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30 de junho de 2016

Conquistas da Engenharia bem distantes do Brasil!

A Revista “IstoÉ” número 2.426 trouxe uma matéria que nos permite comparar os governantes brasileiros com os dos países desenvolvidos, pois estes administram os recursos públicos prezando a relevância da obra, a tecnologia empregada e a execução rigorosa de orçamento.
As maiores autoridades de Suíça, Alemanha, Itália e França foram, então, à inauguração do túnel de São Gotardo, entre as cidades Erstfeld e Bodio, na região dos Alpes, porque ele contribuirá para a melhoria na ligação longitudinal do continente, beneficiando 20 milhões de europeus. Os suíços usaram modernas técnicas para viabilizar a ferrovia dentro de uma montanha, ao longo de 57,1 km, com reduzido impacto ambiental. As locomotivas de passageiros alcançarão velocidade de 250 km/h, e as de carga, 160 km/h. Houve magnífico cumprimento do orçamento e do cronograma, definidos 17 anos antes, respeitando os contribuintes, que terão retorno satisfatório aos tributos recolhidos, pois viajarão com mais conforto e serão aquinhoados com os avanços na economia.
Não temos a mesma experiência. O Brasil está saturado por obras inacabadas, sonhos não realizados, infraestrutura de péssima qualidade e escândalos sem fim quanto ao destino criminoso dado às polpudas verbas alocadas para projetos comprometidos com interesses paroquiais dos parlamentares. Soubemos, nos últimos tempos, como os políticos aliam-se às empreiteiras para saquear os cofres públicos e garantir para si a melhor porção do orçamento, entregando péssimas obras que não duram uma chuva e, às vezes, desabam antes da inauguração.
A história das ferrovias brasileiras é tragicômica porque o fracasso dos projetos é constante, embora elas sejam a melhor opção para a mobilidade neste país de dimensão continental.
Em 1858, dom Pedro II inaugurou um trecho de 48,21 km a partir do município da Corte, esperando que houvesse, em poucos anos, integração nacional com ferrovias em diferentes sentidos. O imperador teve oportunidade de ver o início das obras da Central do Brasil, cuja proposta inicial era ligar o Rio de Janeiro a Belém do Pará, mas ela terminou em Pirapora (MG), em 1910, e não se falou mais nisso.
A ferrovia Norte-Sul foi um projeto lendário que iria ligar a Amazônia ao porto gaúcho do Rio Grande. Está inacabada, sem previsão de recomeço, mesmo para a obtenção da insignificante velocidade das locomotivas em 83 km/h.
A ferrovia do Aço foi um fracasso retumbante porque nunca efetivou a ligação entre Belo Horizonte e São Paulo, apesar do gasto de rios de dinheiro. O argumento principal eram as dificuldades impostas pelo relevo, mas ele é muito maior nos Alpes da Europa.
A ferrovia Transnordestina seria inaugurada em 2010, mas as bandalheiras foram tantas que apenas 56% das obras estão prontas, e o TCU proibiu, recentemente, mais repasses de recursos públicos até que se esclareça o que consumiu quase todo o orçamento com resultado inexpressivo. Aumenta, assim, o fosso entre o Brasil e o mundo moderno.

Texto de Gilda de Castro
Fonte: Jornal O TEMPO

19 de junho de 2016

Nos embalos dos golpes no RJ!

A democracia... É uma constituição agradável,
anárquica e variada, distribuidora de igualdade
indiferentemente a iguais e a desiguais”.

