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7 de janeiro de 2015

Educação não é só uma questão de recursos!

"Você é livre para fazer suas escolhas,
mas é prisioneiro das consequências.”. 

Em seu discurso de posse a reeleita Presidente Dilma Rousseff elegeu a Educação como grande carro chefe de sua segunda administração federal. Usando o bordão “Brasil, pátria educadora”.
A nossa expectativa é que não ocorra o mesmo que aconteceu com os bordões anteriores das gestões petistas. Ou seja, foram transformados em peças publicitárias que acompanharam por quatro anos as respectivas gestões sem serem realizadas na prática.
Ao se referir à educação como principal prioridade do próximo governo – ela tirou a pasta do PT e escolheu para ministro o ex-governador do Ceará Cid Gomes (PROS). Dilma afirmou que o setor começará a receber volumes "mais expressivos" de recursos oriundos dos royalties do petróleo e do fundo social da exploração da camada pré-sal.
Afirmou também "Ao bradarmos "Brasil, pátria educadora", estamos dizendo que a educação será a prioridade das prioridades, mas também que devemos buscar, em todas as ações do governo, um sentido formador, uma prática cidadã, um compromisso de ética e sentimento republicano".
Em primeiro lugar meu pessimismo se baseia na infeliz escolha do Ministro da Educação. O ministro Cid Gomes não pode ser o líder de um processo de reformulação numa pasta que até outro dia era por ele mesmo relegada a terceiro plano quando governador do Ceará. 
Além do mais, o Brasil já investe muito dinheiro na Educação, compatível com grandes países em desenvolvimento e nações do primeiro mundo. Nosso real problema está dentro das salas de aula. Como aplicar os recursos de forma a transformar nossa educação em algo de qualidade compatível com os investimentos é o grande segredo. 
Entretanto, todos sabemos que no Brasil recursos são sempre vilipendiados e desviados para outras finalidades e pessoas, sendo assim, mesmo que o improvável aconteça, e o Ministro Cid Gomes faça uma grande gestão, caberá a ele além de implantá-la, fiscalizá-la de forma ferrenha, coisa que passa de factível para uma enorme ficção científica.
Acreditar que Cid Gomes fique até o final dos quatro anos é uma aposta de alto risco. Agora, acreditar que ele ficará e ainda por cima tratará a educação e toda estrutura que a compõe com respeito, dignidade e a atenção que merece é uma aposta perdida.
O Brasil tem tantos problemas na área da Educação que não seria possível resolve-los em quatro anos, mesmo que toda estrutura do ministério, das secretárias, das autarquias e fundações trabalhassem 24 horas por dia. Porém, seria um excelente começo se as promessas saíssem do papel e o trabalho ao menos começasse a ser realizado.
Fazer uma Copa do Mundo é fácil, basta erguer estádios e firmar alguns compromissos. Transformar a Educação do Brasil tirando-a dos patamares ridículos em que se encontra para equipará-la com países como o Chile, China e Finlândia é algo que está anos luz desta gente que nos governa. Falta capacidade, inteligência e vontade política.
Portanto, Dilma criou um belo slogan, nada mais. Assim como: “Um país de todos”, “Brasil – País rico é país sem pobreza” esse “Brasil, pátria educadora” será mais uma peça publicitária usada em revistas, jornais, outdoors, mas não será uma feliz realidade para nossa infelicidade nos próximos quatro anos.

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