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11 de junho de 2017

Enterrem meu coração na curva do Rio!

“Nossa geração não lamenta tanto
os crimes dos perversos quanto
o estarrecedor silêncio dos bondosos"
Martin L. King

 O título sugestivo do artigo é uma homenagem ao livro escrito por Dee Brown, lançado em 1970 que trata da situação dos índios americanos que foram dizimados pelos generais do exército yanque. Este livro é um eloquente e meticuloso relato da destruição sistemática dos índios da América do Norte. Grandes chefes e guerreiros das tribos Dakota, Ute, Sioux, Cheyenne e outras, relatam a crueldade das batalhas contra os brancos.
Mas as comparações não param por aí, e quero abordar a situação da crescente criminalidade em outro rio, mais precisamente do Rio de Janeiro. Os jornais noticiam diariamente dezenas de mortes que ocorrem na cidade maravilhosa fruto da violência descontrolada naquele Estado.
Balas perdidas, gestão pública da segurança perdida, governo estadual financeiramente falido e moralmente destruído. Deixando seu povo inocente completamente aterrorizado pelo domínio das ruas e bairros à mercê dos comandos do tráfico de drogas.
Nos últimos vinte anos o Rio de Janeiro vem sendo vilipendiado pelas quadrilhas que governam o Estado. Os últimos governadores e prefeitos sugaram toda corrupção, propina e levaram o Estado a uma situação de falência. Foram bilhões desviados dos cofres públicos através do descaso, dos desvios de finalidade e da mesma máquina da corrupção que destrói o país.
Sediar grandes eventos como o Pan Americano/2007, Copa do Mundo/2014 e as Olimpíadas RJ/2016, possibilitou que estes malandros do colarinho branco enriquecessem a custa do recebimento de propinas, pelo superfaturamento de obras, algumas que nem foram entregues até hoje e de todo tipo de golpes possíveis, inclusive com o aval do COI e da FIFA.
Essa é a tônica, políticos e governantes se alternam no poder e vivem pelo poder, não pelo povo e para o povo. Estamos retornando, ou melhor, estamos na mesma situação que os cidadãos que habitavam o império romano, a única coisa que os políticos fazem em nosso país é cobrar impostos, tal qual o grande Imperador Romano.
Nossos governantes são competentes apenas para nos fazer chegar os tributos, mas de resto, são incompetentes, prestam serviços de baixa qualidade e nos deixam inseguros nas mãos de criminosos, que eles não têm capacidade de colocar atrás das grades definitivamente. 
       A saúde pública e a educação perderam suas finalidades e passaram a ser um esquálido modelo de retorno perverso de recursos que nunca são aplicados no sistema. Este circulo vicioso faz com que a sociedade seja refém de um Estado incapaz de gerir recursos com probidade. 
        Os índios foram dizimados em vários cantos do mundo, inclusive em nosso país, guardadas as diferenças entre os métodos utilizados, o mesmo está sendo feito com uma parcela significativa da nossa sociedade. O brasileiro pobre está sendo dizimado pela fome, pela doença e pela violência que reina graças a total incapacidade dos gestores que se elegem para roubar, trucidar e subtrair nossas riquezas.

Autor: Rafael Moia Filho: Escritor, Blogger, Graduado em Gestão Pública.

10 de junho de 2017

O público e a privada!

