos ao Brasil!

Os que repudiam a violência podem repudiar,
pois outros praticam violência em nome deles.

George Orwell

       No Brasil não temos tempo para pensar que já vimos tudo, pois na sequência assistimos algo ainda pior ao fato anterior que pode ter lhe indignado profundamente. Temos leis em excesso, na mesma medida em que elas são excessivamente brandas e beneficiam muito mais do que penalizam os criminosos comuns ou do colarinho branco.
Nos acostumamos a ouvir que o Brasil é o paraíso da criminalidade, da impunidade e da desfaçatez humana. Não é para menos, sempre temos histórias reais que nos chocam, levando-nos a pensar em sair deste país, ou fazer como a imensa maioria: resignar-se.
A bola da vez é um sujeito do outro lado do mundo, na Oceania, mais precisamente na pacata Nova Zelândia, que abusou sexualmente de um menino de sete anos de idade e em seguida matou o pai do garoto com requintes de crueldade.
Ele é preso, julgado, condenado à prisão perpétua em seu país. Seu nome é Philip John Smith, 40 anos e o assassinato aconteceu em 1.995. Assim como no Brasil, as autoridades penitenciárias da Nova Zelândia permitiram um mini indulto ao facínora. A permissão seria de três dias para supostamente visitar familiares, mas o assassino aproveitou a deixa e com ajuda prévia externa conseguiu embarcar para Santiago do Chile e rumar em seguida para o Paraíso da Impunidade das terras brasileiras.
Entrou em nosso país pelo Aeroporto Internacional de “segurança máxima” Cumbica, onde ficou três horas antes de rumar para o Rio de Janeiro, podendo estar acomodado numa das muitas comunidades repletas de traficantes, bandidos e marginais de toda espécie.
A Interpol pediu colaboração da nossa Polícia Federal que está procurando o assassino, pedófilo e monstro neozelandês, enquanto a Nova Zelândia já começa a ficar preocupada com a escolha do seu criminoso. Por quê? Eles já sabem que não temos tratado de extradição com seu país. E o pior, segundo as nossas “rigorosas” leis, caso ele seja preso e deportado, só poderá cumprir a pena máxima brasileira no seu país de origem.
Ao invés de cumprir a merecida pena de prisão perpétua, o canalha teria de cumprir em tese o que lhe faltar para completar 30 anos de prisão. Se ele já cumpriu 8 anos por exemplo, teria de cumprir 22 aninhos e estaria solto graças a combinação bombástica da legislação dos dois países a saber:
A Nova Zelândia por permitir que alguém que cumpre prisão perpétua possa sair para visitar parentes. E o Brasil por obrigar o país de origem a usar a excrescência de nossa lei penal a ser cumprida por um deportado.
Não é à toa que o italiano Cesar Battisti, este neozelandês e tantos outros assassinos, terroristas e facínoras amam o Brasil. Para onde Ronald Biggs fugiu após o roubo do século na Inglaterra? Aqui é o melhor lugar do mundo para criminosos. Nossa Justiça dá guarida, ajuda e beneficia a todos com leis brandas, omissão, lentidão processual e muitas benesses.

Exemplo de uma sociedade doente!

Não odeies o teu inimigo, porque, se o fazes,
 és de algum modo o seu escravo.

