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29 de janeiro de 2017

Como está o sistema prisional em SP?

De que adiantam leis quando há
miséria interior e esplendor externo?
Chuang Tzu

O Estado de São Paulo está sendo governado pelo mesmo partido há 22 anos, o PSDB vem se sucedendo no poder desde janeiro de 1995. O atual governador Geraldo Alckmin, está no poder dentro do Palácio dos Bandeirantes boa parte deste período, sendo vice ou governador.
Este tempo que não é pouco, poderia representar a implantação de grandes transformações no cenário do Estado, mas ao contrário, mesmo com a entrada de bilhões de reais após a privatização do Banespa, Nossa Caixa, Comgás, Cesp, Cteep, CPFL, Eletropaulo e terceirização das estradas para empreiteiras o dinheiro sumiu e a saúde, educação, habitação e segurança não receberam os investimentos que foram propagandeados.
No caso específico da segurança pública o Estado vem sucateando ao longo do tempo que governam São Paulo, Estado mais rico e industrializado do Brasil a Policia Civil, Militar e os Agentes Penitenciários.
E como os tucanos fazem isso? O efetivo das três unidades de segurança não recebem novas contratações, incluindo neste grupo os Bombeiros e a Polícia Rodoviária Estadual. Não recebem treinamentos nem armamentos adequados para o combate cada vez mais crescente da criminalidade.
A única coisa que o Estado garante são veículos importados distribuídos nas delegacias e quartéis da Polícia Militar passando a impressão aos leigos que o governo investe pesado na segurança do Estado.
Faltam investigadores, peritos, datiloscopistas, agentes penitenciários, policiais militares e rodoviários para ocuparem estes carros importados que o governador lícita e compra com grande frequência.
Os militares, segundo os policiais nas ruas, não recebem correção salarial em São Paulo desde 2013, ou seja, a corporação está há três anos sem receber ao menos a reposição inflacionária de seus salários. O governador Alckmin se aproveita do fato da corporação não poder fazer greves, e os castiga, ao mesmo tempo em que beneficia os criminosos com este sucateamento das forças policiais paulistas.
O efetivo dos agentes penitenciários gira em torno de 23.000 profissionais para atuar em 166 unidades prisionais no Estado. Eles são responsáveis por 240 mil presos e recebem em início de carreira R$ 2.414,00. Entretanto estão há dois anos sem que o governo negocie a reposição salarial destes profissionais. O governo trata seus servidores com tremendo descaso e além de não corrigir salários, simplesmente não senta à mesa para negociar com os sindicatos das categorias que representam os agentes e policiais civis e militares.
Infelizmente, assim também acontece com os 202 mil professores da rede estadual de ensino paulista. Estes, desde 1995 sofrem nas mãos deste partido que governa o Estado de SP. Não há um ano sequer que não haja greve, paralisações e protestos dos servidores da segurança e da educação em nosso Estado.
O governador está em campanha presidencial e não esconde seu interesse em ser candidato à Presidência, pelo seu partido se Aécio permitir, ou, por outra legenda a ser escolhida.
Que o povo brasileiro fique atento, se precisar de uma segunda opinião, consulte um professor da rede estadual de ensino ou um agente de segurança, (Penitenciário, Civil ou Militar) para então decidir seu voto. O país não merece passar pelo que passamos em SP. O que sai em forma de publicidade tenta enganar os eleitores no restante do país e é digno de receber um prêmio “Pinóquio” pelo conjunto da obra mentirosa.

26 de janeiro de 2017

Tribunal de Justiça do RJ, dá exemplo de imoralidade!