A absolvição (4 a 3), pelo TSE, da chapa presidencial Dilma-Temer, eleita (?!) em 2014, adiciona mais um capítulo à novela de espantos da crise brasileira; um julgamento de quatro dias, de que já se sabia com larga antecedência os votos de cada um dos ministros.
Alguns foram escolhidos por um dos réus, casos de Admar Gonzaga e Tarcísio Vieira, indicados por Temer. Gonzaga, inclusive, advogou para a chapa Dilma-Temer em 2010, mas, como o caso em pauta se referia à eleição posterior, não se sentiu impedido.
Clamor das ruas? Ora essa: “Não se deve ouvir a turba”, proclamou o ministro Gonzaga, exercendo com fulgor o seu papel nesta crônica de uma absolvição anunciada.
Seu colega Napoleão Nunes Maia trocou o slogan “voz das ruas” pelo “voz das urnas”, o que, no limite, torna desnecessária a existência do próprio TSE. Não importa (é o que se infere do que disse) o que fez as urnas falarem – mas falaram tá falado.
O teor fulminante das provas, expostas pelo relator Hermann Benjamin, não impressionou os juízes, que, aliás, já as conheciam em detalhes. Bocejavam de tédio e contrariedade diante do expositor - e lhe pediam objetividade.
Não contestaram as evidências documentadas, mas aspectos, digamos formais, tais como a data de junção das provas aos autos. Pouco importava que se referissem a fatos contemporâneos ao que se julgava apenas revelados posteriormente.
O mesmo plenário que autorizou colher os depoimentos da Odebrecht e dos marqueteiros João Santana e Mônica Moura sustentou, por maioria, que eram inválidos.
Absolveram-se os réus não em face da inocência, na qual ninguém sustentou crer, mas por motivos que variavam da argumentação já referida dos prazos à dos supostos riscos à estabilidade da economia do país. Houve mesmo quem argumentasse (ministro Napoleão) que não apenas os réus, mas todos os candidatos teriam incidido nos mesmos atos.
Assim sendo, se todos delinquiram, absolvam-se todos, já que, segundo ele ainda, em reeleição, é natural o abuso de poder econômico. Validou, assim, a blague segundo a qual “ou todos nos locupletamos ou restaure-se a moralidade”.
O TSE, no entanto, não estava julgando a todos, mas um caso específico, que, por envolver uma eleição presidencial, quebraria um paradigma nefasto, que inversamente consagrou.
O julgamento agrava a crise na medida em que aprofunda o descrédito geral nas instituições. Quando o próprio Judiciário obstrui a Justiça, em nome de fatores a ela estranhos, como a estabilidade da política e da economia – na verdade, do governo -, assume o papel mencionado pelo relator de “coveiro de provas vivas”.
Ao se eleger vereador pelo Rio de Janeiro, nos anos 50, o humorista Barão de Itararé prometia: “Farei na vida pública tudo o que faço na privada”. Era uma piada, mas era também uma profecia, em pleno cumprimento nos dias em curso.

Publicado no Blog do Noblat em 10/06/17 – Autor Ruy Fabiano - Jornalista

5 de junho de 2017

Reflexão sobre a ética!

Construir uma escola que promova permanente reflexão sobre os valores pessoais e sociais de cada um, desde a mais tenra idade, para que essas crianças possam, na idade adulta, ter uma postura transparente e coerente com seus valores. Essa é uma das ideias defendidas por Roberto Francisco Daniel​​, mais conhecido como padre Beto. “É preciso ensinar as crianças a pensar sobre valores que elas queiram viver, e a transparência, a veracidade, ou seja, a ética”, afirma. Nesta entrevista, o filósofo discorre sobre a crise política enfrentada pelo Brasil e as prováveis causas da falta de ética da classe política e da sociedade. Padre Beto diz que a escola não forma seres éticos, mas somente mão de obra técnica e que o atual momento servirá como depurador da classe política. “Este é um momento muito fértil. Para onde caminharemos, não sabemos. Mas acredito que hoje caminhamos para um amadurecimento.”
Formado em direito, história e teologia, com doutorado em ética pela Universidade Estadual Ludwig-Maximilian, de Munique, na Alemanha, padre Beto exerceu o ministério de sacerdote na Diocese de Bauru por 14 anos. Em 2013, foi excomungado pela igreja católica por ter refletido livremente sobre a moral sexual cristã. Hoje se dedica à Igreja Humanidade Livre, fundada por ele e sediada em Bauru, e às aulas de filosofia em instituições de ensino superior. Também é articulista de vários jornais no Estado de São Paulo.

O que é ética?
Ética é uma reflexão sobre valores em busca da felicidade. Eu sou ético a partir do momento em que sou transparente, ou seja, eu não sou falso, eu sou verdadeiro nas minhas ações. Essas ações, porém, são orientadas por valores que eu escolho à medida que vou agindo e refletindo sobre essas ações.

E qual o objetivo da ética?
É a felicidade. Lembrando que felicidade é a constatação de que minha vida construída por meio de ações é uma vida que tem sentido e tem significado. Com essa definição, a ética é uma postura de transparência, mas também uma postura de coerência com meus valores. Então, nós temos diversas linhas éticas, ou diversos comportamentos éticos. Eu posso adotar uma ética capitalista, posso adotar uma ética cristã, posso adotar uma ética humanista, tudo depende dos valores que eu escolho para minha vida. O importante é que essa ética seja adotada na transparência. Caso contrário, eu me torno uma pessoa “antiética”, o que define principalmente a ética é a veracidade das minhas ações e coerência com meus valores.