O teu ódio nunca será melhor do que a tua paz.
Jorge Luis Borges


Após uma eleição marcada pela discriminação, pelo ódio, pelas mentiras e a profusão de acusações nem sempre verdadeiras de lado a lado, alguém da sociedade mostra seu lado mais perverso, cruel e ignóbil que se poderia ver através das imagens que não deixam dúvida alguma de que alguns membros da nossa classe média alta precisam de tratamento psicológico urgente.
Uma câmera de segurança previamente instalada e de conhecimento de todos no condomínio localizado na Zona Norte paulistana, filmou uma sequência absurda, medieval e indescritível de uma violência sem igual de uma mulher contra um menino portador de necessidades especiais.
O garoto de apenas nove anos de idade que havia acabado de chegar da escola nada fez que justificasse a selvageria da inculta, rude e intratável mulher que o agrediu como se estivesse numa arena medieval. Sem contar que ela cometeu o ato de agressão na frente de sua filha, qual o exemplo ela espera ter deixado para sua menina?
Por mais que possamos procurar, nada do que a ignóbil possa alegar é justificável diante das imagens de sua agressão gratuita e covarde. Fossem nossas leis rigorosas e ela não poderia sequer sair da cadeia sem pagar fiança elevadíssima.
Ela deveria aguardar na prisão feito um animal peçonhento até que um juiz se digna-se a ouvi-la e julgá-la. Ao contrário, a tresloucada já prestou depoimento a delegacia e saiu assim como chegou, em total liberdade.
Vai continuar sua vidinha tosca, quem sabe agredindo mais um jovem, um zelador ou quem sabe um vizinho e a vida seguirá com sua imensa mediocridade a acompanha-la sem que haja justiça, seriedade e as pessoas possam estar em segurança dentro de seus imóveis ou no acesso a eles, como no elevador por exemplo.
No máximo essa criatura vai responder por lesão corporal, agressão, etc. Processada? Não creio. Esse é o grande incentivo que pessoas selvagens nos elevadores, nos condomínios, no trânsito em especial recebem da justiça do país em que vivemos. Benefícios, lentidão da justiça, emaranhado processual burocrático e confuso para que as coisas continuem como estão no Império da Criminalidade.
Não há perspectivas de melhoras num país, quando sabemos que professores são agredidos em salas de aula. Jovens matam dentro das escolas por conta de namorados (as) e pessoas desqualificadas como essa senhora agridem crianças indefesas, mesmo sabendo que estão sob as imagens de uma câmera de vídeo num elevador em seu próprio condomínio residencial.
Colocá-la numa cela é um castigo para os que com ela teriam de conviver, pois pessoas assim precisariam ficar isoladas no meio da selva, voltando às suas origens selvagens, grosseiras e primitivas. Vejam as cenas gravadas no elevador no link abaixo:

7 de novembro de 2014

Entrevista concedida pelo autor para o Portal do Escritor

Entrevista com Rafael Moia Filho - Autor de: O HUMOR NO TRABALHO


Rafael Moia Filho

O autor trabalhou na Cesp em São Paulo, prestou serviço à Fundação CESP entre 1977 e 1995. Em 1996, fixou residência em Bauru, SP, por onde se aposentou em 2011, depois de 38 anos de atividade.
Este trabalho é fruto da sua observação e de muitos colegas que com ela colaboraram, era aguardado ansiosamente por aqueles que participaram dessa época profissional citada neste livro. O Humor no Trabalho retrata um período de prosperidade, crescimento profissional, onde o humor convivia diariamente com todos os aspectos da administração moderna e das normas vigentes.
O autor lançou em 2012 sua primeira obra O Tempo na Varanda. Há tempos escreve semanalmente para dois sites, é colaborador do Jornal da Cidade de Bauru e Vice-Presidente da ONG Batra - Bauru Transparente, entidade que combate a corrupção e trabalha com projetos de cidadania.

Conheça mais sobre o Rafael acessando seu Blog, falandoummonte.blogspot.com.br ou pelo twitter @rafamfilho