“A dúvida é o começo da sabedoria"
Segurs

O Estado do Rio de Janeiro, falido em virtude das criminosas gestões de Sérgio Cabral nos últimos anos. O país reclamando de uma crise econômica que o governo federal não tem capacidade de sanar. Alhures a tudo isso e às negociações do programa de recuperação fiscal para os estados, no qual o Rio de Janeiro terá que apresentar contrapartidas para reduzir seus gastos, o Tribunal de Justiça (TJ) fluminense decidiu autorizar pagamentos que beneficiam diretamente juízes, desembargadores e seus demais servidores.
Em completa dissonância com a dura realidade dos servidores públicos cariocas, que mal recebem seus salários surge um despacho publicado no Diário Oficial do TJ, onde o desembargador Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho determinou repasses neste semestre de R$ 33 milhões para cobrir gastos referentes ao auxílio-educação e de R$ 26,5 milhões para o auxílio-locomoção.
Os valores não serão incorporados aos salários — limitados a um teto de R$ 33.763, definido constitucionalmente com base nos ganhos dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) —, mas recebem a classificação de “indenizações”.
O povo brasileiro não pode nem no acerto com o Imposto de Renda receber o que gastou com educação em sua plenitude, enquanto os membros do Judiciário recebem “Auxílio-Educação”. Isso é um escárnio, uma aberração nessa nossa democracia de fachada.
Com base na folha de janeiro de 2017, o auxílio-educação — concedido a quem tem até três filhos com idade entre oito e 24 anos — será pago a 225 magistrados e 3.172 servidores. No fim do ano, todos terão que comprovar as despesas.
A assessoria de imprensa do tribunal informou que as indenizações são previstas em lei e custeadas pelo Fundo Especial do TJ, cujo dinheiro é proveniente de taxas judiciárias. O órgão ressaltou que se trata de uma verba própria do Judiciário. Ainda segundo o TJ, o auxílio-locomoção equivale ao vale-transporte da iniciativa privada.
O poder judiciário paga muito mal a grande maioria de seus servidores, porém, dispensa tratamento de marajás indianos aos seus funcionários de alto escalão. Ministros, Desembargadores, Juízes recebem salários com acréscimos nababescos num país onde o salário mínimo é menor que mil reais.
Um levantamento feito em cima de dados do site do TJ mostra que, foram pagos R$ 55.266.627,62 em indenizações para juízes e desembargadores. Este valor seria suficiente para quitar as folhas dos servidores das secretarias estaduais de Saúde (R$ 37.860.227,05) e Segurança (R$ 2.379.694,86), tomando por base os salários do mês de novembro. Além dos auxílios para educação e locomoção, o TJ oferece aos seus 848 magistrados ajuda para gastos com moradia, alimentação e creches.
As bondades são estendidas também aos integrantes do Ministério Público Estadual. De janeiro a novembro do ano passado, o órgão gastou R$ 154.454.803,65 em indenizações para servidores ativos e inativos. Há casos que saltam aos olhos: alguns servidores chegam a ganhar mais com os benefícios do que com os próprios vencimentos. Em maio do ano passado, um procurador da Justiça, com salário de R$ 30.471,10, chegou a receber R$ 83.820,43 de indenizações de uma só vez.

24 de janeiro de 2017

Justiça diferente para algumas pessoas que tem poder e recursos!

Os problemas significativos que enfrentamos
não podem ser resolvidos no mesmo nível de
pensamento em que estávamos quando os criamos.