Jamais vou esquecer o dia em que Cesar Maia, Prefeito do Rio de Janeiro, tripudiou sobre a cidade de São Paulo após a escolha da cidade maravilhosa como sede dos jogos Pan-Americanos de 2007. Disse entre outras coisas que beleza era fundamental. Discordo, penso que para receber um evento dessa magnitude seja essencial ter planejamento, capacidade de execução e honestidade, quesitos mais importantes do que beleza externa.
O que estamos assistindo no Rio de Janeiro desde o fim dos Jogos Pan-Americanos e a sua escolha como sede das Olimpíadas/2016, nada mais é do que a confirmação da incapacidade de gestão pública do Governo do Estado e da Prefeitura, aliados a ausência completa de princípios corretos de administração da coisa pública.
A arrogância de César Maia e Eduardo Paes, aliado à ignorância de Pezão e Sérgio Cabral, deixou o RJ às cegas no que tange ao cumprimento orçamentário e a execução de tantas obras necessárias para receber três eventos grandiosos em tão curto espaço de tempo.
A saúde pública, o saneamento básico e a segurança são grandes vitimas do descaso e da incapacidade administrativa desses gestores incapazes, eleitos pelo povo carioca para governá-los. Claro que, os efeitos mais contundentes serão sentidos apenas pela classe média e os mais desfavorecidos.
Esses políticos não pensaram por um minuto sequer nas consequências dessas aventuras nababescas em que colocaram o Rio de Janeiro e seu povo. Por certo, acharam que nada aconteceria antes deles sumirem do cenário político. Os efeitos colaterais já começaram a serem sentidos de forma severa. Com certeza vão piorar a cada mês, mesmo com os jogos Olímpicos ainda por começarem.
O ato de decretar “Estado de Calamidade Pública” às vésperas das Olimpíadas além de ser um tremando vexame, é um golpe para angariar recursos burlando a Lei de Responsabilidade Fiscal que veta repasses do Tesouro Nacional a Estados inadimplentes. LEI COMPLEMENTAR Nº 101, DE 4 DE MAIO DE 2000.
Embora haja discordância quanto a essa estratégia dos governantes cariocas, visto não ter havido nenhuma tragédia natural, apenas uma escolha errada de administradores públicos para gerir o governo municipal e estadual do RJ.
Os políticos cariocas alegam que as arrecadações caíram, porém, omitem da sociedade que somente com desonerações fiscais deixaram de arrecadar entre 2007 e 2015 algo próximo de R$ 185 bilhões. Recursos mais do que suficientes para não precisar aplicar golpes no erário.
Por esses motivos que nas cidades do chamado primeiro mundo ninguém se aventura a ser candidato à sede de quaisquer eventos sem que haja antes um plebiscito onde o povo possa referendar ou não aquela ideia.
Aqui, ao contrário, lançam a candidatura, discutem o que é superficial e começam a esfregar as mãos imaginando o que vão ganhar de propinas e quanto será destinado as suas contas no exterior.
O legado que os eventos vão deixar são justamente esses, dívidas quase impagáveis, obras superfaturadas, orçamentos mal realizados, prejuízos à União e ao próprio Estado, sem contar o sofrimento da população que não terá os valores correspondentes nos investimentos em Hospitais, Escolas, Saneamento Básico, Habitação e Segurança Pública.
Todos os envolvidos nessa aventura, desde César Maia, Lula, Eduardo Paes, Sérgio Cabral, Carlos Nuzman até Dilma, deveriam ser condenados a devolver aos cofres públicos todos os prejuízos causados por essa aventura sem sentido em nosso país. 
 

17 de junho de 2016

Viver levando vantagem sempre!