O Humor no Trabalho

Ao longo dos últimos anos sempre relutei em começar a escrever um pedaço importante de minha trajetória profissional em uma grande empresa. Entretanto incentivado pelos amigos que vivenciaram boa parte das estórias que contarei a seguir, e também pela crença de que o humor no trabalho é algo que me faz acreditar numa relação direta com a produtividade e o crescimento profissional e pessoal, tanto dos indivíduos como das organizações, resolvi tornar público alguns desses momentos de muito bom humor e descontração.
São momentos mágicos aliados a uma fase muito interessante do desenvolvimento da própria empresa, que começou com vinte e poucos empregados em 1969 e que em 1.994 possuía aproximadamente 1.300 profissionais em seu quadro de pessoal, na maioria jovens talentos promissores admitidos no mercado de trabalho paulista.
As estórias são engraçadas, mas muitas vezes difíceis de acreditar que tenham ocorrido numa empresa minimamente séria. Mas ocorreram e foram testemunhadas por muitos empregados, que por seu quadro de pessoal passaram ao longo de pelo menos dezoito anos.
O humor não tem sexo, religião, nem cor e pode ser praticado de forma democrática desde o Office Boy até o Presidente sem quaisquer problemas de ordem hierárquica. Na verdade essas brincadeiras jamais prejudicaram a realização de quaisquer tarefas ou impediram o crescimento acelerado da empresa nos dezoito anos em que por lá estivemos. 
Boa leitura e bom humor em sua vida, seja no trabalho ou em qualquer outra atividade que esteja desempenhando.
Olá Rafael.  É um prazer contar com a sua participação no Blog Divulgando Livros e Autores da Scortecci do Portal do Escritor.

Do que trata o seu Livro? Como surgiu a ideia de escrevê-lo e qual o público que se destina sua obra?
O livro procura relatar histórias de humor acontecidas num determinado período profissional do autor. Elas mostram que o humor é essencial para o crescimento profissional e o alto desempenho das pessoas e da empresa quando bem canalizados.

Fale de você e de seus projetos no mundo das letras. É o primeiro livro de muitos ou apenas o sonho realizado de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um Livro?
O Humor no trabalho é meu segundo trabalho literário, o primeiro foi O tempo na varanda, uma coletânea de poesias. Com isso completei o caminho de plantar árvores, ter filhos e escrever livros. Espero continuar trilhando esse caminho literário com mais trabalhos e se possível na Editora Scortecci.

O que você acha da vida de escritor em um Brasil com poucos leitores e onde a leitura é pouco valorizada?
Um verdadeiro sacerdócio, custa caro editar um livro, muito difícil tê-lo nas bancas das grandes livrarias, difícil negociar e vender literatura no país. Espero que isso mude com o passar do tempo.

Como você ficou sabendo e chegou até a Scortecci Editora?
Procurei pela internet após ouvir relatos de amigos que me falaram super bem da Editora.

O seu livro merece ser lido? Por quê? Alguma mensagem especial para seus leitores?
Num mundo tão estressante em que vivemos nunca é demais rir, ler e relaxar com histórias engraçadas da vida cotidiana de um grupo de amigos que levavam a sérios suas profissões, porém, aprontavam situações engraçadas que marcaram uma época em nossas vidas.

Obrigado pela sua participação.


6 de novembro de 2014

Um exemplo prático de um cidadão que deve ser seguido!

“Política é a arte de conciliar os interesses próprios,
fingindo conciliar o dos outros”. Menotti Del Picchia