Como o senhor avalia a ética hoje no mundo da política?
Eu avalio que hoje estamos em uma sociedade incapaz de refletir eticamente. Nós não fomos educados para isso. E para entendermos essa situação nós temos que ter uma memória histórica. Depois do golpe militar, por exemplo, nós tivemos uma reforma de ensino muito radical, na qual as matérias da área de humanidades foram eliminadas. E foi adotado um sistema de ensino para a criação de mão de obra técnica. A partir daí, nós criamos gerações que não pensam de forma ética. É bem claro que, antes dessa reforma de ensino, nós vivíamos na sociedade da moral. Uma sociedade da moral é uma sociedade que tem normas claras e definidas, em que também as pessoas não pensavam eticamente, não refletiam sobre os valores. Apenas aceitavam valores impostos pela sociedade. Então, não havia a necessidade da reflexão ética. Com a democratização no Brasil, nós já não vivemos na sociedade da moral. Nós vivemos em uma sociedade onde existem moralidades, ou seja, uma liberdade de escolha. E aqui se faz necessário que as pessoas reflitam eticamente. Acontece que as gerações formadas nessas escolas técnicas são pessoas incapazes de refletir eticamente. Elas não foram educadas para isso. É claro que as pessoas podem evoluir e isso se reflete na política. A política no Brasil é formada por pessoas que não tiveram uma educação ética, ou seja, uma postura transparente e coerente com os seus valores. Então, o que predomina na política brasileira é o caminho apontado por Maquiavel, em “O Príncipe”: atingir os objetivos e não se importar com os meios. E isso demonstra uma falta de transparência muito grande.

É possível falar em ética hoje no Brasil?
Acredito que hoje não é possível falar em ética na sociedade brasileira. O que precisamos é de uma nova escola, um investimento maciço em uma escola que seja de período integral, e que todas as crianças estejam na escola. É preciso ensinar as crianças a pensar sobre valores que elas queiram viver, e a transparência, a veracidade, ou seja, a ética. Hoje, não podemos falar em ética em nenhum nível do Brasil. Porque a sociedade brasileira não sabe o que é ética, e educa as suas crianças a serem antiéticas. O que importa é educar as crianças para que elas sejam convenientes às outras pessoas; falar não o que se pensa, mas falar aquilo que vai agradar às outras pessoas. E essa é uma educação que leva a pessoa a ser antiética. Hoje, infelizmente, vivemos em uma liberdade muito grande, mas em uma sociedade onde as pessoas não estão refletindo eticamente. “Hoje estamos em uma sociedade incapaz de refletir eticamente”

Como o senhor vê o atual momento político?
A avaliação que faço do atual momento político é um momento de crise. Crise no sentido positivo da palavra. Crise significa mudanças, transformação. O momento político no Brasil é um momento para o povo avaliar que a classe política não tem atendido às necessidades da população. Há um processo de desmascaramento dessa política maquiavélica e de um anseio de novos políticos e que sejam éticos e que tenham uma nova postura diante do seu eleitorado. E que sirvam aos valores republicanos que estão na Constituição. Este é um momento muito fértil. Para onde caminharemos, não sabemos. Mas acredito que hoje caminhamos para um amadurecimento.

As pessoas exigem mais ética, especialmente na política, mas elas ajudam?
As pessoas não foram educadas para refletirem eticamente. Exige-se do político uma postura ética, mas as pessoas no dia a dia não refletem eticamente e não possuem uma linha clara. As pessoas caminham conforme as situações, sem refletir sobre suas escolhas e seus valores de vida. É preciso uma mudança de mentalidade, mas isso só irá acontecer se houver um esforço das instituições, como família, escola, Estado e religião, em um debate sobre o que é ética e um exercício da reflexão ética. Caso contrário, a sociedade brasileira irá continuar a ter posturas contraditórias com um discurso que defende determinados valores, mas com uma prática que não condiz com esses valores.