Diz uma história que numa cidade apareceu um circo, e que entre seus artistas havia um palhaço com o poder de divertir, sem medida, todas as pessoas da plateia e o riso era tão bom, tão profundo e natural que se tornou terapêutico.
Todos os que padeciam de tristezas agudas ou crônicas eram indicados pelo médico do lugar para que assistissem ao tal artista que possuía o dom de eliminar angústias.
Um dia, porém, um morador desconhecido, tomado de profunda depressão, procurou o doutor. O médico então, sem relutar, indicou o circo como o lugar de cura de todos os males daquela natureza, de abrandamento de todas as dores da alma, de iluminação de todos os cantos escuros do nosso jeito perdido de ser.
O homem nada disse, levantou-se, caminhou em direção à porta, e quando já estava saindo, virou-se, olhou o médico nos olhos, e sentenciou: "não posso procurar o circo... aí está o meu problema: eu sou o palhaço".
Como professor, vejo que, às vezes, sou esse palhaço, alguém que trabalha para construir os outros e não vê resultado muito claro daquilo que faz.
Tenho a impressão de que ensino no vazio (e sei que não estou só nesse sentimento) porque, depois de formados, meus ex-alunos parecem que se acostumam rapidamente com aquele mundo de iniquidades que combatíamos juntos.
Parece que quando meus meninos (as) caem no mercado de trabalho, a única coisa que importa é quanto cada um vai lucrar, não importando quem vai pagar essa conta e nem se alguém vai ser lesado nesse processo. Aprenderam rindo, mas não querem passar o riso à frente e nem se comovem com o choro alheio.
Digo isso, até em tom de desabafo, porque vejo que cada dia mais meus alunos se gabam de desonestidades. Os que passam os outros para trás são heróis e os que protestam são otários, idiotas ou excluídos, é uma total inversão dos valores.
Vejo que alguns professores partilham das mesmas ideias, e as defendem em sala de aula e na sala de professores e se vangloriam disso. Essa ideia vem me assustando cada vez mais, desde que repreendi, numa conversa com alunos, o comportamento do cantor Zeca Pagodinho, no episódio da guerra das cervejas e quase todos disseram que o cantor estava certo, tontos foram os que confiaram nele.
"O importante professor é que o cara embolsou milhões", disse-me um; outro: "daqui a pouco ninguém lembra mais, no Brasil é assim, e ele vai continuar sendo o Zeca, só que um pouco mais rico", todos se entreolharam e riram, só eu, bobo que sou, fiquei sem graça.
O pior é quando a gente se dá conta de que no Brasil é assim mesmo, o que vale é a lei de Gérson: "o importante é levar vantagem em tudo". (Lei de Gérson...dá para rir...)
A pergunta é : Sem trabalho produtivo é possível, usando a lógica, que todo mundo ganhe ? Sem o trabalho honesto, para alguém ganhar é óbvio que alguém deverá perder.
A lógica é guardar o troco a mais recebido no caixa do supermercado; é enrolar a aula fingindo que a matéria está sendo dada; é fingir que a apostila está aberta na matéria dada, mas usá-la como apoio enquanto se joga forca, batalha naval ou jogo da velha; é cortar a fila do cinema ou da entrada do show; é dizer que leu o livro, quando ficou só no resumo ou na conversa com quem leu; é marcar só o gabarito na prova em branco, copiado do vizinho, alegando que fez as contas de cabeça; é comprar na feira uma dúzia de quinze laranjas; é bater num carro parado e sair rápido antes que alguém perceba; é brigar para baixar o preço mínimo das refeições nos restaurantes universitários, para sobrar mais dinheiro para a cerveja da tarde; é arrancar as páginas ou escrever nos livros das bibliotecas públicas; é arrancar placas de trânsito e colocá-las de enfeite no quarto; é trocar o voto por empregos, pares de sapato ou cestas básicas; é fraudar propaganda política mostrando realizações que nunca foram feitas (assim como costuma fazer a dupla sertaneja Lula e Duda).
Essa é a lógica da perpetuação da burrice. Quando um país perde, todo mundo perde. E não adianta pensar que logo bateremos no fundo do poço, porque o poço não tem fundo. Parafraseando Schopenhauer: "Não há nada tão desgraçado na vida da gente que ainda não possa ficar pior".
Se os desonestos brasileiros voassem, nós nunca veríamos o sol. Felizmente há os descontentes, os lutadores, os sonhadores, os que querem manter o sol aceso, brilhando e no alto. A luz é, e sempre foi, a metáfora da inteligência. No entanto, de nada adianta o conhecimento sem o caráter.
Que nas escolas seja tão importante ensinar Literatura, Matemática ou História quanto decência, senso de coletividade, coleguismo e respeito por si e pelos outros.
Acho que o mundo (e, sobretudo, o Brasil) precisa mais de gente honesta do que dos pseudo literatos, historiadores ou matemáticos. Ou o Brasil encontra e defende esses valores e abomina Zecas, Gérsons, Dirceus, Dudas e todos os marqueteiros que chamam desonestidades flagrantes de espertezas técnicas, ou o Brasil passa de país do futuro para país do só furo.
De um Presidente da República espera-se mais do que choro e condecoração a garis honestos, espera-se honestidade em forma de trabalho e transparência.
De professores, espera-se mais que discurso de bons modos, espera-se que mereçam o salário que ganham (pouco ou muito) ministrando a honestidade.
A honestidade não precisa de propaganda, nem de homenagens, precisa de exemplos. Quem plantar joio, jamais colherá trigo. Quando reflexões assim são feitas, cada um de nós se sente o palhaço perdido no palco das ilusões. A gente se sente vendendo o que não pode viver, não porque não mereça, mas porque não há ambiente para isso.
Quando seria de se esperar uma vaia coletiva pelo tombo, pelo golpe dado na decência, na coerência, na credibilidade, no senso de respeito, vemos a população em coro delirante gritando "bis" e, como todos sabem, um bis não se despreza.
Então, uma pirueta, duas piruetas, Bravo! Bravo! E vamos todos rindo e afinando o coro do "se eu livrar a minha cara o resto que se dane".
Enquanto isso, o Brasil de irmã Dulce, de Manuel Bandeira, do Betinho, de Clarice Lispector, de Chiquinha Gonzaga e de muitos outros heróis anônimos que diminuíram a dor desse país com a sua obra, levanta-se, caminha em silêncio até a porta, vira-se e diz:
"Esse é o problema... eu sou o palhaço".