Um jovem rapaz milionário, futuro herdeiro de um grande grupo industrial, estabelecido na Paraíba e também de uma afiliada da Rede Globo naquele mesmo Estado, é acusado de atropelar e matar um agente de trânsito, ao fugir de uma Blitz realizada durante Operação Lei Seca na madrugada de 21 de janeiro (sábado), em João Pessoa – PB.
Além dos agentes envolvidos na operação, testemunhas presenciaram o atropelamento de Diogo Nascimento de Sousa de 34 anos, e a fuga do motorista sem prestar socorro a vitima, que após ser levada ao hospital, não resistiu aos ferimentos e veio a falecer.
O motorista Rodolpho Gonçalves Carlos da Silva é neto do Ex-Senador e Ex-Vice-Governador da Paraíba José Carlos da Silva Junior. Ele dirigia um veículo Porsche em alta velocidade e foi identificado pelos policiais que perseguiram seu veículo, que teve na fuga uma das placas arrancadas do automóvel. O caso gerou uma grande revolta em todo o Estado devido a suspeita de favorecimento por parte da justiça ao acusado.
Ele teve a prisão preventiva decretada por estar dirigindo alcoolizado, ter fugido de uma operação policial, atropelado e matado um agente do DETRAN. Entretanto, a prisão foi revogada pelo Desembargador Joás de Brito Pereira Filho, horas depois, tão rápido que o acusado nem havia sido preso ainda (Como nossa Justiça é ágil?)
A ordem de prisão aconteceu às 20h00min horas de sábado, às 03h00min horas de domingo (madrugada) surgiu à decisão que libertava o jovem que nem estava preso ainda. Ou seja, um Habeas Corpus foi assinado em sete horas entre a noite de um sábado e a madrugada de uma domingo. Que agilidade impressionante!
Nada a ver com o fato do garoto ser filho de gente rica e neto de gente poderosa. Nada mesmo, não façam ilações precipitadas. Esse desembargador deve trabalhar noites e madrugadas para atender o povo, mesmo os mais humildes... Que vergonha!
Em entrevista à rádio Band News, Joá disse que a prisão de Rodolpho Carlos era desnecessária, porque ele é réu primário e tem bons antecedentes criminais. Segundo o magistrado, sua decisão foi eminentemente técnica. “Eu analisei a prisão temporária, não preventiva, onde verifiquei que não haveria necessidade da prisão por ele ser primário e ter bons antecedentes. O advogado dele apresentou uma petição onde disponibilizou o carro, e o suspeito se propôs a comparecer para prestar esclarecimentos”, declarou.
“A decisão não foi apenas no sentido de liberá-lo. Eu condicionei a apresentação dele em 72h, apliquei medidas cautelares para evitar prisões desnecessárias. O fato foi grave, mas será apurado e a justiça tomara as medidas”, acrescentou.
Em nota, os agentes de policiamento de trânsito do DETRAN da Paraíba cobraram justiça e tratamento isonômico ao acusado. “Não se espera, de maneira alguma, o cerceamento do direito de defesa do acusado, mas também, não se espera nenhum grau de parcimônia por parte do poder judiciário com relação à conduta criminosa por ele praticada. Sendo assim, os agentes de policiamento do DETRAN-PB e todos os envolvidos direta e indiretamente com a Operação Lei Seca na Paraíba, clamam para que o caso seja tratado de maneira isonômica, e que o cidadão Rodolpho Gonçalves Carlos da Silva, independente de classe, cor, raça ou condição financeira, responda por suas condutas como estão sujeitos todos os cidadãos brasileiros”, diz o comunicado.
O promotor Marinho Mendes Machado atacou a decisão do desembargador, a quem acusou de favorecer o acusado por ser de uma família rica e tradicional. “Se fosse o filho de um pobre, de uma pessoa comum, o senhor nunca teria acordado às 3h da madrugada para soltá-lo, não. E isso quem paga é a instituição, que por essas e outras vai ficando sem fé no senhor, pois quem manda é o dinheiro, somente o dinheiro e o poder”, criticou em nota no Facebook.
A fala do Promotor Público não deixa dúvidas quanto ao pensamento da maioria da população brasileira. Leis existem aos montes, porém, as decisões judiciais, muitas vezes olham para a cor, o tipo, a classe social e a condição financeira do acusado.
De que adianta os agentes policiais e de trânsito atuarem em respeito à Lei Seca, se depois, desembargadores mal intencionados agem contra a mesma lei e seus agentes?  

23 de janeiro de 2017

Em que momento nós deixamos de gostar do que é simples?