Um caso isolado na cidade serrana de Botucatu – SP me chamou a atenção nesta semana. Um aluno da FMR - Faculdade Marechal Rondon naquela cidade usando dos mecanismos existentes à disposição da sociedade brasileira, normalmente ignorados, enviou ao MP – Ministério Público uma representação questionando a existência de oito cargos comissionados na Prefeitura que estariam em desacordo com a lei.
O MP no começo se ateve aos oito casos que eram referentes aos cargos de comissão da Assessoria Jurídica da Prefeitura, porém, ao investigar de forma mais ampla percebeu que haviam mais irregularidades em outros setores do poder executivo de Botucatu.
Os cargos estavam em desconformidade com a Lei Complementar criada em 13/12/11, naquela cidade, para a criação de cargos de provimento em comissão sem descrição adequada das respectivas atribuições. E que, não correspondiam as funções de direção, chefia e assessoria em sentido escrito.
Todos estes cargos deveriam ser preenchidos através de concursos públicos. O que gera um enorme desconforto aos Prefeitos e Vereadores do Brasil. Motivo, os prefeitos não querem contratar profissionais fixos para executar o trabalho e os Edis odeiam isso por que o concursado “tira” a vaga de um possível apaniguado, apadrinhado ou famoso “Q.I” que significa no jargão popular “Quem Indicou”.
Os cargos criados em Botucatu são de funções técnicas, burocráticas, operacionais e por isso estão fora do que rege à lei para os casos de comissionamento. Nestas situações, deveriam ser ocupados por funcionários de carreira ou contratados mediante concurso público.
Se todos agissem como o jovem estudante de direito Fabiano Roque, com certeza os prefeitos das demais cidades do nosso país estariam mais atentos ao cumprimento estrito das leis. A ação do jovem botucatuense mostra a todos que o processo de participação democrática não se encerra com o ato de votar nas urnas, mas sim, com a participação efetiva de fiscalização constante dos eleitos durante seus mandatos de quatro anos.
Leis existem, mecanismos diversos para fiscalização, cobrança e ação judicial também estão à disposição dos brasileiros, basta estar interessado, ter coragem e ser cidadão na acepção da palavra. Os políticos eleitos são servidores públicos afetos as leis e regras tais quais os demais servidores dos municípios, estados e do governo federal. São eles que nos devem satisfação e não o contrário, portanto, sigamos o exemplo do Fabiano e comecemos a cobrar e incomodar os que estiverem agindo em dissonância com as leis no país.

A vitória na democracia dos ausentes!

Há muitos caminhos para chegar ao mesmo lugar.
Velho ditado Apache

Ao final do segundo turno para as eleições presidenciais no Brasil os dois lados e seus milhões de eleitores começaram uma discussão ferrenha buscando saber quem foram os responsáveis ou “culpados” pela derrota de um e a vitória do outro.
Difícil definir de forma exata e matemática o porquê das duas coisas. A vitória e a derrota numa eleição em segundo turno é normalmente difícil de ter explicações resolutas, definitivas acima da emoção e do calor da forte disputa ocorrida durante meses.
O que muito não analisam e muitas vezes nem prestam a devida atenção é que votar é um direito universal que conseguimos em sua plenitude depois de milhares de anos em que a humanidade evoluiu lentamente desde os tempos matriarcais até o século XXI.
No princípio da democracia mesmo no Brasil poucos tinham a oportunidade votar e eleger seus representantes. Foi assim no começo da Proclamação de República, quando as mulheres, analfabetos, escravos ou homens recém libertados da escravidão não podiam exercer este direito sagrado de votar.
Hoje no Brasil podemos votar livremente e somos milhões com este direito garantido em nossa Constituição Federal, em acordos e tratados internacionais assinados pelo Brasil e mesmo assim muito abrem mão deste direito e da participação na festa da democracia nacional.
O Brasil possuía no momento das eleições 149.962.964 eleitores aptos a exercer sua cidadania votando na eleição de 2014. Porém tivemos apenas 105.542.273 votos válidos, ou seja, 37.279.085 eleitores se “ausentaram” da eleição através da abstenção ao voto, votando nulo ou branco.
Esse exército de pessoas maior que a população do Canadá por exemplo, poderia e com certeza faria a diferença no resultado final do pleito ora encerrado. Afinal de contas a diferença entre os dois candidatos ao final do segundo turno foi de 3.459.963 votos. Tanto a vencedora poderia ter uma margem ainda maior como o perdedor poderia ter ganho a eleição caso tanta gente não se ausentasse da eleição.
É normal que haja em toda eleição um total de 10% a 15% de abstenções, mas no segundo turno tivemos 21,10% no Brasil. Os eleitores que votaram nulo e branco somaram 7.141.606. Superando também a diferença entre os dois candidatos ao final da eleição.
Essa ausência pode e com certeza tem várias explicações, mas nenhuma delas consegue justificar esse ato abominável do brasileiro de dar um jeitinho em tudo e depois ficar reclamando dos demais. Esse exército de cidadãos de segunda classe normalmente deveriam pagar impostos, enfrentar as mesmas dificuldades que todos enfrentamos em nosso país, então porque o ato covarde de não exercer seus direitos quando mais se precisam deles.
Como bem definiu o Professor de Filosofia Silvio M. Maximino em texto publicado no Jornal da Cidade: “A qualidade dos eleitos só irá melhorar se a cultura mudar. Não é preciso que todos mudem. Basta que uma massa crítica seja atingida. Alguns nos dirão: mas o poder econômico nos esmaga e manipula o sistema, seja ele qual for. Parece uma luta injusta: um Davi contra um Golias... mas Davi venceu por fim, mesmo sendo menor e fisicamente mais fraco”.
As mudanças têm de acontecer e elas envolvem o sistema eleitoral, passando por uma ampla reforma política aonde o eleitor possa vir a discutir previamente com os candidatos as propostas a serem levadas para a campanha. Mas uma coisa precisa mudar com urgência: O cidadão brasileiro precisa levar a sério o ato de votar e de sua participação em todo processo político do país, sem o qual fica impossível atingirmos um patamar acima como Nação livre e democrática.
Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger e Gestor Público.