Autor desconhecido

15 de junho de 2016

Promessas vão se acumulando!

A vaidade é o caminho mais curto
para o paraíso da satisfação,
porém ela é, ao mesmo tempo, o solo
onde a burrice melhor se desenvolve.
Augusto Cury

Ao longo dos últimos quinze a vinte anos os moradores de Bauru, no interior de São Paulo, cidade com mais de 400 mil habitantes, convivem com a propagação de inúmeras promessas feitas pelos políticosAs promessas giram em torno de coisas que obviamente interessam a sociedade bauruense como um todo. A concretização dessas promessas entretanto, esbarram na ausência completa de vontade política dos representantes da cidade no Poder Executivo Municipal, Estadual, Judiciário e o Legislativo.
Quando interessa, esses indivíduos divulgam o assunto para aquecer seus interesses eleitoreiros mesquinhos, em seguida o assunto cai no esquecimento e hiberna por muitos meses. Claro que, são obras que dizem respeito diretamente ao povo, pois se fossem coisas importantes para os envolvidos elas já teriam sido entregues há muito tempo. Os sonhos são os seguintes:
è Uma Faculdade de Medicina permeia os sonhos de muitos bauruenses, sejam estudantes, médicos, professores, enfim, uma parte considerável da população poderia ser beneficiada. A cidade já conta com um campus da UNESP e outro da USP, duas das maiores universidades no país.
è Outra promessa tão antiga quanto a anterior é a construção de uma Cidade Judiciária, que pudesse abrigar todos os órgãos, varas da justiça e demais setores da justiça. Hoje, algumas instalações estão em péssimo estado de conservação e não fornecem segurança aos servidores e muito menos a população que as frequentam.
è A cidade não dispõe de um único Ginásio de Esportes com capacidade para eventos com mais de cinco mil pessoas. Sendo assim, deixa de realizar jogos importantes de Vôlei, Basquete e Futsal entre outros. Além de privar a sociedade de receber shows e eventos importantes no cenário cultural do país.
è Um Teatro Moderno, confortável, dotado de tecnologia de ponta para iluminação, som e toda infraestrutura necessária para a realização de grandes espetáculos musicais, peças e shows, visto que o local atual é antigo, pequeno, mal cuidado e sem a mínima condição de receber um bom espetáculo.
è Infraestrutura Viária com a construção de obras que possam fazer interligações entre os diversos pontos da cidade. A cidade cresceu, seu fluxo de trânsito nunca foi planejado fazendo com que o usuário careça de marginais ligando as rodovias que cortam a cidade. Além da modernização das grandes avenidas com melhor sinalização, recapeamento moderno e iluminação que não lembre mais os tempos de lampiões de gás.
Essas coisas simples para muitos moradores de cidades próximas como São José do Rio Preto, Sorocaba, Araraquara, Piracicaba são verdadeiras utopias para os bauruenses. Afinal de contas acima do povo estão os partidos políticos e os políticos que usufruem o poder emanado pelo povo como por exemplo: Prefeitos, Vereadores e Deputados.
Esses representantes da sociedade ao longo do tempo pensam apenas em seus egos, reeleições, negociatas e interesses pessoais, deixando aquilo que verdadeiramente interessa ao povo em terceiro plano. Recursos existem e sempre estiveram nos cofres municipais, estaduais e federal, falta vontade política, desprendimento e respeito à cidade de Bauru.