            Há algumas semanas, tirei uma tarde de quinta-feira para passear com a minha enteada, que estava em férias. Cheguei em casa e perguntei o que ela queria fazer. Imaginei alguns pedidos: cinema, zoológico, algum parque de diversões. E ela disse: podemos andar de ônibus? Eu disse que sim e perguntei para onde. Ela não entendeu a pergunta, uma vez que para ela o programa divertido era andar de ônibus, simplesmente. Foi o que fizemos.
Isso me lembrou um sábado há quase dez anos, no qual levei minha sobrinha mais velha a uma sorveteria lindíssima, que tinha sido aberta no bairro. Havia uma linda varanda, mesas coloridas, trocentos sabores para escolher. Entrei na fila, fiquei um pouco horrorizada com os preços, mas perguntei a ela o que iria querer. Ela respondeu sem pestanejar “picolé de uva”. Eu expliquei que ali não havia picolé de uva, mas, sim, outras coisas bem mais gostosas. O ar de decepção dela fez com que eu não pensasse duas vezes para atravessar a rua a caminho da padaria, terminado nossa tarde tomando sorvete de palito.
Na mesma linha, veio a minha sobrinha caçula de um ano e meio que, em meio a seus tantos brinquedos coloridos e sonoros - que estão muito longe de custar pouco -, elegeu como seu favorito um frasco de plástico vagabundo dentro do qual há alguns grãos de feijão. Na concepção dela, nada pode ser mais interessante do que aquilo, nem Fisher-Price, nem Chicco, nem nada.
Depois foi o meu afilhado de oito anos, que disse que ainda não sabe se, quando crescer, vai ser “aquelas pessoas que cuidam de tartarugas marinhas antes de elas voltarem pro mar” ou lixeiro, para poder andar pendurado no caminhão à noite. O que eu deveria dizer para ele? Que ser advogado como eu seria bem mais divertido?
Comecei a me perguntar em que momento da vida nós deixamos de ter tanto apreço pela simplicidade. Não me parece que tenha somente a ver com a necessidade de ganhar dinheiro, com as novas experiências ou com o paladar apurado. Parece-me que tem muito mais a ver com a preocupação que passamos a ter com os olhares alheios e com os hábitos que nos são “impostos” por aqueles com quem convivemos.
O carro, o restaurante, o vinho, a bolsa. Quanto disso nós escolhemos genuinamente, por puro e simples gosto ou prazer? Não sei, sinceramente. Será que o que nos incentiva (ou nos amarra, ou nos obriga) não é a importância que passamos a dar para a opinião daqueles que nos cercam? O famoso “mas o que vão pensar de mim?”, que nós temos de forma tão intensa e as crianças simplesmente não têm.
Num dado momento, já não sabemos, dentre as coisas que temos e a rotina que vivemos, o que está ali porque nos agrada e o que está ali porque, supostamente, faz bem para a nossa imagem. Outro dia, alguém me disse “você ainda vai aprender a gostar de ostras”. Eu não quero aprender a gostar de ostras. Por que eu deveria aprender a gostar de ostras? Minha cota não pode ser em cachorro quente? Ou em coxa de frango? Será que não pega bem?
Talvez, nós possamos investir num exercício diário de resgate da simplicidade. Isso é muito útil para a vida - sobretudo em cenário de crise. Redescobrir nossos prazeres sem custo, exercitar nossa capacidade de não ligar para o que os outros pensam, bem como de não julgar as decisões da vida alheia.
Sair a pé, deixar o carro na garagem - ou até se desfazer dele, tomar cerveja no balcão da padaria, encontrar um amigo sem precisar de um belo jantar à frente de ambos, comprar roupa sem marca, sentar na grama, comer milho na espiga. A vida deveria ser mais simples do que é. Há quem consiga concretizar esta proeza. E nós, adultos, estamos sempre a tentar mostrar-lhes o que há de bom no mundo. Mas são esses pequenos que sabem viver muito melhor do que nós. Só nós que não percebemos.

Autora: Ruth Manus – Colunista do Jornal Estadão

20 de janeiro de 2017

Teoria da Conspiração tupiniquim!

As ilusões são certamente prazeres dispendiosos,
mas a destruição delas é mais dispendiosa ainda.

