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31 de agosto de 2016

O país está parado desde o final do 2º turno em 2014!

Quando as bandeiras dos partidos
substituem os valores de nossa consciência,
a vida e a inteligência naufragam.
Rute de Aquino

Nenhuma economia no mundo resiste a tanta inércia, tanta incompetência, despreparo e não seria a brasileira que agiria de forma diferente. Desde o final do segundo turno das eleições presidenciais em novembro de 2014 o país está completamente parado.
O poder executivo envolto com denúncias de toda ordem. O Legislativo a serviço de seus interesses pessoais e partidários. O judiciário se aproveitando da fraqueza do Executivo para costurar acordos de aumentos salariais até então impensáveis do ponto de vista econômico e moral numa sociedade cujo salário mínimo é de 880,00 reais.
Aqueles que saíram derrotados nas urnas pela maioria da população tentaram primeiro anular a eleição, quando perceberam que não havia meios para consolidar o plano, cooptaram os demais partidos de oposição e junto com a banda podre do PMDB tramaram o golpe do impeachment.
Claro que, o instrumento impeachment está na constituição, assim como deveria ser aplicado aos governadores que não cumprem as regras lá fixadas. Mas o objetivo era tirar Dilma e o PT do poder.
Neste caso, abro parênteses para dizer que o governo Dilma na sua primeira gestão nunca foi o governo dos sonhos de ninguém. A economia recuou, a cobrança de impostos aumentou, a dívida interna e externa extrapolou seus limites e o desemprego começou a crescer em todo país.
Porém, após as eleições para seu segundo mandato ficou impossível governar o país. Capitaneados por Aécio Neves e o DEM, o PMDB foi procurado e aceitou trair sua aliança junto ao PT. Michel Temer, vice-presidente eleito, deslumbrado com a possibilidade que as urnas jamais lhe concederiam de ser eleito presidente, aderiu facilmente ao plano de impeachment.
Foram buscar então as famosas pedaladas, algo que deveria ser punido, porém, não com o afastamento do cargo. Caso fosse sério, Alckmin em SP estaria enfrentando o mesmo problema. E sem contarmos os governadores de MG, GO, e tantos outros Estados que enfrentam acusações de corrupção muito piores que as tais pedaladas.
Fruto dessa estagnação que o país vive mesmo após o afastamento da presidente Dilma há cem dias, o desemprego cresceu assustadoramente, os mercados ficaram inseguros e os possíveis investidores estrangeiros migraram para outros portos mais seguros.
O país ficou dividido na eleição de 2014, começou ali uma onda de ódio e intolerância contra quem não era Tucano ou Petista. O ódio se espalhou pelas redes sociais e ganhou as ruas na medida em que o processo de impeachment ganhava corpo.
A falta de inteligência e bom senso passou para a classe artística, contrariando aquilo que a democracia tem demais belo que é a pluralidade de opiniões e votos, um artista que vota contra o ideal de um dos lados é simplesmente massacrado nas mídias sociais.
Rasgaram a carreira dos melhores compositores apenas por eles tomarem partido de um dos dois lados existente da discussão entre o impeachment – favorável ou contra.
Enquanto isso, Michel Temer do PMDB, comanda o país junto com o PSDB e o DEM. O mesmo PMDB que caminhou junto com o PT desde 2002 e se lambuzou na lama da Petrobrás, das propinas e operações fraudulentas que se espalharam pelo país permanece imune aos tentáculos do Juiz Sérgio Moro.
Sendo assim, Temer e o PMDB estão livres para dar continuidade aos seus planos e aproveitar os recursos financeiros auferidos ao longo dos últimos anos em que foram parceiros de quem agora tiraram de cena com o impeachment.

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