6 de junho de 2016

O desrespeito para com a sociedade não tem fim!

Ideologias nos separam, sonhos e aflição nos unem.
Eugene Lonesco

O país está em meio a um processo de impeachment que pode ser contestado, porém, a administração Dilma Rousseff foi um caos, tendo como coadjuvante o pior Congresso Nacional de sua história democrática recente.
O interino Michel Temer diz algo pela manhã, desmente à tarde e aprova outra terceira opção à noite. Já trocou dois ministros e vive assustado com a possibilidade de a qualquer instante ouvir outro áudio da Lava Jato que catapulte mais um colaborador.
Vivendo sobre a égide de um rombo anunciado de R$ 170 bilhões de reais, discursando sobre a necessidade de sacrifícios (Como se viver no Brasil já não fosse algo muito parecido com isso), Temer flerta com novo aumento de impostos ou a recriação da nefasta CPMF.
Neste cenário grotesco e sem projetos na área econômica para tirar o país do lamaçal, com 12 milhões de desempregados, assistimos atônitos o governo Temer conceder aumentos variáveis de 16,5% a 41,47% para aproximadamente dezesseis categorias de servidores públicos dos três poderes.
Ao invés de demitir cargos de confiança que chegam próximos a duzentos mil no governo federal, ou congelar aumentos e salários dos mesmos servidores por ao menos um ano, surge um bonde da vergonha permitido pelo mesmo congresso que impedia qualquer ato do governo Dilma.
O orçamento da União terá um impacto até pelo menos 2019 de cerca de R$ 65 bilhões. O gasto público apenas em 2016 será de R$ 8 bilhões para os cofres públicos.
Onde ficam aquelas questões que os mesmos políticos sempre citam em seus discursos evasivos? SUS, Rombo da Previdência, Recursos para Educação e Segurança Pública? Enfim, o Brasil caminha para sua insolvência e quem pagará a conta sempre somos nós, em sua maioria classe média (Empregados com carteira assinada, Aposentados e pequenos e médios comerciantes e profissionais liberais).
O povo brasileiro não percebeu nada, não houve discussões acaloradas na Câmara nem no Senado, não houve debate nem contrapropostas. A imoralidade tramitou em surdina e pegou a todos de surpresa na calada da noite após sua aprovação.
Compare com os salários que vigoram na esfera privada em grandes empresas e veja a diferença de ser próximo ao poder público: Auditor Fiscal passa de R$ 15.700,00 para R$ 21.000,00. Cada ministro do STF passa a receber mensalmente R$ 39.293,00.
Além desse aumento obsceno e imoral, no escopo da canalhice a Câmara Federal aprovou também a criação de 14 mil novos cargos federais. Numa enorme contradição, afinal dizem que o PT aparelhou as estatais, que criou milhares de novos cargos, não seria inteligente cortar cargos e não criá-los também?
Resta agora saber quanto tempo os jovens, os empresários e toda aquela multidão que tomava às ruas e avenidas das nossas cidades levarão para protestar de forma firme e definitiva contra essa escória do PMDB e todos os demais partidos que estão juntos (PSDB, DEM, PP, PTB, etc.).


