Não conseguimos assistir televisão
aberta em SP, sem que as inserções comerciais inundem os intervalos da
programação com propagandas do Senhor Paulo Skaf, a frente do que chamamos de
sistema ‘S - SESI, SENAI, SENAC e SEBRAE. Sem contar que o mesmo é presidente
da FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo.
É notório que as propagandas são de
cunho próprio, tentando alçar sua candidatura em 2018 ao Governo do Estado de
SP, repetindo estratégia adotada na eleição passada. Não tenho nada contra o
sistema ‘S muito pelo contrário, se temos algo que funciona bem neste país são
justamente essas entidades voltadas para o esporte, cultura e principalmente a
educação.
O problema é o cidadão usar de algo em
prol de uma candidatura no ultra decadente PMDB de forma descarada e até
desonesta, visto que, não é o dono das mesmas.
A delação do empreiteiro Marcelo
Odebrecht levou a abertura de inquérito pela Polícia
Federal (PF) para investigar o presidente da
FIESP (Federação
das Indústrias de São Paulo), Paulo Skaf (PMDB-SP), junto com Benjamin
Steinbruch, presidente da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), e o
ex-ministro Antônio Palocci. Segundo a PF, a suspeita é de crimes de
corrupção ativa e passiva.
Em colaboração premiada, Marcelo
Odebrecht afirmou que repassou, por meio de caixa 2, cerca de R$ 2,5 milhões a
Paulo Antônio Skaf a pedido de Steinbruch, que teria assumido compromissos de
fazer doações ao PT nas eleições de 2010. Segundo o empreiteiro, o valor pago
pela Odebrecht foi “reembolsado” em um contrato da empresa com a CSN para a
construção de uma fábrica de aço.
Nas planilhas da Odebrecht a doação a
Palocci consta identificada como “italiano aço”. E o pagamento a Skaf consta
como “rolamento”.
Paulo Skaf afirma que nunca pediu e
nem autorizou ninguém a pedir qualquer contribuição de campanha que não as
regularmente declaradas. "Todas as doações recebidas pela campanha de
Paulo Skaf ao governo de São Paulo estão devidamente registradas na Justiça
Eleitoral, que aprovou sua prestação de contas sem qualquer reparo", diz a
nota da assessoria de Skaf.
Isso não muda nada, afinal de contas, políticos
que tiveram imagens e áudios gravados também disseram a mesma coisa. O que
prova que são mentirosos e culpados ou o Tribunal Superior Eleitoral precisa
urgentemente mudar seus esquemas de fiscalizações, controles e conferências
sobre as doações realizadas aos candidatos e seus partidos políticos.
O cidadão Paulo Skaf usa o sistema e a
FIESP em proveito próprio e quer descolar a imagem de suspeito de ligações com
a Lava Jato, alterando-a para bom moço e ótimo administrador. Cabe a você eleitor
e cidadão cansado de tanta roubalheira em nosso país, não votar neste futuro
candidato para que não elejamos alguém com este perfil.
Autor: Rafael Moia Filho – Escritor, Blogger e Gestor Público.
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