“Há os que lutam uma vez e são importantes.
Os que lutam muitas vezes e são fundamentais.
E há os que lutam sempre, esses são
imprescindíveis”.
Brecht
As eleições presidenciais ocorreram em
outubro e novembro de 2014 em primeiro e segundo turno. A partir da declaração
da vitória da candidata do PT Dilma Rousseff, começou e ainda não terminou em
maio de 2015 o terceiro turno daquelas eleições.
A oposição capitaneada subliminarmente
pelo candidato derrotado do PSDB Aécio Neves luta nos bastidores para inflar os
demais partidos alijados do poder e tentar buscar uma alternativa que retire do
poder o PT.
Mesmo sendo sabedores que qualquer
manobra legal que impeça Dilma de continuar no poder não provocará novas
eleições, mas sim, levará ao poder o nefasto PMDB de Michel Temer eles
persistem no caminho da busca por revanche.
Por sua vez, Dilma não conseguiu
governar em 2015, escolheu de forma amadora seu ministério, tropeçou na adoção
do que chama de ajuste fiscal e o pior, não consegue dominar o Congresso
Nacional liderado pelo PMDB de Eduardo Cunha.
Com isso, como sempre quem paga a
conta é o conjunto da sociedade brasileira. Aumento de impostos, juros obscenos
na estratosfera tanto para os cheques especiais como para os cartões de crédito
e uma inflação que volta a subir e afetar a mesa do consumidor.
Os primeiros sinais começam a ser
demonstrados no fraco desempenho do setor automobilístico e na redução dos
gastos com diversão, alimentação e vestuário por conta da retração financeira e
da alta dos preços em geral.
Para complicar a Câmara dos Deputados
liderada por Eduardo Cunha impõe votações que desagradam tanto o governo como
muitos setores da sociedade. Está na pauta Redução de Maioridade Penal,
Terceirização, Minirreforma política entre outros que deveriam passar por ampla
discussão no país, mas que estão sendo votados a fórceps.
Em meio a toda esta situação ainda
temos o cenário da corrupção que atinge seu ápice com as denúncias cada vez
mais estarrecedoras do envolvimento de vários setores empresariais e políticos
nas Operações Lava a Jato e HSBC. Um processo que está na esfera judicial e com
vários donos de empreiteiras presos desde Jan/15.
Como então este país anda? Como que o
PIB pode ser positivo? Como que a indústria e o comércio podem prosperar neste
ambiente dúbio, inseguro e catastrófico da política brasileira? Como sempre foi e será, por osmose,
caminhando para frente mesmo que timidamente sem parar, a passos leves, mas não
deixando de seguir em frente.
A maioria dos países de primeiro mundo
teria entrado em colapso, mas o Brasil, não, desde sua descoberta pelos
saqueadores travestidos de colonizadores, nossa gente se acostumou a viver
desta forma, em meio à turbulência provocada pela péssima condução política e
administrativa do gigante que nunca acordou.
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