As investigações nem começaram, o avião nem foi retirado das águas do oceano em Parati, enquanto os ávidos construtores de teorias conspiratórias já começam a inundar as redes sociais com posts, teses e outras bobagens sem sentido à luz dos acontecimentos.
O Ministro Teori Zavaschi estava entre os quatro passageiros mais o piloto que sofreram um acidente aéreo quando a aeronave com prefixo PR-SOM, modelo Hawker Beechcraft King Air C90 caiu muito perto do local de pouso na cidade de Parati-RJ.
O avião de pequeno porte com capacidade para até oito passageiros estava segundo a ANAC, com sua documentação em dia, com o certificado válido até abril de 2022 e inspeção da manutenção (anual) válida até abril de 2017.
Em menos de vinte e quatro horas do acidente eu mesmo já li três teses que tentam induzir o leitor que o acidente aéreo foi uma manobra proposital e que os passageiros foram vitimas de um ato criminoso. Assim como fizeram no caso da queda do avião de Eduardo Campos em Santos em 2014.
Entre as declarações e teses patéticas, chama a atenção para a fala da advogada e atual chefe da inspeção dos banheiros do Parque Ibirapuera Janaina Paschoal: “Tem que investigar a queda do avião sim! Queremos investigação transparente, feita por equipe formada por membros de vários órgãos”.
Pobre Janaina, todos os acidentes aéreos são investigados sim! E todos por técnicos experientes formados pela Aeronáutica e não pelo Congresso Nacional ou pelo MBL...
Infelizmente dezenas de aviões de pequeno porte sofrem acidentes no Brasil e sempre são investigados com o mesmo rigor pelos investigadores do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos – CENIPA.
Seus relatórios são transparentes e possuem um site específico para que pessoas desinformadas ou mal intencionadas como Lobão ou Drª Janaína possam acessar as informações de quaisquer acidentes aéreos no Brasil - https://pilotos.org.br/relatorios-finais-cenipa/
As mortes de Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek, João Goulart, Tancredo Neves, Ulysses Guimarães, Eduardo Campos e agora do Ministro Teori Zavaschi foram cercadas de teorias que não condizem com os fatos da história. E revelam que falta às vezes inteligência, conhecimento e muita informação para os apressados que sempre querem aparecer em cima de acidentes e mortes de autoridades e personalidades brasileiras.
Fato é, que a aeronave era de pequeno porte, as condições climáticas eram péssimas, entretanto o avião chegou próximo do local de pouso (Se alguém tivesse cometido um crime na aeronave ela teria caído durante o voo, não minutos antes de avistar a cabeceira da pista onde deveria ter pousado).
O dono do avião estava a bordo, logo, não era avião de carreira nem de empreiteiras ou políticos que pudessem estar interessados na queda da mesma. Aos plantonistas das teorias de conspiração sugiro leitura, muita leitura e discernimento antes de querer aparecer em cima de fatos tristes, como este acidente trágico ocorrido em Parati - RJ.
http://www.boatos.org/politica-2/sargento-marcondes-aviao-teori.html