Com quem você pensa que está falando?

“A coragem é a primeira das qualidades
humanas porque garante todas às outras”.


Correu as páginas das redes sociais e da mídia mundial o ato de coragem de uma servidora pública do RJ e a estranha decisão da justiça com relação ao processo movido contra agente por alguém que se acha Deus, ou tem certeza. Segundo a decisão do 18º JEC – Juizado Especial Criminal do RJ a agente foi condenada a pagar uma indenização de R$ 5 mil reais por suposto abuso de poder ao juiz.
Tudo começou quando a agente estava trabalhando numa blitz da Operação Lei Seca quando abordou o veículo do juiz que se negou a fazer o exame do bafômetro, estava sem a sua CNH, com seu veículo sem placas e sem a documentação do mesmo. O veículo foi guinchado ao pátio da Polícia de Trânsito.
Enquanto isso o magistrado que estava completamente errado e deveria dar o exemplo na situação, preferiu acusar a agente de “abuso de poder” e zombaria. Tudo isso porque num determinado momento ela disse ao magistrado: “O Senhor é juiz, não Deus” então não pode tudo.
Esses casos ainda ocorrem com uma certa frequência em blitz pelo país adentro, onde políticos, empresários e até membros do poder judiciário tentam a famosa “carteirada” ou ainda usam a velha frase “Você sabe com quem está falando”?
Com certeza a agente sabia com quem estava falando – Um sujeito normal, sem razão alguma, que precisa saber mais do que ninguém que não se pode dirigir após ingerir bebidas alcoólicas e sem a sua carteira nacional de habilitação e a documentação do veículo.
A única saída para o infrator de toga seria tentar pressionar e se não conseguisse êxito tentar lavar a alma ferida na própria casa (Judiciário) onde teria vantagem no jogo, visto que, aquele que fosse julgar o caso estaria de cara intimidado com uma das partes do processo.
O 18.º JEC da cidade do Rio de Janeiro perdeu uma raríssima oportunidade de colocar este cidadão infrator, arrogante e que se acha dono do poder no seu pequeno ou mesmo minúsculo lugar. Pena, pois a agente ganhou notoriedade e respeito pela sua conduta e ética, não aceitando a insubordinação e a prerrogativa do cargo para julgar o fato na hora em que executava um trabalho de suma importância nas nossas ruas repletas de bêbados infelizes que matam inocentes aos milhares anualmente.
Nas redes sociais uma corrente de brasileiros solidários arrecadou mais de R$ 12 mil reais para a servidora cumpridora dos seus deveres poder pagar à custa do processo movido pelo “Zé da Carteira”.