Quais os avanços éticos na política e na sociedade após o impeachment?
O impeachment que tivemos foi mais um jogo de poder do que uma cobrança ética. Não avalio o impeachment em si como um avanço para o amadurecimento ético da sociedade. Acredito que a sociedade ficou polarizada, e uma polarização extremamente superficial, entre pessoas que amam o PT (Partido dos Trabalhadores) e as pessoas que odeiam o PT. E isso é muito ruim, pois isso é muito superficial. O que deveríamos ver são as contradições do PT, avaliar essas contradições, como também analisar os valores e contradições de todos os demais partidos políticos. É necessário que haja um entendimento da sociedade que, apesar de sermos divididos em classes sociais, temos que pensar em um bem comum. Esse deve ser o valor maior.

Como o senhor avalia a Lava Jato?
A Lava Jato contribui para o processo de desmascaramento da política exercida nos dias atuais, e que era necessário ser desmascarada. Então, a Lava Jato tem essa consequência de atingir determinados setores da classe política. Mesmo atingindo um setor da classe política, ela consegue mostrar para o povo que uma boa parte da classe política não esta atendendo às necessidades que temos em nosso País.

Há uma explicação para tantos escândalos?
Sim, há uma explicação. O que posso entender é que as pessoas que estão envolvidas na política usam a máquina do Estado para o seu próprio benefício. É uma ética individualista, mas sem reflexão. Ninguém tem refletido sobre as consequências dessas ações individualistas e ninguém está pensando na felicidade. Cada um pensa no seu benefício imediato. Isso é uma ética adotada de forma inconsciente, sem reflexão, fruto de uma educação que não abordou a questão ética. Ninguém pensa que quando há o desvio de bilhões de reais, esse dinheiro poderia ser investido na saúde, por exemplo, e, com essa atitude, há pessoas que morrem por falta de atendimento médico. O que temos são pessoas que usufruem do Estado por meio de falcatruas, propinas para o benefício próprio e um benefício imediato, sem pensar na felicidade. “O momento político no Brasil é um momento para o povo avaliar que a classe política não tem atendido às necessidades da população”

Sempre existiu corrupção. Por que então tanta gente tem saído às ruas para se manifestar?
Sim, sempre houve corrupção. Mas hoje há mais liberdade de expressão e um maior acesso as informações, o que não havia em outras décadas no Brasil. Hoje as pessoas têm o anseio de se expressar e se manifestar. A questão é a permanência dessas manifestações e o povo não deixar de se manifestar por meio das redes sociais e das ruas. Entender que nós estamos em um processo de purificação da democracia e isso deve levar à união e à reflexão ética das pessoas e não somente às polarizações superficiais. As manifestações são altamente benéficas, seja de qual lado forem. O importante é que as pessoas entendam que os objetivos devem ser a construção de uma sociedade feliz, uma sociedade que tenha sentido e significado para todos e na qual as pessoas possam ter qualidade de vida.

O senhor vê alguma saída para a crise?
Eu vejo a saída da crise. Essa crise vai ter que ter um término, mas qual vai ser a consequência após a saída da crise que é a grande questão. Espero que essa crise política que estamos vivendo venha a punir as pessoas que agem com corrupção, e que novas pessoas entrem para a classe política com uma nova mentalidade. Uma mentalidade de ser transparente frente ao seu eleitorado, frente à sociedade, com valores claros e bem definidos.

É possível imaginar um governo livre de corrupção nas próximas décadas?
É possível pensar em um Estado, em um governo honesto. Ou com um grau de honestidade muito grande. Basta à sociedade amadurecer eticamente para fiscalizar seus políticos. A própria classe política, porém, também terá de ter uma postura de transparência total e adotar valores claros e definidos. Nós temos isso em outros países mais evoluídos democraticamente. A democracia é um sistema difícil, mas é o único caminho para o amadurecimento ético. Não podemos esquecer que estamos vivendo a democracia desde 1985, o que é recente historicamente. E estamos em um momento decisivo e importante que é o momento de purificação dos governos que estão aí. Então, é necessário que a sociedade pense, reflita em tudo que esta acontecendo, sem o calor das emoções, mas raciocinando e, principalmente, raciocinando sobre a própria postura ética.

Publicado no JM Notícias em 05/06/2017.

24 anos de gestão ineficaz!