9 de janeiro de 2017

Discurso de Meryl Streep no Globo de Ouro


"Se expulsarmos os estrangeiros, só sobra futebol e MMA na TV", diz Streep. Em uma noite marcada por críticas e até piadas sobre Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, a atriz Meryl Streep foi responsável por um dos momentos mais emocionantes do Globo de Ouro 2017.
Homenageada com o prêmio Cecil B. DeMille pelo conjunto de sua carreira, ela subiu ao palco para um discurso duro sobre a diversidade que Hollywood representa, a responsabilidade dos artistas e a irresponsabilidade do futuro mandatário do país mais poderoso do mundo.
"Obrigada, Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood. Vocês e todos nós nessa sala pertencemos aos segmentos mais vilanizados na sociedade americana hoje. Pensem nisso. Hollywood, estrangeiros e a imprensa. Mas quem somos nós? E o que é Hollywood? Só um bando de pessoas de outros lugares. Eu nasci, fui criada e educada nas escolas públicas de Nova Jersey; Viola nasceu em uma cabana em uma plantação na Carolina do Sul; Sarah Paulson nasceu na Flórida e foi criada por uma mãe solteira no Brooklyn", lembrou ela, com a voz quase sumindo, antes de citar outros artistas que vieram de partes diferentes do mundo, como Natalie Portman (Israel) e Ryan Gosling (Canadá).
E continuou, referindo-se aos planos de Trump de expulsar estrangeiros do país: "Hollywood está cheia de forasteiros e estrangeiros, e se expulsarmos todos eles, vocês não vão ter nada para assistir além de futebol americano e Artes Marciais Mistas (MMA), que, aliás, não é arte".
Em seguida, ela se referiu ainda mais diretamente a Trump. Leia o restante do discurso de Meryl, que ainda lembrou a morte de Carrie Fisher, e assista ao vídeo abaixo:
O único trabalho de um ator é entrar nas vidas de pessoas que são diferentes de nós e fazer vocês sentirem como é isso. E tivemos muitas interpretações poderosas esse ano que fizeram exatamente isso. Trabalhos de tirar o fôlego e cheios de compaixão. Mas houve uma interpretação esse ano que me deixou atordoada, afundou suas garras no meu coração, mas não porque fosse boa --não havia nada de bom nela. Mas foi eficaz e cumpriu sua função. Fez seu público-alvo rir e colocar as garras de fora. Foi aquele momento em que a pessoa pedindo para sentar no lugar mais respeitado do nosso país, imitou um repórter deficiente, alguém a quem ele [Trump] superava em privilégio, poder e capacidade de revidar. Partiu meu coração quando vi isso, e ainda não consegui tirar da minha cabeça, porque não era um filme.
E esse instinto para humilhar, quando é demonstrado por uma figura pública, por alguém poderoso, afeta as vidas de todo mundo, porque dá permissão para que outras pessoas façam o mesmo. Desrespeito convida a mais desrespeito, violência incita violência. Quando os poderosos usam sua posição para fazer bullying, nós todos perdemos.
O que me traz à imprensa. Precisamos que uma imprensa de princípios que cobre os poderosos, que os condene por cada ofensa. Foi para isso que nossos fundadores garantiram liberdade à imprensa em nossa Constituição. Então eu somente peço que a famosa e afluente Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood e todos em nossa comunidade para apoiar um comitê para apoiar jornalistas, porque vamos precisar deles agora e eles vão precisar de nós para proteger a verdade.
Uma vez em que eu estava no set, reclamando sobre algo como trabalhar na hora do jantar ou longas horas de filmagem, Tommy Lee Jones disse para mim: 'Não é um privilégio enorme, Meryl, ser ator?'. Sim, é, e temos que lembrar uns aos outros do privilégio e responsabilidade do ato de empatia. Devemos ficar muito orgulhosos do trabalho que Hollywood honra esta noite.
Como minha amiga, a querida falecida princesa Leia me disse uma vez: 'Pegue seu coração partido e transforme em arte'. Obrigada.

5 de janeiro de 2017

É perceptível que o planeta está mais quente!

"Você é livre para fazer suas escolhas,
mas é prisioneiro das consequências.”.
A Agência Espacial americana NASA registrou que o ano de 2014 foi o mais quente já registrado desde 1980, de acordo com relatórios de seus cientistas e da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA. Em média, a temperatura do nosso sofrido planeta aumentou 0,8 graus Celsius, desde que os registros oficiais começaram a ser pesquisados há 134 anos.
Essa onda de aquecimento aumentou nos últimos 30 anos, o que se percebe pelo fato de que os 10 anos mais quentes da história já registrados, com exceção de 1998, ocorreram desde o ano 2000. Como indicam as pesquisas na área, esta tendência de aquecimento está relacionada diretamente com o aumento de emissões de dióxido de carbono jogados impunemente na atmosfera e de outros gases poluentes de efeito estufa liberados, principalmente, nas atividades humanas.
Os relatórios e análises incorporam medições de temperatura em mais de 6.300 estações meteorológicas em todo planeta, além de dados de temperaturas coletados a partir de medições nos oceanos e nas estações científicas da Antártida.
Além da questão crucial do aumento das temperaturas, essa onda de calor produz outros efeitos não menos preocupantes e cujo custo é altíssimo. A agricultura pode recuar 2% a cada dez anos até o final do século que vivemos. Ao mesmo tempo, que a demanda por alimentos deve crescer 14% até o ano de 2050.
A incidência de tufões, grandes tempestades, tsunamis demonstra que já estamos mergulhados num cenário terrível e nossa geração, incluindo os líderes mundiais, não pode ignorar o fato de que nossos filhos e netos herdarão uma situação ainda pior se nada for feito imediatamente.
No Brasil, nossos governantes ignoram completamente esses problemas, permitindo que aconteça um desmatamento constante em todas as nossas matas e na Floresta Amazônica. A impunidade, aliada à ganância dos ruralistas e latifundiários não dão trégua a esperança de mantermos nossas reservas verdes por muitos anos.
As principais causas do Aquecimento Global estão relacionadas, para a maioria dos cientistas, com as práticas humanas realizadas de maneira não sustentável, ou seja, sem garantir a existência dos recursos e do meio ambiente para as gerações futuras. Assim, formas de degradação ao meio natural como a poluição, às queimadas e o desmatamento estariam na lista dos principais elementos causadores desse problema climático.
O ser humano polui rios e nascentes, não planta e recompõe áreas de vegetação nativa ao redor dos mananciais, que em sua grande maioria, produzem água para o consumo de milhões de pessoas.
A sensação nesse começo de 2017 é que o calor demasiado não é uma impressão corriqueira, mas sim uma dura realidade que deveria fazer o homem repensar seus atos. O futuro será muito complicado se não houver ação conjunta da humanidade.

