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28 de novembro de 2016

Nova profissão - Personal Delator!

Como são admiráveis as pessoas
que nós não conhecemos bem.

A operação Lava Jato em suas inúmeras etapas, nos permitiu conhecer nomes e pessoas que até então eram desconhecidas da grande mídia e de enorme parcela da população, que pouco lê e se importa com o que está acontecendo nos escalões mais altos da nossa política.
A operação já levou a cadeia vários políticos e agentes públicos, envolvidos com o derrame de recursos públicos, como também, possibilitou a inédita prisão de muitos donos de empreiteiras, empresários e até advogados ligados a corrupção.
Nestas fases que se sucederam, apareceu uma palavra não muito conhecida da maioria dos brasileiros, porque normalmente é praticada nos EUA. A Deleção Premiada é uma expressão utilizada no âmbito jurídico, que significa uma espécie de "troca de favores" entre o juiz e o réu. Caso o acusado forneça informações importantes sobre outros criminosos de uma quadrilha ou dados que ajudem a solucionar um crime, o juiz poderá reduzir a pena do réu quando este for julgado.
Muitas pessoas consideram a delação premiada como se fosse um "prêmio" para o acusado que opta por delatar os comparsas e ajudar nas investigações da polícia. De acordo com a lei brasileira, o juiz pode reduzir a pena do delator entre 1/3 (um terço) e 2/3 (dois terços), caso as informações fornecidas realmente ajudem a solucionar o crime.
A delação premiada está prevista por lei no Brasil desde 1999, através do decreto de lei nº 9.807 e no artigo 159 do Código Penal Brasileiro.
Para surpresa geral neste processo comandado pelo Juiz Moro, foram muitos os réus que optaram por usar a delação premiada. Surpresa, porque na verdade ao delatar seus comparsas o criminoso está rompendo um elo de lealdade para com eles e os demais da quadrilha.
O fator que facilitou a adesão e não é divulgada é simples: Redução de 1/3 ou 2/3 de penas ridículas como as nossas, fazem a delação valer a pena.
Tanto que foi criada a figura do “Personal Delator”, aquele que faz como o bicheiro Alberto Youssef, que se especializou em delatar e ensinar como ter sua pena reduzida de cento e poucos anos para uma simples prisão domiciliar.
Ao invés de acabarmos com os criminosos, nossa justiça motiva ainda mais os mesmos a cometerem os crimes de corrupção, formação de quadrilha, sonegação fiscal, etc.
Prova disso, é que mesmo com toda divulgação da Operação de Moro, Geddel Vieira, então ministro de Temer, estava até outro dia prevaricando, usando seu cargo para levar vantagens em negociações espúrias que nada tem a ver com seu cargo público e o governo. 

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