A vaidade é o caminho mais curto
para o paraíso da satisfação, porém ela é,
ao mesmo tempo, o solo onde
a burrice melhor se desenvolve.
Augusto Cury
Se estudarmos a evolução de alguns países europeus e asiáticos, perceberemos que em média entre 20 e 30 anos eles conseguiram grandes progressos em muitas áreas como saúde, educação, por exemplo.
A Coreia do Sul após a sua separação da Coreia do Norte revolucionou sua educação num período de 20 anos, saindo de uma situação de atraso pós-guerra para se transformar numa potencia mundial na educação e na industrialização de componentes eletroeletrônicos.
Muitos são os exemplos que poderiam ser descritos, muitos deles acontecendo em países com dimensões diferentes e economias em desenvolvimento ou milenares.
Nota-se que nestes países há planejamento sério de cinco a vinte anos, vontade política de fazer o melhor para suas sociedades e conseguir através da melhoria contínua da educação um avanço tecnológico que coloque suas nações em destaque mundial.
Enquanto isso em São Paulo, Estado mais industrializado e rico da nação brasileira temos um caso que vai na contramão dessa performance de alguns países, como os citados acima.
O mesmo governo (PSDB) está no poder a 24 anos consecutivos, desde janeiro de 1995 e durante este enorme período não conseguiu implantar um Projeto Educacional que transformasse a educação paulista num centro de referência em qualidade e desempenho perante o restante do país.
Com o agravante que durante este período o político Geraldo Alckmin esteve à frente do governo pelo tempo de 13 anos. Não há desculpas pela falta de continuidade administrativa, sendo que o partido do governador (PSDB) não teve interrupção no período.
Ainda teve por oito anos (1995-2002) o partido ocupando a presidência da república com Fernando Henrique Cardoso, período que o governador paulista preferiu se dedicar as privatizações dos setores bancários, elétrico, telefonia, além de terceirizar todas as grandes estradas do Estado.
Os recursos bilionários não foram aplicados na saúde e muito menos na educação, tanto que em 2015 o governador iniciou um projeto para fechar 94 escolas no Estado.
Os professores em todos estes 23 anos tiveram problemas para a correção de seus vencimentos, com a manutenção das escolas e a condições mínimas para que pudessem ter um desempenho à altura do que a sociedade espera e anseia para o futuro de seus filhos.
Não somos a Coréia do Sul, nem a China, nem Filipinas, nem muito menos nossos vizinhos chilenos, somos um país em que os podres políticos e seus partidos (Máfias) destroem a esperança de um futuro digno.
Somos uma Nação em que mesmo tendo um Estado administrado pelo mesmo partido por 24 anos (PSDB-SP), não consegue mudar o quadro da violência, do consumo de drogas, da Educação e da Saúde Pública em estado de miséria na UTI.
Boa parte dos eleitores são míopes, não levam eleição a sério, acreditam em duendes e fingem ser politizados apenas nos seus posts sem conteúdo nas redes sociais. Os políticos mercenários e corruptos agradecem e continuam pedindo seu voto a cada nova eleição. 

Vacinação salva, menos nas redes sociais!

Nem sempre podemos construir o futuro
para nossa juventude, mas podemos
construir nossa juventude para o futuro.
Franklin D. Roosevelt

É sabido por todos que o advento da internet aproximou pessoas, facilitou a execução de tarefas e atividades na nossa vida profissional e pessoal. Suas vantagens vão muito além da nossa compreensão e nos permite viver num mundo mais ágil e moderno.
Com a internet, foram disponibilizadas as famosas redes sociais, onde as pessoas ao redor do mundo conseguem interagir, se conhecerem, divulgarem suas ideias, fotos e muito mais. Isso com certeza aproximou familiares que viviam distantes, possibilitou um contato rápido e atualizado de cada perfil postado.
Entretanto, em particular no Brasil, esse avanço veio seguido de alguns graves problemas. Na internet, crimes de fraudes, roubos de identidades, uso indevido de CPF, golpes comerciais, abertura de sites inexistentes e a divulgação de mentiras que de tanto serem postadas acabam se tornando verdades aos olhos de alguns participantes incrédulos, ou com falta de um melhor discernimento.
Nem vou me ater às postagens sobre política onde a ignorância e o ódio escorre entre as imagens e as palavras no Brasil. Mesmo sem lerem, sem estarem informados devidamente e terem o domínio do assunto, algumas pessoas destilam veneno e transmitem mentiras perigosas.
Uma notícia falsa pode gerar problemas sérios, como aconteceu certo dia na cidade de Guarujá no litoral sul de São Paulo. Uma mulher foi morta a pauladas, confundida com outra pessoa através das páginas do Facebook sem que ambas tivessem cometido algum crime. A polícia após apurar o ocorrido, percebeu que houvera uma postagem falsa denunciando alguém que se parecia com a moça inocente que morreu na rua daquela cidade.
Tudo falso, menos a dor daquela família que perdeu seu ente numa emboscada de vândalos adeptos da ignorância e do ódio de uma ferramenta (Facebook) que não foi criada para esta finalidade criminosa.
Recentemente, li um texto que falava sobre algumas mães (e não são poucas), que leram no Facebook, posts que davam conta que as vacinas ministradas as nossas crianças continham substâncias que poderiam causar danos às mesmas. Tudo mentira obviamente, maldade sem limites de gente desqualificada que posta coisas acreditando justamente na ingenuidade dos frequentadores das redes sociais.
O pior, ao não vacinar seus filhos, permitem que as doenças retornem e possam até se transformar em epidemias. Algumas dessas doenças que são consideradas erradicadas podem voltar e prejudicar em dobro aqueles que acreditam nessas sandices.
Para se prevenir, não repasse nada sem antes fazer uma rápida pesquisa na mídia, no Google, ou com amigos que dominem o assunto em questão. Evite dar aos ignorantes maledicentes a chance de triunfarem em detrimento da verdade que sempre deve ser preservada.