4 de junho de 2016

Homenagem a uma lenda do esporte mundial!

As pessoas esquecerão o que você disse.
As pessoas esquecerão o que você fez. 
Mas elas nunca esquecerão como você as fez sentir. 
Autor desconhecido
O mundo acordou num belo sábado sem o seu maior pugilista e um dos maiores esportistas do planeta. Morreu Cassius Marcellus Clay Jr, ou, Muhammad Ali nome adquirido depois de ingressar na religião muçulmana. Nascido 17 de janeiro de 1942 em Luisville foi um exemplo de esportista e cidadão honrado.
Mostrou ao mundo que um homem pode perder dinheiro, medalhas, honrarias, títulos, mas não deve jamais perder sua dignidade e a fé em seus princípios morais e cristãos. Pois Muhammad recusou-se a lutar no Vietnã, enfrentando a ira do governo americano, dos brancos e da elite que governava aquele país e sacrificava principalmente os pobres, os negros enviando-os para uma guerra a milhares de milhas dos EUA.
Por este ato foi julgado e condenado a cumprir cinco anos de prisão, e suspensão de três anos como pugilista, num momento em que já havia conquistado uma medalha de ouro no Boxe nas Olimpíadas de Roma. Em fevereiro de 1964 conquistava seu primeiro cinturão de ouro contra Sonny Liston, tornando-se campeão mundial de boxe em sua categoria.
Ficou livre em 1970, liberado para voltar aos ringues, perdeu sua primeira luta apenas na 32º confronto contra Joe Frazier. A luta que parou o mundo ficou conhecida como “A luta do século” quando Ali enfrentou Joe e ambos estavam invictos.
Encerrou sua carreira vitoriosa em 1978 com um cartel de 56 lutas, apenas cinco derrotas, sendo apenas uma por nocaute. Uma carreira invejável, recheada de grandes combates, milhares de pessoas nas plateias e na frente das televisões do mundo inteiro.
A sua imagem excedeu o boxe, tendo participado de vários eventos em variados tipos de luta, nenhuma naturalmente com a mesma desenvoltura do boxe. Eram eventos promocionais como vemos hoje em dia envolvendo o velocista Usain Bolt.
Ficou marcado para muitos no mundo do esporte a entrada de Muhammad Ali no Estádio Olímpico de Atlanta, quando para surpresa e emoção de todos que estavam no estádio e fora dele viram Ali acender a tocha olímpica.
Naquela ocasião eram visíveis os tremores nas mãos do lutador, que já sofria com os sinais do mal de Parkinson. Que ontem, vinte anos depois o levou a óbito.
Não esqueço quando criança aos oito anos, quando meu pai, meus tios e amigos se aglomeravam na sala acanhada onde morávamos para assistir aos grandes espetáculos das lutas de Muhammad Ali, que na época ainda utilizava seu nome de batismo Cassius Clay. Eram noites fantásticas vendo o bailarino lutar e depois de vencer mostrar ao mundo a sua verborragia irônica sobre os adversários geralmente nocauteados por ele.
Descanse em paz Muhammad Ali – O maior pugilista que eu vi lutar.