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3 de novembro de 2015

Mania de governantes de alterar sem ouvir os interessados!

A vaidade é o caminho mais curto para o paraíso
da satisfação, porém ela é, ao mesmo tempo,
o solo onde a burrice melhor se desenvolve.
Augusto Cury

Os nossos governantes raramente fazem aquilo que prometem em suas campanhas eleitorais milionárias. Às vezes sequer fazem o que são obrigados por leis. São prazos não cumpridos, obras paradas como verdadeiros elefantes brancos como se fossem Estátuas do Desperdício do dinheiro público no país.
Outros resolvem mexer aonde a população não pediu, gerando confusões, insatisfação e muitas reclamações da mesma sociedade que muitas vezes ajudou a eleger aquele político.
Assim é o caso do Estado de SP, governado há 21 anos pelo mesmo partido, onde o atual governador já esteve neste período por onze anos a frente do Palácio dos Bandeirantes ocupando o cargo de governador, fora outros seis anos como vice-governador. Totalizando, portanto dezessete anos de poder no Estado de SP.
O governador resolveu fazer uma reforma na Educação, porém, não aquela que todos gostaríamos que acontecesse em nosso país. Uma reforma estrutural com respeito ao professor e a toda a estrutura que envolve a educação em cada escola paulista.
Ao contrário, o governador resolveu reorganizar as escolas por ciclo único (Fundamental I, II e Ensino Médio) em unidades separadas. Isso causou uma enorme confusão antes mesmo de sua aplicação, revoltando alunos, pais e professores.
Imaginem que os alunos das escolas públicas que não são ricos, e, que moram em bairros distantes sem transporte público a disposição. Seus pais têm dois ou três filhos em idade escolar e neste caso terão de levar filhos ou gastar com tarifas de ônibus, trens ou metrô para deslocar cada filho para uma escola diferente em locais muitas vezes distantes.
Com a mudança o governador e sua equipe da Secretaria de Educação mais uma vez tentam enganar a sociedade, alegando que a alteração tem como objetivo reestruturação, quando na verdade planejam fechar escolas em todo Estado de São Paulo.
Tanto que a Secretaria de Educação diz que “alguns estabelecimentos de ensino poderão ser disponibilizados para outras finalidades educacionais”. Alckmin esqueceu apenas de um pequeno detalhe antes de soltar a bomba nas salas de aula, conversar, dialogar, ouvir e depois planejar com calma aquilo que fosse o melhor para a sociedade paulista.
Mexer em escolas não é como alterar o fluxo viário de ruas e avenidas da cidade, não se trata de decisão fácil, sem que seja planejada por muito tempo e com razões claras e objetivas plenamente divulgadas e discutidas com todos os envolvidos.
Os alunos estão nervosos e já começam a participar de algumas manifestações no interior e na capital do Estado. Os professores terão suas rotinas alteradas e também vão sofrer com o custo do deslocamento para mais de uma escola por dia para poder cumprir sua extensiva e desgastante carga horária.
Os pais que elegem, pagam impostos e sustentam o governo estão revoltados e sem saber para onde seus filhos serão transferidos e por quê. Ninguém lhes procurou, ninguém os ouviu, são tratados com descaso monumental.
A APEOESP – Sindicato dos professores em SP foi informada pelos professores que 155 escolas receberam avisos que podem fechar em 2016. O governo Alckmin nega, dizendo que se trata de boatos e que nenhuma escola será fechada em 2016.
Não acredito neste governador nem no seu governo, portanto, aguardarei o começo de 2016 e voltarei a escrever caso eles mais uma vez estejam mentindo para a sociedade. Aliás, não acredito em nenhum governante deste país.

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