2 de junho de 2017

Brasil, um país impraticável de se viver!

“Há os que lutam uma vez e são importantes.
Os que lutam muitas vezes e são fundamentais.
E há os que lutam sempre, esses são imprescindíveis”.
Brecht
 O nosso país é um lugar maravilhoso para se viver sob vários aspectos: Sua extensão territorial semelhante à de um continente, é banhada pelo oceano atlântico em quase toda sua totalidade. Uma terra fértil, que possibilita a cultura de praticamente tudo que se plantar, cortada por rios que fazem o país ter uma imensa rede hidrográfica. Tendo entre elas a bacia do Amazonas, com 3.843.402 km² em meio a Floresta Amazônica, um dos últimos redutos da natureza no planeta.
Temos riquezas infindas em nossos subsolos, pedras preciosas, minério de ferro, petróleo, entre tantos outros que não iriam caber neste texto.
Nosso povo é trabalhador, acolhedor e gentil, mas um tanto quanto subserviente aos poderes constituídos, bastando um olhar ao longo do tempo de nossa história, para percebemos que raras foram as revoluções populares que atingiram o poder político estabelecido.
Mesmo com tudo isso, está praticamente impossível se viver em paz em nossa nação, diante do quadro de contínuo desmonte da segurança pública ao longo dos últimos 32 anos. Não por falta de leis, elas existem em abundância em nossos códigos civis e criminais. Não por falta de uma constituição, ela existe e tem apenas vinte e nove anos.
As facções criminosas se transformaram neste período de 32 anos em organizações modernas, com tentáculos em vários segmentos privados e públicos. As leis não contemplam penas rígidas que possam intimidar os criminosos, além de possuírem benesses que incentivam e até motivam a criminalidade.
Nossos governantes, não oferecem risco algum para os criminosos, muito pelo contrário, em algumas situações os bandidos temem a concorrência desleal dos que estão no Congresso com poder e dinheiro nunca antes visto neste país.
O cidadão comum, paga elevados tributos para as três esferas de governo, em especial para o governo federal no DF. Este dinheiro é jogado no lixo, servindo apenas para pagar a elefantesca máquina governamental e parcelas da divida interna pública contraída por quem não sabe planejar nem governar.
Vivemos sem ter o direito de ir e vir em nossas ruas mal iluminadas, mal policiadas, repletas de criminosos ou de tiroteios com balas perdidas que sempre acham inocentes em seu trajeto.
O governo não reforça a segurança nas fronteiras, permitindo que armas poderosas cheguem às organizações do crime junto com drogas e outros contrabandos. Não contrata nem promove o treinamento das suas forças policiais (Federais e Estaduais). Nos Estados a situação é dramática, porque a força policial é insuficiente, mal treinada, mal equipada e ainda sofrem com a falta de remuneração salarial anualmente de seus vencimentos.
Numa Nação em que o poder político chafurda na lama e no enxofre, um país com 14 milhões de desempregados, onde as leis do poder judiciário beneficiam os políticos criminosos e penalizam a sociedade, não resta esperança para os jovens e os cidadãos que trabalham e sonham um dia com um país melhor, mais justo e menos vulnerável a corrupção e a desordem pública.