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18 de maio de 2017

Shows musicais num país de 3º mundo!

“As grandes ideias surgem da
observação dos pequenos detalhes”.
Augusto Cury

Muitos artistas renomados fazem shows todos os anos em nosso país. Geralmente em Arenas de futebol, que após a copa do mundo de 2014 possibilitaram mais conforto ao público. Estes artistas desconhecem que para ver um show deles no Brasil, o fã sofre muito em várias etapas, desde o anúncio da vinda do artista ao país até a hora do evento.
Vamos então tentar descrever esse calvário em etapas:
Etapa 1 > A compra do ingresso: As empresas que vendem os ingressos o fazem quase que na sua totalidade através da internet. Um meio rápido, talvez seguro, porém, sem transparência alguma para quem está do outro lado do PC. Nos últimos grandes shows, estas empresas alegaram que os ingressos estavam esgotados antes de duas horas. Não tem como ter certeza, não tem como acreditar...
Etapa 2 > Você teve sorte, foi iluminado e conseguiu comprar o ingresso: Os preços são abusivos e não tem controle algum, porém, as empresas que os comercializam adicionam uma taxa de conveniência, sendo que os interessados vão pagar o frete ou retiraram os mesmos na bilheteria sem custo algum para as empresas. No caso do show de Bruno Mars que será em Novembro, a empresa está cobrando até R$ 138,00 reais de taxa de extorsão, ops, conveniência. Isso é um crime!
Etapa 3 > Hiato entre a compra e o evento: Você desembolsa R$ 600,00 reais no ingresso dependendo do lugar adquirido + R$ 138,00 = R$ 738,00 reais em maio e o show somente acontecerá em novembro. A empresa lucra muito, trabalha com seu dinheiro garantido e você é obrigado a despender um valor para um show seis meses depois.
Etapa 4 > O local do show sem conforto e sem mobilidade urbana: Você vai ao show para o qual pagou uma fortuna, foi extorquido sem alternativas e agora está no Morumbi. O bairro carece de transporte público como Metrô ou VLT e tem poucas linhas de ônibus que servem o local. No dia do show os taxistas (Aqueles que reclamam do Uber) cobram R$ 150 a R$ 200,00 para fazer uma simples corrida até a estação de Metrô mais próxima ou ao centro da cidade. Se você for de carro, boa sorte, os guardadores de carros cobram R$ 100,00 para “tomar” conta de seu veículo. Nem vou falar o preço de um dos raros estacionamentos no local para não levá-lo ao desespero.
Etapa 5 > Dentro do Morumbi: se você tiver sorte, não estiver frio e nem chovendo, poderá se sentir uma pessoa abençoada. O estádio é antigo, construído na década de ’60, sendo que não foi concebido para abrigar eventos como shows, mas sim, partidas de futebol. O estádio é grande, alto, se você não ficar na pista terá que levar binóculos para ver alguma coisa no palco. Neste momento com certeza começará mentalmente a contabilizar o que gastou para chegar até aquele momento... Esquecerá até de Bruno Mars e algumas lágrimas vão descer pela sua face... 

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