4 de janeiro de 2017

Com os três poderes corrompidos, o país perdeu o rumo!

“Não existe um governo corrupto numa
Nação ética, nem há uma Nação corrupta
onde exista um governo ético e transparente”
Leandro Karnal

A sensação que temos no Brasil é que as coisas funcionam por osmose, nunca pelas regras, leis e regulamentos vigentes. Os empresários honestos cuidam de seus negócios, e evitam ao máximo chegar próximo ao poder político, tanto no Legislativo como no Executivo. Procuram não se utilizar dos mecanismos de financiamentos públicos, nem dos órgãos de comércio exterior, nem com os apaniguados pelos políticos, para evitar o contágio com essa escória que nos impõe a pior crise ética da história do nosso país.
O povo segue fazendo sua parte, pouca é verdade, vivendo sem dar à devida importância a busca pelo conhecimento, a informação e a educação para suas vidas. Não levam a sério o voto, com isso seguem alhures ao que acontece nas três estâncias do poder executivo (Municipal, Estadual e Federal) além de desconhecer os Três Poderes (Executivo, Judicial e Legislativo).
Nos últimos três anos, foram derramados pela mídia, centenas de notícias sobre a participação direta e indireta da grande maioria dos políticos, que exercem cargos públicos no Executivo e Legislativo, afastando ainda mais a participação popular da política nacional. Boa parte confunde fazer política com partidos políticos, o que necessariamente não é verdadeiro.
Para completar o estrago, o poder judiciário além de lento e omisso, mantém entre seus pares os maiores salários da república. Adicionais nababescos e vencimentos de verdadeiros marajás que afrontam os ganhos miseráveis da maior parte dos trabalhadores da nação.
Exemplos de juízes e desembargadores vendendo sentenças e fabricando Habeas Corpus, infelizmente são comuns nos dias atuais em nossos tribunais. Claro que, como em todas as profissões, esses que envergonham a classe jurídica não são a maioria. Porém, sinalizam que o Poder Judiciário deveria passar por profunda reestruturação.
O poder executivo está definitivamente manchado pela marca da corrupção em quase toda a sua estrutura nos três poderes constituídos no país. Raros são os exemplos de probidade e ética no poder executivo nacional.
Para nossa maior decepção, o pior de todos os poderes é o legislativo (Câmaras Municipais, Assembleias Estaduais e Congresso Nacional), onde desfilam milhares de políticos sem alma, sem amor à pátria, sem amor ao povo que eles representam e sem a mínima preocupação com a honestidade em suas ações nas casas de leis onde atuam.
A eles compete legislar, fazer nossas leis, nos representar junto ao poder executivo, fiscalizando em nosso nome aqueles que administram a cidade em que vivemos, nosso Estado e o país.
Se contarmos todas as instâncias públicas, o Brasil joga no lixo anualmente bilhões de reais em corrupção, desperdício, burocracia desnecessária e outras formas de prejuízo explicito, que matam completamente a esperança do nosso povo de termos um futuro melhor, mais justo e seguro em nosso país.
Lembrando, que cabe ao povo não somente nas eleições, mas diariamente, agir com lisura no trânsito, no trabalho e na sua vida, pois não há como exigir dos políticos, se o cidadão comum não fizer seu dever com ética e honestidade. Boa parte do povo brasileiro só pensa em levar vantagens em tudo que coloca as mãos, é preciso dar um basta nesse modo incorreto de vida, antes de exigir direitos, urge a necessidade de cumprir com todos os seus deveres.